Fazer cinebiografias de personalidades controversas como o empreendedor e mago das mídias digitais Steve Jobs, não é tarefa fácil. Tivemos como exemplo em 2013, “Jobs”, estrelado por Ashton Kutcher. Apesar de ser um bom filme, ficou a sensação de “ficou devendo” sobre uma pessoa tão enigmática como Jobs. Para saber mais sobre “Jobs”, leia o link: http://cyroay72.blogspot.com.br/2013/09/ashton-kutcher-e-jobs-steve-jobs.html . Agora chegou a vez do cineasta britânico Danny Boyle, dos cults “Trainspotting: Sem Limites (1996)” e “A Praia (2000)” mais o premiadíssimo “Quem Quer Ser Um Milionário (2008)”, nos trazer sua visão sobre Steve Jobs.
Com base na autobiografia autorizada do jornalista Walter Isaacson e adaptada para tela grande pelo renomado roteirista Aaron Sorkin, criador de seriados televisivos como “West Ring: Nos Bastidores do Poder (1999 a 2006)” sobre o que acontecia no salão oval da Casa Branca e “The Newsroom (2012 a 2014)”. E com trabalhos para cinema como em “A Rede Social (2010)” e “Moneyball: O Homem que Mudou o Jogo (2011)”.
Simplesmente
chamado “Steve Jobs (2015)”, para ser o criador da Apple temos o jovem
mutante Magneto Michael Fassbender.
Tendo ao seu lado a excepcional Kate
Winslet (a Rose de “Titanic, 1999”) como Joana Hoffman, sua assistente
pessoal e conselheira; o comediante Seth
Rogen é Steve Wozniak, melhor amigo de Jobs e co-fundador da Apple e Jeff Daniels (o Will McAvoy do seriado
televisivo “The Newsroom”) é o CEO da
Apple John Sculley.
O filme é dividido em três momentos determinante na vida de Jobs. Os bastidores para o lançamento do MacIntosh, a empresa Next e por fim, do iPod. Daí vemos o talento de Sorkin com diálogos rápidos e perspicazes entre os envolvidos.
Em especial, Fassbender e Winslet
(indicada ao Oscar deste ano para Melhor Atriz Coadjuvante). Quando juntos em
cena, mostram uma interação e cumplicidade poucos vistos atualmente no cinema.
E Rogen exibe uma boa veia
dramática, saindo sua zona de conforto de comediante sem noção, como em "Vizinhos (2014)".
Fassbender faz jus à indicação ao Oscar de Melhor Ator deste ano. Vemos como era complexa, a personalidade de Jobs. Um misto de obsessiva, controladora, arrogante, maníaco por perfeição e uma sensibilidade para lidar com as adversidades nos negócios. Um grande empresário que adquiriu status de lenda. Mas por outro lado, odiados por muitos. Assim Boyle mostra porque é um dos mais talentosos cineastas da sua geração.
Mesclando com perfeição, a linha do tempo da película entre o passado e presente, junto aos diálogos inteligentes escritos por Sorkin. Aliados ao excelente trabalho de Elliott Graham ("Trash: A Esperança vem do Lixo, 2014") na edição final e a ótima trilha musical composta por Daniel Pemberton ("O Agente da U.N.C.L.E., 2015"). Deixando o espectador atento a cada ação feita por Fassbender em cena e a grande química com seu elenco de apoio.
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