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A série "SHARP OBJECTS (HBO)"


Quando a escritora Gillian Flynn surgiu na sétima arte com a adaptação de seu romance “Garota Exemplar” realizada por David Fincher em 2014, os holofotes de Hollywood se voltaram para ela. Sua forma de contar uma história com a desconstrução dos personagens, um enredo envolvente que prende o espectador (leitor) até a última cena (palavra). Contando com um final que pode surpreender o espectador mais desatento. E é exatamente o que os executivos de lá, a figura feminina como o centro de atenção da película.

A psique da mulher é foco da literatura de Gillian, buscando a fundo sobre suas motivações e frustações para conseguir chegar aonde deseja. Como bem vimos no suspense “Garota Exemplar” e ao adaptar o romance “As Viúvas”, escrito por Lynda La Plante, para o cinema no ano passado. Para saber mais nos links abaixo:

GAROTA EXEMPLAR

AS VIÚVAS


Agora Flynn se une ao diretor Jean-Marc Válle e ao produtor Jason Blum, da produtora especializada em filmes de terror da atualidade Blumhouse, para juntos produzirem seu romance escrito em 2006, “Sharp Objects”.  Inicialmente seria um filme, mas convencidos pela produtora Marti Noxon, se tornou uma minissérie de oito episódios. Com mais tempo, poderia se aprofundar na natureza humana de suas personagens principais. No caso, a relação conflituosa da jornalista Camille Preaker e sua possessiva mãe Adora Crespin. E a aproximação com a meia-irmã Amma Crespin. Elas são interpretadas pela Lois Lane Amy Adams, Patricia Clarkson e Eliza Scanlen respectivamente.

Camille precisa voltar à sua cidade natal Wind Gap para investigar e escrever uma matéria sobre o brutal assassinato das adolescentes Ann Nash e Natalie Keene. Sua família tem grande influencia por lá. Conhecendo o investigador do caso Richard Willis (Chris Messina) e revendo o xerife local Bill Vickery (Matt Craven). Sua fama na cidade não é das melhores. Indo de drogada à vagabunda local. Um dos motivos de ter saído de Wind Gap.


Seu retorno traz a tona seus traumas de infância. No seu dia a dia, tem flashbacks. Como a morte prematura da irmã Marian (Lulu Wilson). Muitos a culpam pelo ocorrido. A própria faz isso, com uma serie de mutilações pelo corpo, feitas à faca na sua juventude (Sophia Lillis). Onde o vicio de álcool e drogas a levam ao fundo do poço. Enquanto isso, ela tenta exorcizar seus demônios interiores. Porem tem dificuldades, pois tenta se reaproximar da mãe.  Mantendo uma boa relação com o padrasto Alan (Henry Czerny).


Quanto mais a fundo na investigação, Camille descobre mais sobre si mesma. E reconhece que segredos em família podem ser mais comprometedores do que se imagina. Assim temos a trama básica de “Sharp Objects”.  Cada episódio revela a persona perturbada de Camille. Onde ela e a mãe possuem mais em comum do que imagina, mesmo quando Adora diga que nunca a amou. Apenas cuidou dela. Já que tenta simplesmente viver e tomar conta dos seus. 


As interpretações de Amy e Patricia dão o tom da serie. As fortes personalidades delas interagem violentamente em cena. Não é a violência física como bem conhecemos. Sendo bem pior, aquela dita com palavras que machucam e um olhar que nos queimam por dentro. Ao lado delas, Eliza forma um trio poderoso. Ela como a filha mimada, que foge da vigilância de Adora, se mostra quem realmente é. Uma jovem manipuladora que sabe lidar com momentos extremos de stress.

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