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"OS OITO ODIADOS" de Tarantino


Sempre que Quentin Tarantino anuncia um novo projeto, o mundo do cinema e seus admiradores ficam ansiosos sobre o que virá de sua mente geniosa. No caso, um faroeste chamado “Os Oito Odiados (The Hateful Eight, 2015)”. Vindo do seu último projeto, “Django Livre (2012)”, uma homenagem ao western-sphagetti do cineasta italiano Sergio Leone. Discutimos sobre “Django Livre”, leia mais no link: http://cyroay72.blogspot.com.br/2013/01/o-western-sphagetti-de-tarantino.htmlOs Oito Odiados” foi um projeto envolto por algumas polemicas em seu caminho. Como o vazamento de seu roteiro nas redes sociais, fazendo com que Tarantino o reescreve-se quase que totalmente. E o antecipando inclusive. Já não seria seu próximo filme. 


Dito isso, aqui temos a história da foragida Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh, do suspense “Mulher Solteira Procura, 1992”) sendo levada pelo caçador de recompensas John Ruth, o Carrasco (o Cobra Plissken Kurt Russell) até a cidade de Red Rock para ser enforcada. Bem como, receber a recompensa pela captura de Daisy. Em uma carruagem particular guiada por O.B. (James Parks, “À Prova de Morte, 2007”). Em seu percurso, durante uma forte tempestade de neve, encontra como outro caçador. O Major Marcus Warren (o líder da S.H.I.E.L.D. Nick Fury Samuel L. Jackson), membro do exercito contra os escravagistas na Guerra Civil Norte-Americana, conhecida também como Guerra da Secessão. A trama rola alguns anos depois de seu termino.


Warren se orgulha em exibir uma carta escrita por Lincoln a ele, como se fossem amigos de correspondência. No caminho, encontram Chris Mannix (Walton Goggins, o Boyd Crowder da serie de TV “Justified, 2010 a 2015”), novo xerife de Red Rock. Perdido em meio à tempestade. Chegam a uma estalagem que pertence a Minnie (Dana Gourrier) e Sweet Dave (Gene Jones). Lá são informados pelo ajudante deles, Marco O Mexicano (Demián Bichir, “Uma Vida Melhor, 2011”). Que lhes diz, Minnie e Dave foram visitar a mãe dela. 


Ao entrar lá, veem outros hospedes: Oswaldo Mobray (Tim Roth, “Grace de Monaco, 2014”), o novo carrasco de Red Rock; um cowboy que vai visitar a mãe, Joe Gage (Michael Madsen, “Kill Bill, 2003/04”) e o General do exercito Confederado, Sanford “Sandy” Smithers (o veterano Bruce Dern). Com todos instalados, começa o embate entre eles. Com Ruth já dizendo a que veio com sua prisioneira Daisy. Enquanto Warren suspeita sobre a situação na estalagem, pois não acredita que Minnie a deixou com Marco. E os outros que estão por lá, também não se mostram pessoas confiáveis.


Como hábil escritor, Tarantino nos leva a uma trama complexa. Onde nada parece ser o que é. Recheada de diálogos, em especial por parte de Samuel L. Jackson. Que se torna o protagonista da história ao desenrolar da película. Que inicialmente tem Russell como principal locutor, que com o passar do tempo, passa a tocha para Jackson continua-la. 

Não sendo diferente de outros trabalhos, os atores se destacam. Em especial, Jennifer Jason Leigh no ato final de “Os Oito Odiados”. Que conta com a participação especial do atual galã da tela grande, Channing Tatum em um papel determinante. Os diálogos entre os personagens enclausurados na estalagem lembram os melhores momentos de “Cães de Aluguel (1992)”.


Filmado em 70mm (uma pena que por aqui não temos equipamento para exibir tal recurso). Visto em clássicos como “Lawrence da Arábia (1962)”, por exemplo. Onde a técnica do diretor de fotografia Robert Richardson chama atenção. Sem deixar de mencionar, a magnifica trilha sonora musical composta pelo genial Ennio MorriconeJunto ao trabalho do maquiador Greg Nicotero da serie “The Walking Dead (2010 até hoje)” e amigo de Quentin. E tendo ao seu lado, o experiente John Dykstra, mestre nos efeitos especiais. Conhecido por fazer parte da equipe da Industrial Light & Magic (ILM), responsável pelos espetaculares efeitos na trilogia clássica Star Wars.

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