Lembram-se daqueles anúncios que você vê na TV paga ou nos canais abertos sobre produtos de limpeza revolucionários que irão facilitar o seu dia a dia quanto à arrumação e organização da sua casa? Daí tem o filme “Joy: O Nome do Sucesso (Joy, 2015)” que fala sobre um deles. No caso, o Miracle Mop. Um esfregão de algodão que é torcido pelo cabo, criado por Joy Mangano. Desde criança, sempre foi muito criativa. Adulta e passando por uma crise financeira, decide fazer algo para dar a volta por cima. Joy é interpretada por Jennifer Lawrence (a Katniss Everdeen da franquia “Jogos Vorazes”). O filme foi dirigido e escrito por David O. Russell dos elogiadíssimos “O Vencedor (2010)”, “O Lado Bom da Vida (2012)” e “Trapaça (2013)”.
Trabalhando mais uma vez com Jennifer, o guardião da galáxia Bradley Cooper e o mito Robert De Niro. Aqui Russell nos traz a história de Joy desde sua infância até o momento de virada em sua vida. A vemos com os pais Rudy (De Niro) e Terry (Virginia Madsen, “A Garota da Capa Vermelha, 2011”) que se separam posteriormente. A mãe vive isolada no quarto na casa dela e vendo seriados de TV como “Dinastia (1981 a 1989)” (quem se lembra?). O pai tem uma oficina mecânica e logo ao lado, um estande de tiro ilegal. Ajuda o pai na contabilidade dos negócios e ele paga a hipoteca da casa dela. Tem uma meia irmã, Peggy (Elisabeth Röhm da série “Stalker, 2014 a 2015”) do primeiro casamento do pai, que também trabalha na oficina. E a avó materna Mimi (a veterana Diane Ladd de “Alice Não Mora Mais Aqui, 1974”), que mais tarde cuidaria dos filhos de Joy, quando ela está ausente a trabalho.
Casou-se com um aspirante a cantor, o venezuelano Tony (Edgar Ramirez, do terror “Livrai-nos do Mal, 2014”). Mais tarde, se separam e tiveram um casal de filhos. Apesar disso, Tony continua morando na casa, no porão. Com os todos os percalços que a vida lhe traz, Joy mantém o otimismo, apesar de ser o pilar da sua disfuncional família. Divide suas lamurias com a amiga de infância Jackie (Dascha Polanco, a Daya de “Orange is the new Black, desde 2013”). Trabalhando como atendente em uma companhia aérea. Divide seu dia a dia, com mais decepções do que alegrias. Joy tem que lidar com o lado galã do pai, quando este conhece a rica viúva Trudy (a italiana Isabella Rosselini do cult movie “Veludo Azul, 1986”).
Os dois se entendem e Trudy convida toda família de Rudy para um passeio no iate que herdou do falecido marido. Só tem um pedido: não levem vinho tinto, para não manchar o deque. Tony não sabia e leva uma caixa do dito vinho. No meio do passeio, eles brindam e quebram as taças. Com o vinho derramado, Joy tenta limpá-lo com panos e água com sabão. Se machuca com os cacos das taças. Daí tem devaneios para uma invenção. Ao chegar em casa, cansada do ocorrido. Seus familiares a sedam com um xarope vencido.
Ela dorme e tem um sonho com ela mesma, quando menina. Ao despertar, com uma ideia que pode tira-la do buraco em que está. Pega os lápis e gizes de cera da filha, começa a desenhar o que seria o “miracle mop”. Pede ajuda ao pai e a Trudy para financia-la. Junto a isso, Joy hipoteca a casa pela segunda vez. Começa a produção do mop e Joy indo de porta em porta para vendê-lo. Até que Tony aparece um conhecido que trabalha para um canal de TV, que lhe consegue um encontro com o executivo chefe do canal Neil Walker (Cooper).
Não acreditando muito no produto de Joy, Neil diz que recebe ideias como
a dela todo santo dia. Não satisfeita, mostra a ele às vantagens do mop. A
perseverança dela convence Neil da força do produto e diz que irá anuncia-lo.
Na primeira chamada, o ator contratado não consegue mostrar suas qualidades.
Não tendo nenhum telefonema para sua compra. Joy recebe a ligação de Neil sobre
o fracasso do mop. Preocupada com isso, pois produziu mais de 50 mil unidades e
tem que cobrir seus custos bem como suas dividas pessoais. Decide ir ao estúdio
e pressiona Neil, para que ela mesma faça o anuncio.
Essa é a trama básica de “Joy: O Nome do Sucesso”. Mostrando os altos e baixos da personagem. Onde a força de vontade, o raciocínio rapido e o pensamento positivo que a fazem seguir em frente, não se importando com os obstáculos. Lawrence com a competência de sempre, apesar de ser jovem para papel, mostra como Joy superou o peso de carregar sua família nas costas com o intuito de dar uma vida melhor para si e aos filhos. Russell nos traz uma história de superação. Onde temos a vida real de Joy mesclada com a de um drama de TV, no caso “Dinastia”. A ficção e a realidade se fundem, com o que ocorre no decorrer de sua vida.
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