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O Conto Real "SATURDAY NIGHT: A NOITE QUE MUDOU A COMÉDIA"

A rede NBC tem tido os ótimos índices de audiência nas noites de sábado desde 11 de outubro de 1975. Isso se deve a estreia do programa humorístico “Saturday Night Live”, criado e produzido por Lorne Michaels. E revelou comediantes como Chevy Chase, os caça-fantasmas Dan Aykroyd e Bill Murray, o estridente Eddie Murphy e o discreto Steve Martin. O programa se notabilizou pelo humor sarcástico e sem limite. Onde a politica era uma das principais referências. Além de piadas sobre sexo e satirizar outros programas televisivos, estrelas da musica e do cinema. Os números musicais eram outro destaque no palco do SNL tivemos Mick Jagger, Foo Fighters e Billie Eilish, por exemplo.

Celebrando seus cinquenta anos no ar, temos “Saturday Night: A Noite Que Mudou A Comédia (Saturday Night, 2024)”. Recém exibido na 48ª Edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que nos traz como foi a noite de estreia do programa. Dirigido por Jason Reitman, que assumiu o lugar do pai Ivan Reitman na franquia “Caça-Fantasmas”, e escreveu roteiro com Gil Kenan. O filme nos traz as ultimas horas antes que o show fosse ao ar. Para ser Lorne temos Gabriel LaBelle de “Os Fabelmans (2022)” e Cooper Hoffman (“Licorice Pizza, 2021”) faz o produtor da NBC Dick Eberson. 

Ambos fazem de tudo para o SNL entre no ar e torne o sucesso que é hoje. Dick é o contato direto com o alto escalão da emissora de TV. Entre eles, David Tebet feito pelo veterano Willem Dafoe (“Tipos de Gentilezas, 2024”). É ele que tá a palavra final se o programa vai ou não ao ar. Enquanto isso vemos Lorne correr contra o tempo para que seu show estreia. Apostando em uma nova geração de comediantes formada por Chevy Chase (Cory Michael Smith), Dan Aykroyd (Dylan O’Brien da franquia “Maze Runner”), Jane Curtin (Kimberly Matula), Gilda Radner (Ella Hunt), Larraine Newman (Emily Fairn) e o incontrolável John Belushi (Matt Wood). Além da tensão que rola no ambiente, Lorne precisa lidar com problemas de ultima hora. Como o temperamento deles. 

Chase e Belushi não se dão bem, e seu diretor responsável pela iluminação do show pede demissão. Esse caos interno é filmado nos mínimos detalhes por Reitman e o trabalho dos editores Nathan Orloff e Shane Reid sendo essencial para acompanharmos o ritmo frenético vivido por Michaels. LaBelle soube capturar o stress vivido pelo personagem e mesmo assim perseverou para que o programa fosse ao ar. Mesmo sem sua temática definida e um roteiro a ser seguido pelo elenco e os convidados fariam quando seus quadros fossem ao ar. 

Outro destaque é elenco. Smith e O’Brien estão ótimos. Rachel Sennott (“Shiva Baby, 2020”), que faz a roteirista e produtora Rosie Shuster, está excepcional. Seu timing cômico e sendo o alicerce para Lorne seguir em frente. Os dois foram casados na vida real de 1967 a 1980. Nicholas Braun (o Greg Hirsch de “Sucession, 2018 a 2023”) está ótimo num papel duplo. Ele é o icônico comediante Andy Kaufman e o criador dos Muppets Jim Henson em determinados momentos da película. O eterno J.J. Jameson da franquia aracnídeo J.K. Simmons faz a lenda da TV Milton Berle e o musico Jon Batiste como a lenda do R’n’B e Soul Billy Preston. Além de compor a trilha musical do filme. Que complementa a presente tensão vivida por todos os envolvidos.

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