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Os 40 Anos de Carreira dos Titãs no documentário "BIOS (2022)"

No último final de semana tivemos a edição 2024 do festival Lollapalooza na nossa terra brasilis. Ocorrida no autódromo de Interlagos na cidade de São Paulo, como é de praxe. Ela foi marcada este ano pela despedida da turnê “Encontros” dos Titãs. Que reuniu sua formação original, prestou homenagem à Marcelo Fromer e rodou o país em 2023. Considerado o melhor show da noite de sábado e um dos melhores desta edição. A banda deixou sua marca no festival e celebrou os 40 anos de carreira com o documentário “Bios: Vidas que Marcaram A Sua”, lançado originalmente em 2022 pelo canal National Geographic. 

Onde os remanescentes Sergio Britto, Branco Mello e Tony Bellotto relembram a carreira do grupo. Entrevistados pela ex-VJ da MTV Brasil Sarah Oliveira, comentam o início da banda nos anos 80 com nove integrantes, todos alunos do colégio Equipe em São Paulo. Este era conhecido por ser um expoente cultural e artístico da cidade.  O primeiro show no Sesc Pompéia também é rememorado. Contando com depoimentos de ex-integrantes como Arnaldo Antunes, Paulo Miklos, Charles Gavin, Nando Reis e o batera André Jung, que mais tarde faria parte do Ira! de Nasi e do guitar hero Edgard Scandurra. Junto a eles, Liminha, que produziu os antológicos “Cabeça Dinossauro (1986)” e “Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas (1987)”. Bellotto comenta: “O filme trouxe visões, de ex-integrantes e jornalistas, o mesmo assunto comentado por pessoas e visões diferentes”. Branco completa: “Me lembrei de coisas que eu não lembrava mais e é muito interessante ouvir os outros falando sobre o mesmo fato”.

Cita inclusive os mitos e lendas entorno da banda. Como as saídas abruptas de Ciro Pessoa e Jung, membros da primeira formação; e o “chapéu” que deram em Liminha durante as gravações de “Tudo Ao Mesmo Tempo Agora (1991)”. Palavras dos envolvidos. Aproveitam para comentar sobre o trabalho ao lado de Lulu Santos, que produziu o segundo álbum deles, “Televisão (1985)”. Relatam que houve certa animosidade entre as partes. Lulu chegou a ser chamado para falar a respeito, prefiro não participar. Já que possui ressentimentos sobre o que eles falaram na época. Branco reflete: “É uma banda muito diferente de todas que eu conheço, por todos fazerem música, serem compositores. Tínhamos cinco cantores. Não é algo fácil de encontrar na história do rock. É um diferencial”.

As polemicas são discutidas como as prisões de Arnaldo e Tony. O primeiro foi fichado como traficante, ficou um mês preso. Isso ocorreu em 1985 e eles foram usados como exemplo do perigo no uso de drogas. Prejudicando a imagem do grupo, que teve shows e participações em programas televisivos cancelados. O único que se manteve ao lado deles, foi o apresentador Faustão. Eles participavam ativamente do seu antológico programa “Perdidos Na Noite (1984 a 1988)” e posteriormente “Domingão do Faustão (1989 a 2021)” e sendo lembrando até hoje por Nando Reis. A saída deste e dos outros integrantes são lembradas.

Bellotto comenta: “A cada saída, a gente tem a impressão que talvez tudo acabe, que era peça que faltava para a coisa ruir. A última saída, do Paulo (em 2016) foi muito difícil. Mas aí acontece uma coisa que não é racional, pinta um instinto de sobrevivência. A banda é uma entidade coletiva que se sobrepõe às individualidades”.  Sobre a morte de Marcelo Fromer em 2001, apenas diz “nossa maior tragédia”. O documentário reflete sobre a vida e a obra dos Titãs é atemporal. Apesar de todos os percalços, o legado deles permanecerá.

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