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A Despedida de Indiana Jones (Harrison Ford) em "A RELÍQUIA DO DESTINO"

O gênero filme de aventura é um dos mais populares da sétima arte. Popularizado por ícones do cinema como Errol Flynn e Humphrey Bogart, este por “O Tesouro de Sierra Madre (1948)”. Este e dentre outros, serviu de inspiração para o contador de histórias George Lucas ao lado do mago Steven Spielberg a nos trazerem o arqueólogo mais conhecido do cinema, Indiana Jones. Num papo informal, os dois comentavam sua paixão em comum por filmes de caça ao tesouro e do gênero, na infância. Com o auxílio de Philip Kaufman (“Os Eleitos, 1983”) e um velho conhecido, Lawrence Kasdan (roteirista de “Star Wars Episódio V: O Império Contra-Ataca, 1981”), saiu “Os Caçadores da Arca Perdida (The Raiders of the Lost Ark, 1981)”. A primeira aventura de Indiana Jones no cinema com direção de Spielberg e trilha sonora musical do maestro John Williams, responsável pela icônica música da saga “Star Wars” de George Lucas


No papel temos o para sempre Han Solo Harrison FordO sucesso da empreitada foi tão grande, que trouxe as continuações “Indiana Jones & O Templo da Perdição (Indiana Jones & The Temple of Doom)” em 1984 e “Indiana  Jones & A Última Cruzada (Indiana Jones & The Last Crusade)” em 1989. O que parecia ser uma despedida, Ford, Lucas e Spielberg retomam o personagem em 2008 com “Indiana Jones & O Reino da Caveira de Cristal (Indiana Jones & The Kingdom of Crystal Skull)”. Para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2012/09/indiana-jones-o-chapeu-o-chicote-em.html. Se você imaginava que Ford aposentou o chapéu e o chicote, estava enganado. Após participar da última trilogia de Star Wars, encerrando seu ciclo como Han Solo, ele volta a viver o papel que marcou sua carreira mais uma vez. Agora em tom de despedida com “Indiana Jones & A Relíquia do Destino (Indiana Jones & The Dial of Destiny, 2023)”. Spielberg e Lucas também estão volta como produtores.  James Mangold assume a cadeira de diretor. 


Além de escrever o conto ao lado dos roteiristas David Koepp e os irmãos John-Henry & Jez Butterworth. Agora vemos um envelhecido Indiana Jones se aposentando da universidade Hunter que dá aula, estamos em 1969. Os EUA estão celebrando a primeira viagem à Lua e Indy se encontra com Helena Shaw (Phoebe Waller-Bridge da série “Fleabag, 2016 a 2019”). Ela é sua afilhada e filha de seu amigo Basil Shaw (Toby Jones, o dr. Arnim Zola de “Capitão América: O Primeiro Vingador, 2011”). Ela quer sua ajuda para encontrar um artefato que o pai estudava. Só Indy tem mais informações a respeito. Já que estavam atrás dele no fim da Segunda Guerra Mundial. Exemplificada na empolgante sequencia de abertura. Onde vemos pela primeira vez o efeito que rejuvenesceu Harrison. Como o vimos em “A Última Cruzada”. Que funciona muito bem em cena.


Indy e Basil estão da relíquia de Arquimedes. Este que acredita que ela pode mudar os rumos da historia, assim como o cientista que trabalha para Hitler, Jurgen Voller (Mads Mikkelsen, o Galen Elso de “Rogue One: Uma História Star Wars, 2016”). Adulta, Helena quer concluir o estudo do pai, já que Indy tem metade da peça. É aí que começam os problemas, Indy já não tem o pique de outrora. Por ter um vinculo muito forte com Basil, resolve ajuda-la. Pois outros também estão atrás da relíquia. Como o mercenário Klaber (Boyd Holbrook) e a agente governamental Mason (Shaunette Reneé Wilson). Eles trabalham para Voller, que ganhou uma nova identidade. Já que foi recrutado pelo governo dos EUA para trabalhar na NASA. As primeiras pistas levam Indy a Tânger (Marrocos).

Sallah, com John Rhys-Davies de volta ao papel, o ajuda a sair do país. Pois Helena quer vender a peça que ele guardava no mercado negro local. Fazendo com que percorra as estreitas ruas da cidade para salva-la dos capangas de Voller. Que estão no encalço deles. Lá conhece o jovem Teddy (Ethann Isidore), que auxilia Helena em seus golpes. Juntos, vão até a Grécia para encontrar o mergulhador e dono de um pesqueiro Renaldo (o eterno Zorro Antonio Banderas). Amigo das antigas e contato de Indy no submundo.

Eles vão atrás de Voller, que tem pistas da peça que completa a relíquia. Durante a viagem, descobrimos que Indy está se separando de Marion (Karen Allen) e o porquê de seu filho Mutt não está ao seu lado. Assim temos o mote inicial de “A Relíquia do Destino”. Mangold trouxe de volta o ritmo de aventura dos primeiros filmes. As perseguições que se tornam marca registrada da saga estão lá. Além da busca minuciosa por pistas e o carisma de Ford. Aqui descontrói seu personagem. Ciente dos seus 80 anos, a coragem e o espirito jovem estão dentro dele. Mas sem a agilidade e a disposição de outrora.

Assim o sentimento de invencibilidade dos filmes, abre espaço para um homem que sente um tiro no ombro. É onde o ato final possui um tom mais sério. Indy sente que precisa encerrar a vida por aventuras. Para viver a dor pela  perda de sua família e os amigos que se foram. Somada a boa parceria em cena com Waller-Bridge. Esta mostra a ele que está errado. Ainda possui dentro de si a chama que sempre o motivou a seguir em frente. Enfrentando de frente todos os obstáculos. A despedida é emocionante, deixando a sensação de dever cumprido.


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