A sétima arte é formada por grandes ícones. Sejam diretores como John Ford, Orson Welles, Stanley Kubrick e Steven Spielberg. Sejam atores como Spencer Tracy. Humpfrey Bogart. Clark Cable, Harrison Ford e Tom Cruise. Bem como as atrizes Bette Davis, Ingrid Bergman, Audrey Hepburn e Meryl Streep. E na manhã da última terça-feira (16 de setembro de 2025), um desses ícones nos deixou. Estamos falando do galã Robert Redford. Talvez uma das derradeiras lendas da era de ouro do cinema que estava entre nós. Além de muito carisma e talento, Redford também era uma pessoa politicamente ativa e estava à frente da defesa do clima mundial. Apesar que repudiava ser visto como um ativista.
Ele sempre foi muito discreto sobre isso. Seu posicionamento político também seguiu o mesmo caminho. Não ia diretamente às passeatas ou apoiar declaradamente algum membro do parlamento norte-americano. Mas deixava bem claro que era contra o preconceito racial e a corrupção política Isso é bem exemplificado no suspense “Todos Os Homens do Presidente (1976)”. Que deflagrou a operação Watergate que causou a renúncia de Richard Nixon como Presidente dos EUA. Comentamos o filme no link: https://cyroay72.blogspot.com/2020/06/todos-os-homens-do-presidente-1976-com.html. Considerado um dos atores mais bonitos da sua geração, ele atuou em dramas como “Descalços no Parque (1967)”, “Nosso Amor de Ontem (1973)”, “O Grande Gatsby (1974)”, “Entre Dois Amores (1985)” e “O Encantador de Cavalos (1998)”. No primeiro rendeu uma parceira em cena, Jane Fonda, na comédia “Cavaleiro Elétrico (1979)” e o drama “Nossas Noites (2017)”.
Além da amizade de longa data com outro galã, Paul Newman. Onde estrelaram o antológico faroeste “Butch Cassidy & Sundance Kid” em 1969 e a comedia com ares de filme de assalto “O Golpe de Mestre (1973)”. Este lhe rendeu sua indicação ao Oscar para Melhor Ator. Um apaixonado pelo cinema independente, ele criou o instituto Sundance, que apoia jovens cineastas. E em 1978, o Festival de mesmo nome. Inspirado no personagem que marcou sua carreira. Se tornando um novo marco para o cinema dos EUA e que revelou os talentos do cool Quentin Tarantino (“Cães de Aluguel, 1992”), o versátil Steven Sodenbergh (“Sexo, Mentiras e Videotape”, 1989) e Ryan Coogler (“Fruitvale Station, 2013”).
Entre os anos 80 e 90, nos brindou com seu charme no drama esportivo “Um Homem Fora de Série (1984)”, a comedia romântica “Perigosamente Juntos (1986)” e o thriller “Quebra de Sigilo (1992)”. Destaque para sua carreira atrás das câmeras. Já no seu primeiro filme como diretor, “Gente Como A Gente” de 1980, ganhou o Oscar de Melhor Diretor daquele ano. Em “Quiz Show: A Verdade Sobre os Bastidores (1994)”, uma crítica aos games show televisivo nos anos 50 e em dramas de cunho pessoal como “Nada É Para sempre (1992)” e “Conspiração Americana (2010)”. Entre seus trabalhos mais notórios temos o drama “Rebelião em Milagro (1988)”, onde conheceu a musa do cinema brasileira Sônia Braga.
Eles engataram um namoro que se tornou um grande amizade. Sônia relembrou o tempo em que ficaram juntos, com uma bela homenagem no instagram. Nos anos 90 e 2000, desacelerou e o vimos no filme de espionagem “Jogo de Espiões (2001)” e o drama intimista “Até O Fim (2013)”. Chegou a participar do Universo Cinematográfico Marvel como Alexander Pierce, membro do Conselho de Segurança Mundial em “Capitão América: O Soldado Invernal (2014)” e “Vingadores Ultimato (2019)”. Ele não chegou a anunciar que iria se aposentar, seu último filme foi o “O Velho & A Arma” em 2018. Um conto verídico sobre o criminoso Forest Tucker, que se tornou conhecido na terra do tio Sam pela fuga audaciosa da prisão de San Quentin em 1979. Assim como Robert, um elegante outsider que deixou sua marca no cinema. Dentro e fora da tela grande.
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