Desde que o Universo Cinematográfico Marvel se firmou na sétima arte, ele criou um novo gênero. O filme de super-herói. A Warner Bros. em parceria com a DC para não perder o bonde andando criou o Universo Estendido DC. A competição tem sido ganha pelo UCM com certa vantagem. Desde então outros estúdios tem aproveitado o gancho para criar seus próprios universos temáticos. Como o Sony Studios que fez recentemente o Aranhaverso, baseado na realidade do amigo da vizinhança Homem-Aranha.
Mesmo acordado com o Marvel Studios onde o teioso faz parte do UCM, Sony produz filmes relacionados a ele. Como a elogiadíssima animação “Homem-Aranha no Aranhaverso (2019)”, https://cyroay72.blogspot.com/2019/01/homem-aranha-no-aranhaverso.html; e do anti-herói “Venom (2018)”, https://cyroay72.blogspot.com/2018/10/o-anti-heroi-venom-agora-e-encarnado.html. Aproveitando o ensejo Henry Joost e Ariel Schulman, responsáveis pelo excelente thriller das redes sociais “Nerve: Um Jogo Sem Regras (2016)”, https://cyroay72.blogspot.com/2016/09/nerve-um-jogo-sem-regras.html; nos trazerem “Projeto Power (Project Power, 2020)”.
Baseado na história original de Mattson Tomlin, onde temos uma pílula que dá a uma pessoa comum poderes como os mutantes X-Men. Tem um porém: o efeito dura cinco minutos. E caso o indivíduo não absorva bem a pílula, explode imediatamente. Ela se chama como bem diz o título do filme. Produzida e disponibilizada por um dos seus criadores chamado Biggie, feito pelo galã brasileiro Rodrigo Santoro. Atrás dele, está o policial da cidade de New Orleans Frank Shaver, interpretado por Joseph-Gordon Lewitt (do filme Amazon Prime Video, “7500, 2020”).
Já que a Power está causando vários problemas por lá. Enquanto isso temos Art ou Major, este é feito pelo Ray Charles Jamie Foxx. Ele fez parte dos experimentos para a produção da pílula. Já que é um mutante de nascença, possui força sobre-humana e um poder especial que só é revelado no eletrizante ato final da película. Por isso, sua filha Tracy (Kyanna Simone Simpson) está desaparecida. Acredita que Biggie a sequestrou por causa de seus dons naturais. Ela é como o Wolverine, cura os próprios ferimentos, além de outras pessoas.
Para ajuda-los temos Robin Reilly (Dominique Fishback), uma jovem traficante que sonha ser rapper. Ela vende Power pelas ruas de New Orleans e as vezes se passa como informante de Frank. Eles se unem na luta contra Biggie para descobrirem o paradeiro da filha de Art. Assim temos o mote inicial para “Projeto Power”. Que nos remete diretamente ao que foi discutido anteriormente.
Todas as referências ao mundo dos heróis das HQs, tanto da Marvel quanto da DC. Joost e Schulman aproveitam o tema e capricham nas sequencias de ação. Por exemplo, durante o assalto à um banco local, Frank está perseguindo um homem invisível, seu vulto transparece por onde passa. Ou na luta claustrofóbica entre Art e um dos traficantes contratados por Biggie dentro do apertadíssimo condomínio que este vive e trabalha. Destaque fica para interatividade do trio formado por Foxx, Lewitt e Fishback.
A última não se deixa intimidar com a presença de seus parceiros de cena mais experientes, onde criam um clima de camaradagem de dar inveja. Santoro nos traz um vilão caricato no melhor estilo das HQ, mas com seu carisma lhe dá uma certa empatia ao público. Efeitos visuais que remetem ao UCM e à franquia X-Men. Tudo muito bem orquestrado pela dupla Henry & Ariel, que aqui tem a chance de emplacar uma serie com o tema abordado.
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