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JACK RYAN na Sétima Arte

Com o final de temporada de “Jack Ryan de Tom Clancy”, o sucesso da série vai além do carisma de John Krasinski no papel. Seus criadores souberam usar as referências de Clancy ao trazer suspense, mistério e uma boa dose de ação no nível das missões impossíveis de Ethan Hunt e do agente com licença para morrer James Bond. Os contos do espião de Tom finalmente ganharam o formato que imaginava para sua versão em carne e osso. Antes disso, ele ganhou a tela grande do cinema em “A Caçada ao Outubro Vermelho” em 1990. O escolhido para personificar Ryan foi Alec Baldwin. Na época, Baldwin era um astro em ascensão e uma aposta dos grandes estúdios. 

Vindo de bons trabalhos como o cult “Beetlejuice: Os Fantasmas se Divertem (1988)” e a comedia “Uma Secretária de Futuro (1988)”. Tendo ao seu lado, o eterno James Bond Sean Connery. Que havia ganhado o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por “Os Intocavéis (1987)” e foi o pai de Indiana Jones em “Indiana Jones & A Última Cruzada (1989)”. Para ser o Marko Ramius, comandante do submarino soviético que dá título à película. Estamos no auge da Guerra Fria. A ameaça de uma terceira guerra mundial, agora nuclear, é eminente. 

Os planos de Ramius são outras, ele deseja pedir asilo ao governo norte-americano. Juntamente com outros membros da sua tripulação. Como seu segundo no comando, o coronel Vasily Borodin, interpretado por Sam Neil (o dr. Alan Grant da saga “Jurassic Park”). O que inicio é um exercício militar em alto mar se mostra uma fuga coordenada de Ramius. A maioria de sua tripulação não sabe disso. Já o alto escalão russo desconfiava de suas intenções de deserção. Ao notificar a marinha dos EUA, eles lançam um aviso que Ramius quer atacar a costa dos EUA e iniciar um conflito entre as nações. 

Assim a Chefia da Marinha norte-americana chama o analista Jack Ryan (Baldwin) para ajudá-lo a entender as suas intenções. Já que estudou suas táticas navais, quando estava se formando na escola marinha. Com direção de John McTiernan, conhecido por “Predador (1987)” e “Duro de Matar (1988)”, e os roteiristas Larry Ferguson & David L. Stewart se responsabilizaram pela adaptação do conto de Clancy. Trazendo a tensão e o clima de gato e rato no fundo do mar entre o Outubro Vermelho e o USS Dallas, submarino norte-americano comandado pelo oficial Bart Mancuso, com o veterano Scott Glenn no papel. Uma trama cheia de suspense e nuances em clima de espionagem. As aparências enganam, onde amigos são inimigos e vice-versa. 

Apesar da boa repercussão, Alec foi substituído pelo Indiana Jones / Han Solo Harrison Ford. Recém-saído da trilogia do arqueólogo mais conhecido da sétima arte. Com seu carisma e presença de cena foi Jack Ryan em dois momentos, “Jogos Patrióticos (Patriot Games, 1992)” e “Perigo Real & Imediato (Clear and Present Danger, 1994)”. James Earl Jones, a voz de Darth Vader na saga Star Wars, reprisa o papel como o diretor adjunto da CIA James Geer, de “A Caçada ao Outubro Vermelho”. Aproveitando a experiência de Ford como Indy e o caçador de recompensas mais charmoso da galáxia, as tramas dos filmes ganham mais ação e o suspense se eleva. 

Ryan não se restringe ao seu escritório como analista e posteriormente como conselheiro para o Presidente dos EUA. Indo a campo como bem vimos em “Perigo Real & Imediato”, ao ajudar um grupo de soldados encurralado por traficantes do cartel comandado por Felix Cortez (Joaquim de Almeida). Já em “Jogos Patrióticos” precisa defender a esposa Cathy Mueller (Anne Archer) e a filha Sally (Thora Birch) dos planos de vingança do terrorista irlandês IRA Sean Miller (Sean Bean, o Ned Stark de “Games of Thrones”). Ele culpa Jack pela morte de seu irmão mais novo no atentado a um lord inglês. Ambos foram dirigidos por Phillip Noyce, foram bem aceitos pelo grande público e a crítica.

Aqui vai um dado, Tom Clancy não gostou da escolha de Ford para o papel. Considerando que ele era muito velho para encarna-lo. Na época, Harrison tinha 50 anos. Após uma pausa de oito anos, o desejo de Clancy foi realizado. Com o canastrão Ben Affleck assumindo o manto como Jack Ryan. Assim temos sua origem dentro da CIA como analista e o primeiro encontro com sua futura esposa, Cathy Mueller. Aqui feita por Bridget Moynahan. James Geer sai de cena e entra William Cabot como diretor adjunto da CIA. Ele é interpretado por Morgan Freeman. Assim temos “A Soma de Todos os Medos (The Sum of the All Fears, 2002)”, dirigido por Phil Alden Robinson (“Campo dos Sonhos, 1989”) e adaptação por Paul Attanasio (“Donnie Brasko, 1997”).

Jack é chamado por Cabot, para ser o conselheiro para o Presidente dos EUA J. Robert Fowler (James Cromwell) no diálogo com o premier russo Nemerov (Ciaran Hinds). Já que escreveu um relatório sobre ele e pode ajudar na tensa relação entre os líderes mundiais. Pois há uma ameaça de bomba nuclear em solo norte-americano e indícios mostram o envolvimento do governo russo. Como de praxe, o mal está escondido nas sombras. Quem está por atrás do ataque é um grupo neonazistas. Fazendo com que Jack descobre que pessoas do alto escalão do poder das duas nações estão envolvidas e desejam o conflito.

Em 2014, Jack está de volta com uma cara novo, Chris Pine. Recém-revelado como o Capitão James Tiberius Kirk na reboot de “Star Trek: Jornada nas Estrelas” de J.J. Abrams. Em “Operação Sombra: Jack Ryan (Jack Ryan: Shadow Recruit)”, mais uma nova introdução do personagem de Clancy. Tendo como diretor, o ator shakesperiano Kenneth Branagh que também faz o vilão russo Victor Cheverin. Completam o elenco, Keira Knightley (a Elizabeth Swann da franquia “Piratas do Caribe”) como Cathy Mueller, a namorada de Jack, e o veterano Kevin Costner (o John Dutton de “Yellowstone desde 2018”) faz seu mentor Thomas Harper. Comentamos o filme no link: https://cyroay72.blogspot.com/2014/02/chris-pine-e-o-novo-jack-ryan-em.html


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