No último dia 27 de fevereiro (quinta-feira), o mundo do entretenimento foi surpreendido com uma noticia inimaginada. O corpo do ator Gene Hackman e de sua esposa Betsy Arakawa foram encontrados mortos em sua residência em Santa Fé (Novo México). A investigação inicial tinha como premissa um roubo seguido de morte, onde inclusive o cão do casal foi alvejado. Indo mais a fundo, descobriu-se que eles já haviam falecido a mais de nove dias. Mais tarde foi divulgado que o marcapasso no coração de Gene parou de funcionar no dia 17 de fevereiro. Hackman tinha 95 anos e Arakawa, 65 anos.
A investigação está em andamento pela polícia local. Aposentado desde 2004, em sua última entrevista dada a Larry King disse que não tinha projetos futuros e acreditando que sua carreira como ator havia chegado ao fim na época. Mesmo assim deixou sua marca na sétima arte. ganhador de dois Oscar por Melhor Ator pelo thriller policial “Operação França” em 1971 e por Melhor Ator Coadjuvante pelo western “Os Imperdoáveis” de 1992. Mas o papel que o marcou foi como vilão Lex Luthor nos filmes do herói DC Supeman em “Superman: O Filme (1978)”, “Superman II (1980)” e “Superman IV: Em Busca da Paz (1987)”.
Uma atuação diferente do nos acostumamos a vê-lo. Bem-humorado, sarcástico e o momento certo para ser o vilão da vez. Já que sempre fez personagens com personalidade fortes, durões e de índole duvidoso. Isso pode ser exemplificado em “Operação França”, onde ele é o policial Jimmy “Popeye” Doyle. Conhecido por seu temperamento diferente, incorruptível e senso de justiça inabalável. Mas que possui suas falhas como ser humano.
Já o xerife “Little” Bill Daggett em “Os Imperdoáveis”, é o aposto. Uma pessoa fria e calculista, que enxerga uma oportunidade com a chegada do ex-pistoleiro Will Munny, feito pelo mítico cowboy Clint Eastwood. Ele somou mais três indicações ao Oscar por Melhor Ator Coadjuvante em “Bonnie & Clyde: Uma Rajada de Balas (1968)” e “Meu Pai, Um Estranho (1970)”, e como Melhor Ator pelo thriller politico “Mississipi em Chamas” de 1988. Vai destacar seu papel como o espião em “A Conversação (1974)” de Francis Ford Coppola.
Num papel mais contido, onde exibe com olhares, gestos e poucas palavras que seu personagem transmite em cena. Arrependimento e tristeza pelo o que fez antes de aceitar o trabalho. E na comedia “Gaiolas das Loucas (1996)” como o político conversador Kevin Keeley, onde dividiu cena com eloquente Robin Williams. Marcando presença na comedia “O Jovem Frankestein (1974)”, nos thrillers “Sem Saída (1987)” e “A Firma (1993)”, e no cult “Os Excêntricos Tenenbaums (2001)”.
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