Quando estreou em 2014 no canal das redes sociais Netflix, o thriller de ação “De Volta ao Jogo”. Que trazia o assassino contratado John Wick saindo da aposentadoria para vingar a morte de cão de estimação e o roubo do seu carro. Ele foi atacado pelo filho de um mafioso, este corre contra o tempo para impedir sua morte. Já que John era conhecido por ser o melhor na sua área de atuação. Por praticamente passar desapercebido e executando o serviço com muita classe. Ficando conhecido como Baba Yaga, ou, Bicho Papão. Um ser mitológico do folclore russo. O impensável acontece e o filme é um sucesso arrebatador na plataforma. Tendo sua continuidade em John Wick: Um Novo Dia Para Matar” em 2017. Comentamos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2017/02/john-wick-um-novo-dia-para-matar.html
O maior acerto foi chamar Keanu Reeves para viver o atormentado assassino. Além das elaboradas sequencias de ação e cenas de luta de dar inveja ao James Bond Daniel Craig e o desmemoriado Jason Bourne Matt Damon. Um dos charmes dos quatro filmes que formam a franquia, é o hotel em que John se hospeda, o “Continental”. Lá ficam outros como ele e que devem seguir uma única regra. Eles não podem se matar ou assassinar uma pessoa dentro de suas acomodações. Caso isso ocorra, ele é expulso e perde todos os privilégios dentro da organização que o mantem. A tão falada “Alta Cúpula” e sua cabeça é colocada a prêmio.
O administrador do Continental é Winston Scott (feito por Ian McShane) e seu concierge Charon (com o saudoso Lance Reddick no papel) tentam manter a organização e a paz dentro do local. Este é o mote para a série “O Continental: Do Mundo de John Wick (The Continental: From The World of John Wick, 2023)”. O início da amizade de Winston e Charon. E como o primeiro se tornou, de certo modo, dono do hotel. Assim somos levados a uma viagem no tempo. Estamos nos anos 70 na cidade de Nova York. Vivendo uma crise sanitária por causa da greve dos lixeiros da cidade. O auge da disco music e o rock’n’roll vivia seu melhor momento. Assim somos apresentados a um jovem Winston (Colin Woodell) vivendo e prosperando como empresário em Londres.
Já seu irmão mais velho, Frankie (Ben Robson) ficou em NY e trabalhando para Cormac, vivido pelo mad Mel Gibson. O gerente do Continental daqueles tempos conturbados na Big Apple. Divididos em três capítulos (“Irmãos de Armas”, “Lealdade ao Mestre” e “Teatro da Dor”), somos apresentados aos seus personagens. Winston e Frankie foram criados por Cormac na juventude. Já que este assassinou o pai deles por causa de uma dívida. E sua mãe faleceu num atentado. Em uma sequência empolgante, digna da franquia, Frank ao melhor estilo John Wick foge do Continental com um artefato precioso ao seu chefe. A forja que produz as moedas de ouro para aqueles que servem a Alta Cúpula.
A entrada ao Continental e as instalações semelhantes no redor do mundo. Isso faz com que Cormac traga Winston de volta para chantagear Frankie. Ao mesmo tempo, é o tutor de Charon (Ayomide Adegun). Lhe ensinando a ser o concierge que vimos nos filmes. Os irmãos se distanciaram, Winston procura um modo para salvar Frankie e retomar sua vida em Londres. Do outro lado, temos os irmãos Miles (Hubert Point-Du Jour) e Lou (Jessica Allain) tentam salvar a escola do karatê do pai recém-falecido. Ela fica em Chinatown.
Sofrem ameaças constantes da máfia chinesa. Assim vendem ilegalmente armas no submundo da cidade, com o auxílio de Lemmy (Adam Shapiro). Ele e Miles são veteranos da guerra do Vietnã e estiveram no mesmo pelotão. Assim como Frankie, eles se tornam irmãos de batalha. Durante o conflito, Frankie conheceu Yen (Kate Nhung). Os irmãos se reencontram e buscam se entender. Winston conhece a cunhada. Porem a convivência não será fácil entre eles. Enquanto isso, Corman é pressionado pela juíza encarregada pela Alta Cúpula a recuperar a forja, Gretel (Marina Mazepa). E a presença da detetive KD (Mishel Prada) da policia local em saber mais sobre as atividades do hotel.
Cormac e seu exército encontram Frankie, Winston e Yen. Para poder facilitar a fuga deles, o primeiro se sacrifica. Acendendo a chama de vingança dos dois últimos. Winston decide tomar para si o comando do Continental e acabar de vez com seu padrinho. Daí a trama inicial de “O Continental”. Criado por Greg Coolidge, Kirk Ward & Shawn Simmonds a partir dos personagens criados por Derek Kolstad. Que retorna como produtor executivo, juntamente com os diretores David Leitch e Chad Stahelski, que trabalharam nos quatro filmes.
A série traz a opulência do Continental. Vemos como Winston era antes de se tornar seu implacável administrador. Carismático e inteligente em sair de situações que colocam sua vida em perigo. Encontrando aliados inesperados e como foi construído o forte vinculo com Charon. Colin e Ayomide estão ótimos em seus respectivos papeis. Gibson tem se estabilizado como vilão que solta seu olhar de doido varrido visto na trilogia “Mad Max” e na franquia “Máquina Mortífera”. Exemplificado no ultimo episodio, “Teatro da Dor”, até então ele interpretava seu personagem de forma sóbria e focando no lado sarcástico.
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