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Mostrando postagens de janeiro, 2016

"BUDDY GUY, NASCIDO PARA TOCAR UMA GUITARRA"

Como os velhos mestres do blues, no caso, Muddy Waters e Willie Dixon, o guitar hero Buddy Guy se mostra cada vez mais parecido com eles. Junto a sua técnica apurada nas seis cordas, a genialidade de compor canções que se tornam clássicos do gênero como “Dawn Right I’ve Got the Blues” e “She’s A Superstar”. E regravar standards do soul e do blues como se fossem seus, por exemplo, “Mustang Sally (Wilson Pickett)”, “Some Kind of Wonderful (John Ellison)” e “I Put A Spell on You (Screamin’ Jay Hawkins)”. Agora ele solta “ Born To Play Guitar ”. Mesclando canções próprias compostas ao lado do parceiro musical, o baterista Tom Hambridge , e outras como “Too Late” de Willie Dixon e “(Baby) You Got What it Takes”, clássico soul anos 60 nas vozes de Dinah Washington & Brook Benton. Ele dá uma lição de como se fazer um disco do puro blues como num passeio pelos pântanos do velho Mississipi com pitadas de rock’n’roll, soul e até country music. BORN TO PLAY GU

O drama "CAROL" com Cate Blanchett & Rooney Mara

O cineasta Todd Haynes sempre trouxe um olhar diferenciado sobre as relações entre homens e mulheres. Muito bem exemplificado em filmes como “ Longe do Paraíso (2001)” e no rock documentário “ Velvet Goldmine (1995)”. Mais recentemente na minissérie “ Mildred Pierce (2011)”.  Conhecido pelo filme “ Não Estou Lá (2007)”, uma homenagem ao poeta folk, o mítico Bob Dylan. Agora ele conta a história de socialite Carol Aird (a rainha Elizabeth Cate Blanchett ) em sua vida suntuosa na cidade de Nova York. Vivendo ao lado de Harge ( Kyle Chandler de “ Super 8 , 2011”), um casamento arranjado que lhes deu uma filha. Estamos nos anos 50, o conservadorismo da época prevalece. E Carol, muita a frente no seu tempo, cansada do matrimonio. Pede a separação de Harge. Sofrendo as consequências do seu ato, a sociedade vigente a deixa de lado. Junto a isso, a briga pela custodia pela menina.   Nesse meio tempo, conhece a balconista Therese Belivet ( Rooney Mara , a Lisbeth Salander de

"JOY: O NOME DO SUCESSO"

Lembram-se daqueles anúncios que você vê na TV paga ou nos canais abertos sobre produtos de limpeza revolucionários que irão facilitar o seu dia a dia quanto à arrumação e organização da sua casa? Daí tem o filme “ Joy: O Nome do Sucesso ( Joy , 2015) ” que fala sobre um deles. No caso, o Miracle Mop. Um esfregão de algodão que é torcido pelo cabo, criado por Joy Mangano. Desde criança, sempre foi muito criativa. Adulta e passando por uma crise financeira, decide fazer algo para dar a volta por cima. Joy é interpretada por  Jennifer Lawrence  (a Katniss Everdeen da franquia “ Jogos Vorazes ”). O filme foi dirigido e escrito por  David O. Russell  dos elogiadíssimos “ O Vencedor (2010)”, “ O Lado Bom da Vida (2012)” e “ Trapaça (2013)”. Trabalhando mais uma vez com  Jennifer , o guardião da galáxia  Bradley Cooper  e o mito  Robert De Niro . Aqui  Russell  nos traz a história de Joy desde sua infância até o momento de virada em sua vida. A vemos com os pais Rudy ( De Niro ) e Te

Michael Fassbender é "STEVE JOBS (2015)"

Fazer cinebiografias de personalidades controversas como o empreendedor e mago das mídias digitais Steve Jobs, não é tarefa fácil. Tivemos como exemplo em 2013, “ Jobs ”, estrelado por Ashton Kutcher. Apesar de ser um bom filme, ficou a sensação de “ ficou devendo ” sobre uma pessoa tão enigmática como Jobs. Para saber mais sobre “ Jobs ”, leia o link: http://cyroay72.blogspot.com.br/2013/09/ashton-kutcher-e-jobs-steve-jobs.html . Agora chegou a vez do cineasta britânico Danny Boyle , dos cults “ Trainspotting: Sem Limites (1996)” e “ A Praia (2000)” mais o premiadíssimo “ Quem Quer Ser Um Milionário (2008)”, nos trazer sua visão sobre Steve Jobs. Com base na autobiografia autorizada do jornalista Walter Isaacson e adaptada para tela grande pelo renomado roteirista Aaron Sorkin , criador de seriados televisivos como “ West Ring: Nos Bastidores do Poder (1999 a 2006)” sobre o que acontecia no salão oval da Casa Branca e “ The Newsroom (2012 a 2014)”. E com trabalhos para cinem

"CREED: NASCIDO PARA LUTAR"

Desde que foi anunciada sua produção, “ Creed: Nascido para Lutar ( Creed , 2015) ”, um ar de suspeita surgiu no ar. Escrito e dirigido por Ryan Coogler , o mesmo do excelente “ Fruitvale Station: A Última Parada (2013)”. Teve a ideia de escrever a história sobre o filho de Apollo Creed, principal rival e mais tarde melhor amigo do Garanhão Italiano, Rocky Balboa. Quando se encontrou com Sylvester Stallone em um evento, os dois conversaram e de inicio, ele gostou da ideia. Mas estava relutante em voltar ao seu icônico papel. Já que se despediu dele em 2006 com “ Rocky Balboa ”. Convencido pela atual esposa, Sly aceitou o convite e o vemos nos dias de hoje, vivendo solitário e dirigindo seu restaurante, o Adrian’s. Voltando a “ Creed ”, aqui temos Adonis “ Donnie ” Johnson Creed. Um rapaz que perdeu a mãe muito cedo. Quando criança passou de um lar adotivo para outro. Vive em uma instituição para órfãos e lá conhece a esposa de Apollo, Mary Anne ( Phyllicia Rashad ). Descobre

O Mundo das Finanças em "A GRANDE APOSTA"

Filmes sobre mercado financeiro nos Estados Unidos não são uma grande novidade. Como a saga do magnata Gordon Gekko em “ Wall Street: Poder & Cobiça (1987)” e “ Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme (2010)”; “ Margin Call: O Dia Antes do Fim (2011)”, que explorava o começo da crise econômica da terra do Tio Sam e mais recentemente o excepcional “ O Lobo de Wall Street (2013)”, cinebiografia do enlouquecido corretor da bolsa Jordan Belfort. Agora chegou a vez de “ A Grande Aposta ( The Big Short , 2015) ”. Adaptação do livro “ A Jogada do Século ”, escrita por Michael Lewis. Que relatou uma bolha de créditos no mercado imobiliário norte-americano e que gerou a crise de 2008. O roteiro foi escrito por Charles Randolph & Adam McKay , este último está na cadeira de diretor. É parceiro do comediante Will Ferrell em filmes como “ O Âncora: A Lenda de Ron Burgudy (2004)” e “ Tudo por um Furo (2013)”. Com um elenco formado por estrelas do cinema atual como o Cavaleiro das Tr

"DAVID BOWIE, BLACKSTAR"

É triste começar esta resenha sabendo que um dos mais talentosos músicos e interpretes veio a falecer no último dia 11. Por causa de um câncer no fígado descoberto a um ano e meio atrás. No caso, o camaleão do rock David Bowie (08.01.1947 – 11.01.2016). Aonde havia completado recentemente 69 anos e soltou mais um álbum de inéditas chamado “ Blackstar (2016) ”. Ele foi lançado e disponibilizado em seu canal no YouTube na data de seu aniversário. Inicialmente suas canções fariam parte como temas de uma peça de teatro (“ Lazarus ”) e uma série de TV a estrear chamada “ The Last Panthers ”, o primeiro single do disco com a canção que dá título ao mesmo. Bowie sempre foi um artista inquieto. Nunca ficou marcado por um estilo de música. O rock’n’roll está lá, mas com certas pitadas de jazz, blues, música clássica, bebop, soul, funk e música eletrônica. Em toda sua discografia, foi pontuada por uma criatividade dilacerante que abria corações e mentes. Quando surgiu com o disco homônimo

"OS OITO ODIADOS" de Tarantino

Sempre que Quentin Tarantino anuncia um novo projeto, o mundo do cinema e seus admiradores ficam ansiosos sobre o que virá de sua mente geniosa. No caso, um faroeste chamado “ Os Oito Odiados ( The Hateful Eight , 2015) ”. Vindo do seu último projeto, “Django Livre (2012)”, uma homenagem ao western-sphagetti do cineasta italiano Sergio Leone.  Discutimos sobre “ Django Livre ”, leia mais no link:  http://cyroay72.blogspot.com.br/2013/01/o-western-sphagetti-de-tarantino.html .  “ Os Oito Odiados ” foi um projeto envolto por algumas polemicas em seu caminho. Como o vazamento de seu roteiro nas redes sociais, fazendo com que Tarantino o reescreve-se quase que totalmente. E o antecipando inclusive. Já não seria seu próximo filme.  Dito isso, aqui temos a história da foragida Daisy Domergue ( Jennifer Jason Leigh , do suspense “ Mulher Solteira Procura , 1992”) sendo levada pelo caçador de recompensas John Ruth, o Carrasco (o Cobra Plissken Kurt Russell ) até a cidade de Red Roc

"BOB DYLAN THE BOOTLEG SERIES VOLUME 12"

Dando continuidade ao assunto do ultimo post, vamos falar agora do mais recente volume da serie Bootleg do mito da folk music Bob Dylan . Lançada em novembro do ano passado, o decima segunda edição da serie se chama “ The Cutting Edge 1965 – 1966 ”. Que engloba o período dos antológicos discos “Bringing It All Back Home (1965)”, “ Highway 61 Revisited (1965)” e “ Blonde on Blonde (1966)”. Foi um momento complicado para Dylan . Influenciado pela invasão britânica, liderada pelos Beatles.  Ele deixa largar o jeito trovador (voz & violão) para pegar uma guitarra e eletrificar seu som. Para seus fãs na época, ele foi chamado de traidor do movimento. E se tornando um rockstar na sua essência. A criatividade aflorou, onde saiu da sua zona de conforto do som acústico e letra de protesto. Com o rock inglês somado ao som do blues de Chicago, Dylan amplificou e ampliou sua sonoridade. “ The Cutting Edge ” foi lançado em três formatos. O primeiro com seis discos ch