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O documentário "TOM PETTY: SOMEWHERE YOU FEEL FREE - THE MAKING OF WILDFLOWERS"

Em 02 de outubro de 2017, o mundo da música perdeu Tom Petty. À frente da sua banda The Heartbreakers ganhou fama mundial com seu estilo único e cheia de referencias ao cancioneiro norte-americano. O poeta Bob Dylan é uma das suas maiores influencias, chegando a ser sua banda de apoio durante os anos 90 nas turnês como "Bob Dylan with Tom Petty & The Heartbreakers". Somada a uma frutífera carreira solo nos álbuns “Full Moon Fever (1989)” e “Wildflowers (1994)”. Em meio a isso formou o supergrupo Traveling Wilburys ao lado de Dylan, o beatle George Harrison, Roy Orbison e Jeff Lynne (Electric Light Orchestra). Para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2017/10/simplesmente-tom-petty-20101955.html

Após seu falecimento, o catalogo musical tem sido revisado. Nas palavras dele, o disco “Wildflowers” foi seu maior trabalho como músico. Tanto que para atender seu desejo pessoal, foi lança-lo como álbum duplo. Na época das gravações, a criatividade estava a mil por horas. Ele e o produtor Rick Rubin tiveram que escolher as canções que fizeram parte do disco de 1994. Neste caso, quinze. Em outubro de 2020, saiu “Wildflowers & All The Rest”, com o material completo. Mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2021/09/o-legado-de-tom-petty.html. Dai a ideia para o documentário “Tom Petty: Somewhere You Feel Free – The Making of Wildflowers (2021)”, uma produção do You Tube e disponibilizada no canal oficial de Tom, dirigido por Mary Wharton.


No começo de 2020, foram achados filmes de 16mm feitos entre os anos 1993 a 1995 feitos por Martyn Atkins, um colaborador de longa data de Tom, que registrou as gravações de “Wildflowers” e a vindoura turnê do mesmo. Aqui vemos um retrato nu e cru sobre a personalidade de Petty. Sempre discreto na vida pessoal, ele abre seu coração nas canções do disco. Vivendo um momento difícil com sua primeira esposa Jane Benyo e já haviam se decidido em se separarem após lançar “Wildflowers”. Isso de comum acordo e a ciência das filhas Adria e Annakim. Fora isso, um sentimento de liberdade, fora da convivência democrática nas palavras do próprio dentro dos Heartbreakers. Apesar de ser o líder, é preciso que as decisões internas precisavam ter o consentimento de todos. 


Em “Wildflowers”, decidiu tudo sozinho. Como à escolha de Rick Rubin para ser o produtor. Todos sabiam que Tom trabalhava diretamente com Jeff Lynne e Rubin ciente disso, queria muito trabalhar com Petty. Especialmente depois de ouvir “Full Moon Fever”, já que naqueles tempos ele ouvia sons mais pesados como Slayer, Beastie Boys e Red Hot Chili Peppers. Seu nome foi sugerido por Mike Campbell, guitarrista dos Heartbreakers. Após vários encontros e conversas, Rick foi ficando e efetivado no cargo. Junto a ele, George Drakoulas, que trabalhava com Rubin na gravadora dele, a Def Jam, que veio como assistente e consultor musical. E ocasionalmente participava gravações tocando alguma coisa. Tudo devidamente registrado pelo manager Alan "Bugs" Weidel.


Apesar de um trabalho solo, os Heartbreakers tocam em “Wildflowers”. Campbell é o parceiro musical inseparável, Benmont Tench no piano e Howie Epstein no contrabaixo e os vocais de apoio. Já o baterista Stan Lynch não se sentiu a vontade com o material e preferiu ficar de fora da empreitada. Isso magoou Tom e percebeu que já não havia mais clima para ele continuar na banda. Isso é confirmado quando eles precisam se reunir para gravar as duas canções inéditas que fariam parte da coletânea que encerrava o contrato deles com a gravadora MCA em 1994. Consultando a todos, Stan é dispensado.


Agora surge um problema, quem vai assumir as peles da bateria. Tanto para gravar “Wildflowers” e substituir Lynch nos Heartbreakers. Após varias audições, o escolhido foi Steve Ferrone. Que já havia tocado com Duran Duran e o slowhand Eric Clapton. Ben e Mike relembram que Steve e Stan possuem estilos distintos. A batida no primeiro mudaria a sonoridade do grupo e isso é um bom sinal. Por ele ser jovem na época e estava entusiasmado em fazer parte dos Heartbreakers.

Voltando ao disco, Tom relata seu melhor momento como compositor, músico e pessoal. Adria concorda e completa que a ida do pai para Los Angeles contribuiu muito para isso. Onde a relação com ele junto a irmã melhorou muito. Ela acredita que o pai naquele momento aos 40 anos de idade, no seu auge criativo se via como Eddie Vedder e Kurt Cobain dizendo: “Este sou Eu! É quem Eu ... É O Espirito de Tudo O Que Sou!


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