O mundo da musica foi abalado no dia 30 de novembro de 1982, com o lançamento do álbum “Thriller” do Rei do Pop Michael Jackson. Vindo de uma carreira de sucesso ao lado dos irmãos, com quem formou os Jackson 5. Mais tarde, The Jacksons. Lançou seu primeiro disco solo em 1979, “Off The Wall. Apesar da boa recepção, não emplacou como Michael pensou. Inconformado, resolveu cair de cabeça no projeto que deslancharia sua carreira individual e seria um divisor de aguas na musica. E posteriormente no entretenimento em geral. No ano passado foi celebrado seus quarenta anos, com uma edição especialíssima recheada de material inédito. Comentamos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2022/12/o-classico-album-dos-anos-80-thriller.html
Aproveitando o momento o streaming Paramount+ lançou o documentário “Thriller 40 (2023)”, contando os bastidores do icônico álbum. Além de vermos como Michael ajudou a MTV a ser o canal que conhecemos em seu auge nos anos 80 até os 2000, com o mítico videoclipe “Thriller”. Com o auxilio do produtor Quincy Jones, Jackson o concebeu como imaginou. E ainda contou a presença de músicos consagrados no seu entorno como o tecladista Greg Philinganes, o grupo Toto, o beatle Paul McCartney e o guitar hero Eddie Van Halen. Dirigido por Nelson George, contou com depoimentos dos envolvidos nos dias de hoje e comentários de Quincy e Michael durante as gravações em 1982. Juntamente com muitas imagens de época no estúdio Westake em Los Angeles.
Ao lado deles, artistas como Mary J. Blige, Will.i.am, Usher, Raphael Saadiq e os produtores Jimmy Jam & Terry Lewis, relatam a influencia de “Thriller” em suas carreiras. Jackson queria quebrar barreiras e se mostrar como grande artista. Desvinculando sua imagem como era conhecido mundialmente. Pessoas próximas confirmam isso. Queria ir além da sonoridade soul, funk e r’n’b com os irmãos. Somado a isso, uma pegada pop e leves pitadas rock’n’roll. Como o primeiro single “The Girl is Mine”, dueto com Paul, é uma composição de Michael. Ao contrario que muitos pensavam que seria uma parceria musical.
Os envolvidos comentam que ficaram balançados com sua presença, acompanhado por sir George Martin. Já “Beat It”, Michael sentia que precisava de um guitarrista para proporcionar o solo perfeito da canção. Assim surge Eddie Van Halen. Will.i.am. encontra um bocejo de Michael numa demo. Tanto ele quanto Usher comentam a importância de “Billie Jean”. Steve Lukather, guitarrista do Toto, comenta sobre o tracklist de “Thriller” e a duvida sobre a inclusão ou não de “Carousel”. Já que ela rivalizava com “Human Nature”. Palavras de Quincy, duas grandes canções que não podiam estar no mesmo disco. No fim, Michael optou pela segunda. Todos falam da importância do compositor e arranjador Rod Templeton, já que é dele a autoria do maior hit do disco e da carreira de Jackson, “Thriller”. Dai temos o conceito para seu impactante videoclipe.
Ele preferia chama-lo de “filme”, já que não gostava do termo. O diretor da empreitada, John Landis, foi chamado porque realizou a película favorita de Michael na época, “O Lobisomem Americano em Londres (1982)”. Além do que Jackson tinha em mente para filmar. Se transformar em um monstro, no caso, um lobisomem. Apesar de todas as adversidades, inclusive familiares, como sua gravadora não via com bons olhos o gasto em um videoclipe. Normalmente eram cinquenta mil dólares. Para a produção de “Thriller” foi gastado cerca de meio milhão de dólares. O custo foi justificado, em treze minutos de duração.
Uma homenagem aos antigos filmes de horror e o surgimento da mítica jaqueta vermelha usada por Jackson. Aqui a designer Deborah Nadoolman, falou sobre sua confecção. Além da clássica coreografia zumbi e a marcante narração em off do mítico Vincent Price. Landis comenta como a visão de Michael estava muito a frente do seu tempo. E como ele adorou sua maquiagem feita por Rick Baker, com quem trabalhou em “Lobisomem Americano”. O saldo final exibe toda genialidade de Michael, que mesclou vários estilos musicais em um álbum como “Thriller”. Um meio de lutar contra o racismo e preconceito daqueles tempos. Unir as pessoas das mais diversas etnias. E introduziu seu clássico passo de dança, o “Moonwalk” e como se tornou o Rei do Pop.
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