Hoje
são celebrados os 40 anos do lançamento (originalmente em 27 de fevereiro de
1984) do álbum “The Works” do Queen.
Após a polêmica com o disco anterior “Hot
Space (1982)”, onde a banda resolveu ampliar sua sonoridade rock’n’roll,
com funk e disco. Após uma turnê mundial, resolveram dar um
tempo. O batera boa pinta Roger
Taylor gravou seu segundo album solo, “Stranger
Frontier (1984)”. O guitar hero Brian
May se uniu a Eddie Van Halen para gravarem “The Star Fleet Project (1983)”, uma homenagem ao slowhand Eric
Clapton. O carismático vocalista Freddie
Mercury foi trabalhar com o king of Pop Michael Jackson, com quem gravou “There Must Be More Like Than This” e “State of Shock”, e as ideias iniciais para sua primeira aventura
solo,”Mr. Bad Guy”, lançado em abril de 1985. John Deacon aproveitou a folga para resolver problemas pessoais.
Voltaram
a se reunir em 1983, quando foram chamados por Tony Richardson para fazer a
trilha musical do filme “Um Hotel Muito
Louco (1984)”. A única canção aproveitada foi “Keep Passing The Open Windows”,
composta por Mercury. Isso o impulso
necessário para o grupo voltar aos estúdios. Eles reuniram no Record Plant
Studios (Los Angeles) em agosto de1983. Nessa época, Freddie era fascinado com
a vida noturna na América, indo e volta para Inglaterra. Eles possuíam residência
na terra do tio Sam, finalizaram “The Works” em janeiro de 1984 no Musicland
em Munique. Composto por nove canções é o mais curto da discografia do Queen. Canções como “Man Made Paradise” e “Love Kills”, ambas de Freddie não foram aprovadas. Assim como
cinco composições de Roger. “The
Works” foi retomada ao som que eles produziam no começo da carreira.
Com a pegada rock’n’roll característica, antenada com o som dos anos 80.
Onde os teclados se tornaram mais presentes. Isso
é exemplificado em “Radio Ga Ga”, primeiro single do disco. Composta por Taylor, ela tem uma historia engraçada.
Sua ideia partiu do filho Felix com que ouvia o rádio num passeio de carro. Ele
disse ao pai “radio caca”. Ao mesmo
tempo, queria prestar uma homenagem ao antigo radio de pilha. Que o levou
ao rock’n’roll ouvindo Elvis Presley e queria mostrar a juventude da época sua
paixão pelo meio de comunicação. Já “Tear It Up” de Brian marca a volta às raízes rock da banda. “It’s A Hard Life” de Freddie, temos a canção épica com
ares de opera, assim com a antológica “Bohemian
Rhapsody”. Sua performance vocal é o grande destaque e tem um dos solos
favoritos de May, palavras do próprio.
Mais uma canção de Mercury, “Man on the Prowl”, um rockabilly que pode ser chamada “Crazy Little Thing Called Love Part II”. Exibindo mais uma vez, como Elvis Presley é um dos seus grandes ídolos. Logo
em seguida, temos a parceira entre Brian
& Roger com “Machines
(or Back to the Humans)”. Puro anos
80 com letra inspirada em “1984” de George Orwell. Aqui um pequeno detalhe. De
acordo com May, ele e Taylor discutiam frequentemente. A canção
era um sinal de paz entre ambos. Um misto de sintetizadores, instrumentos acústicos
e o efeito robotic voice, teclado vocoder
tocado por Roger que modificava sua
voz. O grande hit “I Want to Break Free” de John “Deacy” Deacon, uma
grande canção pop rock. Ela chamou atenção pelo polêmico videoclipe, onde os
quatro se travestiram de mulher. Chegou a ser proibido de ser veiculado nos
EUA.
“Keeping Passing The Open Windows” de Mercury, foi inspirada em uma das falas de “Um Hotel Muito Louco”, sobre suicídio. De acordo com Freddie, exemplifica o contrario: “Esqueça toda tristeza. Porque amor é tudo que você precisa”. Uma referencia, à mítica canção dos Beatles, “All You Need Is Love”. Dai temos a arrasa-quarteirão “Hammer to Fall” de May. Ela te empolga. Seja pelo seu riff de guitarra cortante seja pelo forte batida de Roger, o contrabaixo pulsante de John e a voz poderosa de Freddie. Fechando os trabalhos temos a reflexiva “Is This The World We Created?” de Mercury & May. Sua letra é sobre a fome da Etiópia e o que estamos fazendo para mudar isso. Acústica, relembrando os shows, quando a dupla surgia no palco em momento “Unplugged MTV”, voz & violão. “The Works” marcou a entrada do Queen no mundo dos videoclipes da geração MTV. Exemplificado com “Radio Ga Ga” e “I Want to Break Free”.
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