O
amigo da vizinhança Homem-Aranha é um dos mais adorados do universo Marvel.
Ganhando sua versão para o cinema com a trilogia iniciada em 2002 por Sam Raimi
e tendo Tobey Maguire como o cabeça de teia. Em 2012, houve o reboot “O Espetacular Homem-Aranha” com Andrew
Garfield como o herói aracnídeo. Em 2016, o Marvel Studios e a Sony Pictures
entraram em acordo, sendo assim, o Homem-Aranha finalmente foi introduzido no
Universo Cinematográfico Marvel em “Capitão
América: Guerra Civil” em 2016. E posteriormente ganhou seu filme, “Homem-Aranha: De Volta ao Lar”, em 2017.
Para ser Aranha temos agora o falastrão boa praça Tom Holland.
A Sony
ainda é a principal detentora dos direitos do Homem-Aranha no cinema, aproveitando isso,
lança a animação “Homem-Aranha no Aranhaverso (Spider-man
into the Spider-verse, 2018)”. Dirigida por Bob Persichetti, Peter
Ramsey & Rodney Rothman a partir do roteiro escrito por Phil Lord & Rothman. Fora do UCM,
aqui temos o conto do jovem negro Miles Moraes (Shameik Moore), filho de um pai policial afro-americano e uma mãe
latina, que adquiriu seus poderes ao ser mordido por uma aranha espacial. Se questiona sobre seu
papel diante da sociedade. Daí vem na memória a celebre frase dita pelo tio Ben
a Peter na trilogia de Raimi: “Com grandes
poderes vêm grandes responsabilidades”. Já que assumiu o manto de herói quando
o Aranha (Jake Johnson) morre.
E luta
contra o Rei do Crime, está usando uma máquina que abre dimensões paralelas ao
seu mundo. Isso pode causar uma ruptura na sua linha do tempo e de outras ao
seu redor. Com isso vemos um Peter Parker fora de forma de um universo paralelo (Johnson), o Porco-Aranha (John Mulaney), a Gwen Stacy como
Mulher-Aranha (Hailee Steinfeld), Peni
Parker (Kimiko Glenn) e o
Homem-Aranha noir (Nicolas Cage).
Todos eles saíram de suas dimensões através da máquina do Rei do Crime. E todos
devem se unir para evitar que ele destrua tudo aquilo que conquistaram e a
realidade em que vivem. Daí o mote para “Homem-Aranha no Aranhaverso”.
Miles
tem sua origem no universo Ultimate das HQ’s. Ele tem obtido grande sucesso por
lá e assim ganhou seu espaço na sétima arte. Seus realizadores acertaram no tom
da animação, trazendo referencias dos filmes anteriores do herói e da clássica
serie cartoon dos anos 60. Em especial a trilogia de Sam Raimi. Miles segue a
cartilha de Peter, só que um pouco mais descolada. Estuda em escola particular,
por sua descendência, fala espanhol e é um jovem bem relacionado no seu bairro.
Porém é uma pessoa tímida e geek no seu estilo de ser.
O bom-humor
do personagem está presente nos seus 117 minutos. Como na sua apresentação na excepcional
sequência de abertura, onde conta como ganhou seus poderes e tem salvo constante
a cidade de Nova York. Seu sucesso é tão grande que gravou um disco com canções
natalinas e até ganhou um sorvete com seu nome. Apesar das várias versões do aracnídeo,
cada uma delas tem seu espaço para brilhar. Destacando Gwen, seus momentos em
cena lembram dançarinas de balé.
Já
Peni Parker, assim como “Operação Big
Hero (2014)” da Disney, é uma clara homenagem aos animes japoneses. “Homem-Aranha
no Aranhaverso” não faz parte do UCM, criando seu próprio. Com Miles, o
conto de Peter ganha uma nova perspectiva e mais conectado com a nova geração
de fãs. Mas não deixa os velhos fãs de lado. Fazendo-os enxergam isso e se
encantarem ainda mais com o personagem. A nostalgia faz parte do pacote. Porém,
ela pode ser atualizada e dando uma nova dinâmica à história do cabeça de teia.
No melhor estilo UCM, há uma cena pós-credito, que ratifica isso. Onde o
passado e o futuro se encontram no multiverso do Homem-Aranha.
Comentários
Postar um comentário