No próximo dia 10 de março, conheceremos os vencedores da cerimonia do Oscar 2024. O grande favorito é “Oppenheimer (2023)” de Christopher Nolan com o maior número de indicações. São treze, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor para Nolan, Melhor Ator para Cillian Murphy e Melhor Ator Coadjuvante para Robert Downey Jr.. Somada a categoria de Melhor Trilha Sonora Musical, composta por Ludwig Görransson. Vencedor na categoria pela impactante musica para o filme do rei de Wakanda, “Pantera Negra” em 2019. Responsável pela trilha da serie “The Mandalorian (desde 2019)” da saga Star Wars.
Ludwig traz uma sonoridade reflexiva e ao mesmo tempo épica, para acompanhar a jornada do cientista responsável pela criação da bomba atômica. Bites eletrônicos, percussão, instrumentos de sopro e cordas interagem perfeitamente. Ao lado dele temos mais quatro indicados. Como a compositora Laura Karpman, conhecido por trabalhar no mundo dos games e em seriados televisivos do Universo Cinematográfico Marvel como “Ms. Marvel (2022)” e a animação “What If ...? (desde 2021)”. Ela nos traz uma trilha introspectiva pontuada pelo seu piano na comedia com ares de drama “American Fiction (2023)”. Leves pitadas de jazz, para representar o personagem de Jeffrey Wright, Thelonious “Monk” Ellison.
O terceiro nomeado é Robbie Robertson, conhecido como líder musical do mítico grupo rock country The Band. Ele veio a falecer em 09 de agosto de 2023. Não chegou a ver e ouvir seu trabalho em “Assassinos da Lua das Flores (2023)” do mestre do cinema Martin Scorsese. Os dois são velhos conhecidos, Scorsese dirigiu o filme concerto “The Last Waltz (1979)”, que marcou a despedida do The Band. Compôs as trilhas de “A Cor do Dinheiro (1986)” e “O Irlandês (2019)”. Ele pesquisando a fundo, a musica da terra do tio Sam. Indo do bom e velho blues, passando pelo folk, gospel e em especial das raízes indígenas. No caso, a tribo Osage. Uma trilha que se mescla perfeitamente à sua trama.
Já o quarto indicado, o inglês Jerskin Fendrix, por “Pobres Criaturas (2023)” de Yorgos Lanthimos (“A Favorita”, 2018). Conhecido por seus trabalhos com os grupos artpop Black Midi e Black Country, New Road. Em sua primeira vez na categoria, ouvimos uma mistura da musica erudita com um ar minimalista. Para irmos junto à personagem de Emma Stone, Bella Baxter, em sua busca pelo mundo novo. Saindo do casulo de seu criador Godwin “God” Baxter, feito maravilhosamente pelo veterano Willem Dafoe. O maestro John Williams recebe sua 53ª indicação à categoria no Oscar. Responsável pelas antológicas trilhas musicais da saga Star Wars e a franquia Indiana Jones.
Nomeado pela derradeira aventura do arqueólogo mais conhecido do cinema, “Indiana Jones & A Relíquia do Destino (2023)”. A última vez que foi indicado por “Os Fabelmans (2022)” em mais uma parceira com o mago Steven Spielberg. Chegou anunciar sua aposentadoria, mas voltou atrás. Ouvimos sua maestria na despedida de Harrison Ford como seu personagem mais marcante na sétima arte. Uma trilha musical potente e bastante emotiva. E Williams se tornou a pessoa mais indicada pela Academia, aos 90 anos de idade. Superando James Ivory, que escreveu o roteiro de “Me Chame Pelo Seu Nome (2017)”, a figurinista Ann Roth de “A Voz Suprema do Blues (2020)” e a cineasta Agnes Varda pelo filme “Faces Places (2020)”, tinham 89 anos na época de suas indicações.
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