Surgida em 2014, à série “True Detective” impactou o mundo televisivo com muito suspense e reviravoltas como poucas produções do gênero fizeram. O trabalho da dupla formada pelos atores Woody Harrelson e Matthew McConaughey também contribuíram para seu sucesso. Criada por Nic Pizzolatto mesclando com perfeição, o que de melhor em uma trama policial com elementos pessoais e por vezes, que vão além do nosso imaginário. Em 2015, uma nova temporada com uma nova dupla, Colin Farrell e Vince Vaughn e em 2019, a terceira com Mahershala Ali (Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por “Moonlight: Sob A Luz do Luar, 2016”) e Stephen Dorff. Apesar da boa receptividade, ambos dividiram opiniões. Agora em 2024, o seriado retorna com Pizzolatto como produtor e em seu lugar, Issa López como showrunner.
Assumindo a história e a direção de seus seis episódios, ela nos traz para o frio gélido do Alaska. Mais especificamente para a cidade de Ennis, no ponto ao norte e mais frio do continente. Lá vemos a chefe da policia local Elizabeth Danvers, interpretada pela talentosa Jodie Foster (Oscar de Melhor Atriz por “O Silêncio dos Inocentes, 1991”). Ao mesmo tempo, que lida com o forte clima, onde a noite durante a maior parte dos 365 dias com varias tempestades, e o conflito entre a população da cidade com a empresa Silver Sky. Ao que parece está poluindo seu entorno com produtos químicos. Deixando a agua escura e pode causar doenças. Somada as brigas com a filha Leah (Isabella Star LeBlanc).
Tudo muda com o misterioso desaparecimento de oito dos cientistas que vivem da estação de pesquisa Tsalal. Em meio a isso, temos a oficial Evangeline Navarro (Kali Reis). Ex-parceira de Danvers, ela foi afastada por discordar de seus superiores por não ter chegado aos responsáveis pelo assassinato da nativa Annie Kowtok. Ocorrido há alguns anos atrás, ela teve sua língua cortada e desaparecida. As duas se reencontram e não é amistoso. Ambas possuem desavenças, mas descobrem que o sumiço dos cientistas e o caso de Annie, podem estar interligados. Sua língua é achada na cozinha da instalação e eles são encontrados congelados. E um deles está desaparecido, Raymond Park (Owen McDowell). Durante a investigação, Danvers e Navarro acham pistas que Park e Annie eram amantes. Junto a isso, um símbolo antigo que pode estar por trás de todo mistério envolto no caso. E ao mesmo tempo, nas origens nativas de Navarro.
Desde que trabalhava com Liz, Evangeline escutava vozes. E novamente, um chamado que deve ser atendido. Dai temos o note inicial de “True Detective: Terra Noturna”. López soube aproveitar a imensidão gelada do Alaska, tendo como pano de fundo, a fictícia cidade de Ennis. Inspirada pelo terror escondido nas sombras em filmes de John Carperter como “O Enigma de Outro Mundo (1982)” e o isolamento enlouquecedor de “O Iluminado (1980)” e toques do sobrenatural com a mediunidade de Navarro. Ela tem visões do próprio passado e de pessoas próximas como Danvers. Esta sofre com a morte prematura do filho mais novo Holden. Jodie de volta ao mundo televisivo desde 1975, exibindo a competência de sempre. Saindo dos papeis que costuma fazer, para ser uma pessoa antipática que diz para todos: “Eu não sou piedosa. Não há piedade em mim!”.
Mostrando sua fraqueza, quando se lembra de Holden e busca se entender com Leah. Somada a procura pela paz de espirito. Kali está ótima, trazendo todo misticismo dos nativos como ela. O passado e o presente estão interligados. Completam o elenco Finn Bennett é o policial assistente de Liz, Peter Prior, que descobre o real motivo da desavença dela com Navarro. Que é determinante pela sua continuidade como oficial da lei; a veterana Fionna Shaw (a Petunia Dursley da saga Harry Potter) é a psicóloga Rose Aguineau, confidente de Evangeline; e John Hawkes faz o pai de Peter, o policial Hank.
Comentários
Postar um comentário