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O Documentário "HERÓIS LENDÁRIOS: INDIANA JONES & HARRISON FORD"

A sétima arte sempre nos trouxe personagens marcantes. Na era de ouro do cinema o intrépido Errol Flynn ficou conhecido como o herói dos filmes capa e espada; o mítico John Wayne, o cowboy durão de bom coração; James Stewart, o homem incorruptível; e o eterno Steve McQueen era o ator que encarava o perigo de frente, sem o uso de dubles em sequencias que podiam colocar sua vida em risco. Atualmente vivemos tempos onde os super-heróis das histórias em quadrinhos vêm ganhando mais espaço. Por exemplo, o ex-garoto enxaqueca Robert Downey Jr. se tornou o Homem de Ferro e o saudoso Chadwick Boseman é o rei de Wakanda, Pantera Negra. Antes deles, tivemos Christopher Reeve eternizado como o único Superman; o incansável Tom Cruise é o agente infalível Ethan Hunt e Harrison Ford conseguiu deixar sua marca duplamente como Han Solo e Indiana Jones. O primeiro como o mais charmoso contrabandista da galáxia na saga Star Wars e o segundo como o maior caçador de peças históricas do cinema. E em 2023, se despediu do personagem em “Indiana Jones & A Relíquia do Destino”. Para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2023/06/a-despedida-de-indiana-jones-harrison.html


Para celebrar o momento a Disney+ soltou em sua plataforma o documentário “Heróis Lendários: Harrison Ford & Indiana Jones (Timeless Heroes: Harrison Ford & Indiana Jones, 2023)”. Realizado por Laurent Bouzereau, conhecido por feito os Making de produções como “Psicose” em 1997, a trilogia “Indiana Jones” em 2003 e “Stories of West Side Story (2022)”, por exemplo. Agora ele conta a história do celebrado Harrison Ford desde seu início de carreira em produções do cinema com papeis pequenos como em “A Conversação (1974)” de Francis Ford Coppola e atuando em seriados como “The F.B.I. (1969)” e “Gunsmoke (1972 a 1973)”. Nas palavras do próprio, era um trabalho como qualquer outro. Já que como carpinteiro o serviço era mais certo. Inclusive rendeu uma boa história. 

Sendo chamado pelo musico brasileiro Sérgio Mendes para construir seu estúdio na Califórnia. Há uma fotografia tirada na época para comprovar o fato e a explicação de Ford de como foi faze-lo. Somada ao depoimento que gostaria de atuar mais, só que faltavam trabalhos que chamassem sua atenção. Até que surge a oportunidade na seleção de elenco para “American Graffitti: Loucuras de Verão (1973)”.  Escrito e dirigido por um promissor George Lucas, Ford queria o papel do rebelde John Milner. Mas foi considerado muito velho para o papel pelo próprio Lucas, que optou por Paul Le Mat. Na época Harrison tinha 30 anos. Por isso acabou se tornou o corredor arruaceiro Bob Falfa. Que disputa uma corrida com Milner, numa das melhores sequencias do filme. “American Graffiti” se tornou um sucesso e credenciou George a realizar sua opera espacial, “Star Wars”.  

Comentou que após uma longa seleção, encontrou o trio que conhecemos: Harrison, Carrie Fisher e Mark Hamill. Completando: “a interação entre eles era perfeita”. Daí o momento que sua carreira deslanchou até que surgiu o papel que o marcaria para sempre, o arqueólogo Indiana Jones. Como você já cansado de saber, numa conversa informal entre George e Steven Spielberg, os dois discutiam sua paixão por filmes de aventuras de antigamente. Com o segundo reclamando que nunca era chamado para dirigir um filme do agente com licença para matar James Bond. Lucas o convenceu que tinha algo muito melhor e daí o começo de uma lenda. A atual presidente da Lucasfilm Kathleen Kennedy fala sobre seu começo no meio como assistente de Spielberg. 

Diz como Ford era a escolha certa para o papel. Cheio de carisma e uma presença de cena como poucos. O produtor Frank Marshall diz que graças a Philip Kaufman, o roteiro de “Os Caçadores da Arca Perdida (1981)” começou a tomar forma. O “MacGuffin”, termo que ficou conhecido como a ideia principal do enredo pensado por Lucas, surge. Após várias reuniões entre Lucas, Spielberg, Marshall e o roteirista Lawrence KasdanHarrison comentou seu entusiasmo ao interpretar Indiana Jones. Ficou encantado pelo roteiro, que relembrou seus heróis no cinema como Humphrey Bogart. Como aprendeu a usar o chicote com um dos dubles no set de filmagem. Além de tecer elogios a Lucas e Spielberg por ter sido escolhido e representarem uma nova geração para o cinema. 

Suas parceiras de cena também relembraram os momentos compartilhados. Como Karen Allen, a Marion Ravenwood de “Os Caçadores da Arca Perdida” e “O Reino da Caveira de Cristal (2008)”, e Kate Capshaw, a cantora Willie Scott de “Indiana Jones & O Templo da Perdição (1984)”. Um dos depoimentos mais emocionantes é de Key Huy Quan, o para sempre Short Round. A interação dos dois foi instantânea, sendo ele responsável por manter o bom humor de Harrison no set de filmagem. Além do carinho que nutriam um pelo outro e que permanece até hoje. Spielberg deixa bem claro que Indiana Jones é Harrison Ford. Sem ele, a saga não teria uma razão para existir. 

A escolha de quem iria interpreta-lo quando mais jovem na empolgante sequência de abertura de “Indiana Jones & A Última Cruzada (1989)” foi dele. O jovem River Phoenix foi chamado, após trabalharem juntos em “A Costa do Mosquito (1987)”. George relembrou quando Ford voltou a viver o papel na série “The Young Indiana Jones Chronicles (1992 a 1996)” no episódio “Indiana Jones and the Mystery of the Blues”, dirigido pelo próprio Lucas. Onde Harrison comentou na época, “nunca vou deixar de fazer este personagem”. Já nos dias de hoje, ele relembrou os filmes que trabalhou no período que não o interpretou como “Uma Segunda Chance (1991)”, “Jogos Patrióticos (1992)” e “O Fugitivo (1993)”. 

E no intervalo entre os filmes da saga como a scifi “Blade RunnerCaçador de Androides (1982)” e o drama “A Testemunha (1985)”. Onde inclusive foi indicado ao Oscar de Melhor Ator pelo último. Kathy Kennedy comentou que ficou surpreendida pela atuação de Ford.  Saindo do lado heroico que ficou mundialmente conhecido para um papel mais dramático. Todos o reverenciam e ficam emocionados por estarem ao seu lado. Em especial, aqueles que trabalharam com ele a primeira vez como o diretor James Mangold e a britânica Phoebe Waller-Bridge em “Indiana Jones & A Relíquia do Destino”. Isso só ratifica o que muitos já estão cientes, Harrison Ford é uma lenda do cinema.

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