No ultimo domingo (07 de janeiro de 2024), há quatro anos o eterno baterista do Rush, Neil Peart, nos deixava. Na mesma data em 2020, foi anunciado seu falecimento devido a um diagnostico de câncer no cérebro em 2017. Após encerrar a turnê R40 que celebrava os quarenta anos de carreira da banda, Neil decidiu se aposentar definitivamente. O que incluiu doar sua mítica bateria a um fã. Sua técnica apurada e versatilidade no instrumento marcou gerações. Sendo citado por nomes como o finado Taylor Hawkins (Foo Fighters), o ex-Police Stewart Copeland e Chad Smith dos Red Hot Chili Peppers. Além de um musico excepcional, ele mostrou um lado pouco conhecido do grande publico.
Nos intervalos das turnês com o Rush ou mesmo em meio a elas, escreveu livros como “O Ciclista Mascarado (1996)” e “Ghost Rider: A Estrada da Cura (2002)”. Este último retratou um período muito difícil para ele. A perda da filha Selena Taylor de 19 anos, morta num acidente de carro em 1997 e sua primeira esposa Jacqueline Taylor devido a um câncer em 1998. Isso o fez se distanciar de seus amigos próximos e de banda, para percorrer 90 mil quilômetros sem rumo pelos EUA, pilotando sua moto BMW R1100GS. A viagem realmente o ajudou a voltar ao Rush e gerou a emocionante canção que dá nome ao livro, gravada em “Vapor Trails (2002)”. Desde então, manteve suas duas paixões, a bateria e a moto.
Por intermédio do fotografo e parceiro artístico do Rush, Andrew MacNaughtan, conheceu Carrie Nuttall. Fotografa com quem se casou em 09 de setembro de 2000. Eles tiveram a filha, Olivia Louise Peart, nascida em 12 de agosto de 2009. Durante o período, Neil manteve sua rotina musical ao lado de Geddy Lee (vocais, teclados e contrabaixo) e Alex Lifeson (guitarra) gravando álbuns e saindo em turnê. Que rendeu duas passagens em nosso país tupiniquim em 2002 e em 2010 com a turnê que comemorava os 30 anos do antológico “Moving Pictures”. Apesar de toda resiliência, Neil estava sofrendo com dores musculares desde 2014. Devido ao seu apuro técnico e perfeccionista. A cada ano, piorava.
Afetando a amizade com Geddy e Alex, ao lado do empresário Ray Daniels, discutiram sobre sua saída do grupo. Gerando certa animosidade na época. Acertam os ponteiros, respeitam o desejo de Peart ate o derradeiro show da turnê R40. Neil se manteve firme e forte. Durante o período, “O Professor” comentou que tinha bolhas nos dedos, calos nos calcanhares dos pés e continuas dores nas costas. Mesmo assim, como se diz “o show não pode parar”. Até o fatídico dia 07 de janeiro de 2020, num comunicado oficial nas redes sociais do Rush anunciou o falecimento do mítico baterista, leia abaixo. O legado de Neil é imensurável, um dos maiores bateristas de todos os tempos e letrista de mão cheia.
“É com os corações partidos e profunda tristeza que temos que compartilhar a terrível noticia que nosso amigo, irmão de alma e companheiro de banda por mais de 45 anos, Neil, perdeu sua incrível batalha de três anos e meio contra o câncer no cérebro. Pedimos que amigos, fãs e a mídia respeitem a necessidade de privacidade e paz da família nesse momento muito doloroso e difícil. Quem quiser expressar suas condolências pode escolher um projeto de pesquisa sobre o câncer ou instituição de caridade e fazer uma doação no nome de Neil. Descanse em paz, irmão”.
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