Filmes de espionagem ganharam um novo degrau com as sagas do agente com amnesia Jason Bourne e o que faz o inimaginável para salvar o dia, Jack Bauer. Vendo o mundo evoluir nesse sentido, o britânico James Bond não quis ficar para trás e se atualizando quando renovou seu interprete com o viril Daniel Craig, sendo um misto dos citados. Porem, não perdendo o charme característico de seus antecessores. É aonde chegamos à “Kingsman: Serviço Secreto (Kingsman: The Secret Service, 2015)”.
Seu diretor Matthew Vaughn, responsável pelas excelentes adaptações para a tela grande dos quadrinhos “Kick Ass: Quebrando Tudo (2010)” e “X-Men: Primeira Classe (2011)”. Escreveu junto a Mark Millar, criador da graphic novel que dá nome à película. Depois que assistiram “007: Cassino Royale (2006)”, criam a história de uma agencia secreta que trabalha à parte do MI6, como uma homenagem a Bond.
Com uma sequência de abertura que lembra os antigos filmes de Bond, ao som de “Money For Nothing” do Dire Straits, lá conhecemos os agentes Galahad (o rei gago Colin Firth), Lancelot (Jack Davenport da franquia “Piratas do Caribe”) e Merlin (Mark Strong de “O Jogo da Imitação, 2014”). Em uma missão mal-sucedida, o protegido de Galahad morre. Fazendo com que ele dê a notícia à sua esposa e filho Eggsy. Deixando com eles uma medalha em memória ao falecido.
No seu verso há um código secreto e lhes diz uma frase codificada, onde podem contata-lo quando necessitarem de ajuda. Os anos passam e ela, por causa da depressão pelo falecimento do esposo, se envolve com o mafioso no bairro em que moram e Eggsy (Taron Egerton) se torna um jovem de grande talento e habilidades desperdiçados em pequenos golpes que aplica nas redondezas.
Em determinado momento, é preso. Na cadeia, ele recorda da medalha pendurada no seu pescoço. Liga para o número e diz a frase. Pouco depois, é liberado. Na saída da delegacia, encontra Galahad. Explicando a Eggsy que precisa de sua ajuda e para isso tem que passar por um treinamento para se tornar um agente como ele, ou seja, um Kingsman.
Como
uma espécie de távola redonda do século XXI, Galahad e os agentes se reportam a
Arthur (Michael Caine, o mordomo
Alfred da saga do Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan). Lá Eggsy se
encontra com outros potenciais candidatos ao cargo. Jovens vindos da nobreza
britânica, ao contrário dele que vem de origem humilde.
O responsável pela seletiva é Merlin. Enquanto isso, Galahad investiga a morte de um dos Kingsman, Lancelot. E o principal suspeito é um multimilionário e gênio da informática (um misto de Steve Jobs e Bill Gates) Richmond Valentine (o Nick Fury Samuel L. Jackson). Na investigação, ele encontra o professor universitário James Arnold (Mark Hammil, o eterno Luke Skywalker da saga Star Wars).
Possível aliado de Valentine, em uma conversa este acaba morrendo em uma explosão e fere Galahad. Enquanto isso, Eggsy se mostra apto para a função. Para aprimorar o trabalho em equipe, primordial para os Kingsman, cada um dos candidatos pega um pequeno cão como parceiro. O que pesa contra ele, é sua alta confiança. Apesar disso, chega à etapa final da disputa. Porém, como última tarefa ele precisa matar o cão.
Eggsy não o faz. Perdendo a vaga para Roxy (Sophie Cockson). Galahad, recuperado dos ferimentos, vai ao encontro de Valentine. Um jantar em sua mansão, a conversa entre eles não é das mais civilizadas. Cheia de sarcasmo e referências às películas de James Bond. Junto a eles, a assistente de Valentine, Gazelle (Sofia Boutella). Mais tarde, descobre-se que Valentine tem planos para acabar com a humanidade através da tecnologia.
Ao vender um chip que possibilita a todos acessarem as redes sociais (telefonia, internet) gratuitamente. Quando na verdade, ele solta uma frequência que faz com que todos sintam vontade de matar quem está ao seu lado. Esta é a trama básica de “Kingsman: Serviço Secreto”.
Cheias de referências aos filmes citados no começo desta resenha, em especial, você sabe quem. Todo elenco, em especial os mais novos, está afiado junto ao roteiro empolgante escrito por Vaughn e sua parceira Jane Goldman (com quem trabalha desde ”Stardust: O Mistério da Estrela, 2007”). Onde não há tempo de respirar. Desde seu começo como a introdução de seus personagens.
O treinamento de Eggsy, a investigação de Galahad e o desfecho final que nos traz na memória os velhos filmes de James Bond. Colin Firth está simplesmente perfeito como agente infalível e charmoso. Lembrando o melhor de cada interprete de Bond (Seja Sean Connery, Roger Moore, Timothy Dalton e Pierce Brosnan). Samuel L. Jackson em um dos seus melhores momentos na tela grande, como um vilão que não pode ver violência senão passa mal. E Taron, um jovem talento para se ficar de olho.
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