O cineasta Michael Mann ficou mundialmente conhecido com o thriller policial que reuniu duas lendas do cinema, Robert De Niro & Al Pacino, em “Fogo Contra Fogo” de 1995. Posteriormente realizou o drama verídico “O Informante (1999)”; o tenso “Colateral (2004)” estrelado pelo galã de sorriso colgate Tom Cruise e a versão para o cinema do seriado televisivo anos 80 “Miami Vice (2006)”. Seu ultimo filme foi o suspense “Hacker” de 2015 estrelado pelo Thor Chris Hemsworth. Que se tornou um sucesso mundial no canal das redes sociais Netflix. Oito anos depois, Mann retorna com “Ferrari (2023)”. Sobre um dos momentos mais difíceis na vida do empreendedor e ex-piloto de corridas Enzo Ferrari.
Aqui interpretado pelo Kylo Ren da saga Star Wars Adam Driver. Segundo o próprio, o projeto levou 20 anos para ser realizado. O orçamento foi um dos empecilhos até que Michael conseguisse investidores para realizar a película. Baseado no romance “Enzo Ferrari: The Man, The Cars, The Racers, The Machines” escrito por Brock Yates e adaptado por Troy Kennedy Martin, que veio a falecer em 2009. Ao retomar o filme, o roteiro teve sutis alterações que não afetou ao que foi filmado. Aqui temos Enzo vive uma crise no casamento de longa data com Laura, feita pela musa do cinema espanhol Penélope Cruz. Eles perderam o filho Dino, falecido aos 24 anos de idade. Somada aos problemas financeiros em sua fabrica. As dividas com as corridas, estão o levando à falência.
Ele investe ferozmente em seus carros. O custo é alto, além de contratar os melhores pilotos. Como Piero Taruffi (Patrick Dempsey, o doutor Derek Shepherd da serie “Grey’s Anatomy” desde 2015), Peter Collins (Jack O’Connell, “Invencível, 2014”) e Alfonso De Portago, com o brasileiro Gabriel Leone no papel. Estamos em 1957. Em meio a isso, mantem um romance com Lina Lardi (Shailene Woodley de “A Culpa é das Estrelas, 2014”) e eles tiveram um filho, o pequeno Piero (Guiseppe Festinese). Mantendo isso em segredo de Laura. Pois ela cuida das finanças da empresa criada pelos dois. Enzo tem a ideia de montar uma equipe para correr a Mille Miglia, que percorre toda a terra da bota. Além de contratar um jornalista para espelhar uma noticia falsa que está vendendo a fábrica. Para atrair investidores como a Ford de Henry Ford II. Mas para poder fazer isso, precisa que Laura ceda sua porcentagem na empresa.
Assim mostrará que tem seu controle total. Hábil negociadora redige uma petição que o autoriza e um cheque de meio milhão de dólares como garantia. Prometendo a ele, que só o sacará após Enzo vencer a prova e conseguir o dinheiro necessário para salvar a fabrica. Assim temos o mote incial para “Ferrari”. Mann nos traz um conto sobre o momento que se tornou definitivo para o esporte automotivo. Em especial para a Fórmula 1. Definindo como foi à entrada da escuderia na F1. Somada ao drama vivido por Enzo em família e como isso se misturou a vida empresarial. Driver como a competência de sempre, exibe todo empreendedorismo de Enzo para atingir seus objetivos e a imponência diante de todos que o chamam respeitosamente “Commendatore”.
Mesmo cientes sobre a real situação da montadora. Penélope está perfeita como a matriarca da família. Ao estilo de Michael Corleone, impulsionando o marido a fazer o que é necessário para salvar os negócios da família. Aqui vemos o olhar de cineasta de Michael. Vivendo o luto de Dino, a morada dos Ferrari tem um clima soturno, as sombras predominam. E o desejo de Piero em ser batizado Lardi ou Ferrari. Aqui voltamos a negociação entre Enzo e Laura, esta ciente da sua infidelidade. Garante sua promessa, que o menino não ganhará seu sobrenome até sua morte. O que ocorre em 1978 e Piero assumindo seu legado. Se formou em engenheria mecânica e trabalhando com pai até seu falecimento em 1988.
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