Quando surgiu em 2015, “Kingsman: O Serviço Secreto” deu um ar de nostalgia e renovação ao conceito de filmes de espionagem. Claramente inspirado pelo agente com licença para matar com referência de seriados televisivos como “O Agente da U.N.C.L.E. (1964 a 1968)”, Matthew Vaughn adaptou a HQ de mesmo nome de Mark Millar & Dave Gibbons, onde temos uma agencia de espionagem independente na terra da Rainha para proteger seus interesses, bem como a paz mundial. Seus agentes são identificados como os Cavaleiros da Távola Redonda: Lancelot, Galahad e Percival por exemplo. Seu líder é Arthur e o responsável pela logística e armamento é Merlin.
Vaughn, conhecido por trazer o herói Kick Ass em “Kick Ass: Quebrando Tudo (2010)” e “X-Men: Primeiro Classe (2011)”, que foram elogiados por público e crítica. Conseguiu repetir a dose com “Kingsman: O Serviço Secreto”. Para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2015/03/kingsman-o-servico-secreto.html. estrelado pelo rei gago Colin Firth, o jovem Taron Egerton e Mark Strong, que deram continuidade a empreitada com “Kingsman: O Círculo Dourado” em 2017, que dividiu opiniões. Mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2017/10/kingsman-o-circulo-dourado.html. quando tudo parecia encerrado para a franquia, eis que surge “King’s Man: A Origem (The King’s Man, 2021)”. Com Matthew nos trazendo o início de tudo.
Aqui temos o novo M da saga James Bond Ralph Fiennes como Orlando, o duque de Oxford, em missão de paz para a Cruz Vermelha ao lado da esposa Emily (Alexandra Maria Lara), o filho pequeno Conrad (Alexander Shaw) e seu ajudante, Shola (Djimon Hounson, o mago de “Shazam, 2019”). Durante uma ação num acampamento local, são atacados. Vitimando sua esposa, ela pede nos braços do Duque que proteja Conrad de todo tipo de conflito, pois vivemos em um mundo violento. Cumprindo a promessa, o Duque fica de olho no filho (Harris Dickinson) e distante do perigo.
Ao mesmo tempo, o prepara para as adversidades que poderá enfrentar na vida. Prestes atingir a maioridade, Conrad deseja lutar como o pai fez no passado não tão distante. Agora um pacifista, o Duque tenta dissuadi-lo da ideia. Junto a isso, um velho amigo lhe pede ajuda. No caso, o general Kitchener (Charles Dance, o Tywin Lannister de “Game of Thrones”). Preocupado com o conflito eminente entre Inglaterra, Alemanha e Rússia. São nações regidas pelos primos Rei George, o Kaiser Wilhelm e o Czar Nicolas respectivamente. Conhecido como a “Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918)”.
Todos feitos por Tom Hollander (o empresário do Queen Jim Beach em “Bohemian Rhapsody: A História de Freddie Mercury, 2018”). Nas sombras, uma ameaça está por trás da guerra. O misterioso “Pastor” clama para seu rebanho composto por Grigori Rasputin (Rhys Ifans, o Lagarto de “O Espetacular Homem-Aranha. 2012”), a espiã Mata Hari (Valerie Pachner) e o conselheiro de Wilhelm, Erik Hanussen (o Barão Zemo do UCM Daniel Brühl). Cada tem como missão influenciar seus líderes pela continuidade da guerra e consequentemente a destruição do império britânico.
Mata Hari vai até os Estados Unidos, para impedir que o Presidente Wilson (Ian Kelly) participe do conflito. Ela se aproveita de seu contato com Chester King (Stanley Tucci), representante da embaixada do tio Sam na Inglaterra, para se encontrar com Wilson. O “Pastor” quer acabar com a Inglaterra de uma vez por todas. Por causa da sua descendência escocesa, cansado do domínio inglês em seu país. Junto a morte prematura do pai quando era criança. Daí o mote inicial para “King’s Man: A Origem”.
Mesclando
ação, suspense e drama com Matthew nos
trazendo o começo da agencia Kingsman em meio à guerra. Somado ao sentimento de
família formado por Orlando e Conrad. Contando com o apoio incondicional de
Shola e a destemida ama (governanta nos dias de hoje) Polly, interpretada por Gemma Atherton (de “João & Maria: Caçadores de Bruxa, 2013”). Como de praxe temos
sequencias empolgantes e de tirar o folego.
Estamos
nos idos de 1910, o rock’n’roll ainda não existia. Ele serviu de base para ótimos
momentos em “Kingsman”. Como na
vibrante cena de abertura de “O Círculo
Fechado”, rolando o clássico anos 80 “Let’s
Go Crazy” de Prince. Agora a bola da vez, é a música clássica. Ouvimos “1812 Overture” de Tchaikovsky na
excepcional luta entre Rasputin e Shola. Assim como o Universo Cinematográfico
Marvel, temos uma cena pós credito, Hanussen conversando com Lenin (August Diehl) e apresentando um novo
aliado na luta contra Orlando e os Kingsman, Estamos falando do Führer em
pessoa.
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