Aretha Franklin (1942 - 2018) era considerada a Rainha do Soul, assim como James Brown era chamado o Rei do Soul e do Funk. O segundo teve sua historia contada em “Get On Up: A História de James Brown” em 2014 com o Pantera Negra Chadwick Boseman encarnando o papel. Comentamos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2020/09/chadwick-boseman-e-o-godfather-of-soul.html. Em 2021, Aretha teve sua vida contada em dois momentos.
A minissérie da National Geographic “Genius” com Cynthia Erivo e a cinebiografia “Respect: A História de Aretha Franklin (Respect)”. Aqui personificada por Jennifer Hudson (ganhadora do Oscar como Melhor Atriz Coadjuvante pelo musical “Dreamgirls: Em Busca de um Sonho, 2006”). Enquanto a primeira ficou envolta pelas declarações do filho de Aretha, Kecalf Franklin. Não viu a minissérie porque ela deixou de lado, momentos importantes da carreira da mãe. Além de não falar diretamente com ele e seus irmãos sobre sua produção.
Já a segunda com Hudson, dirigida pela estreante Liels Tommy com roteiro de Callie Khouri e Tracey Scott Wilson, vemos a pequena Aretha (Skye Dakota Turner) se apresentando na festa organizada pelo pai e pastor C.L. Franklin, com o Saw Gerrera Forest Whitaker no papel. Ela já revela seu talento e todos ficam impressionados. Além da referencia do pai, sua mãe Barbara (Audra McDonald) é sua maior influencia. Seus pais são separados, ela e seus irmãos passam os finais de semana com a mãe. Num deles, cantam juntas. Barbara a aconselha cantando: “Você não precisa temer nenhum homem”; “Você não precisa cantar se não quiser” e “A música salvará sua vida”. Um mantra que Aretha rege sua vida e carreira durante a película.Depois disso, temos um salto no tempo.
Adulta, Aretha (Hudson) se destaca no coro da igreja do pai e posteriormente conseguiu um contrato com o executivo da Columbia Records John Hammond (Tate Donovan), gravando standards de jazz. Prestando tributo a Dinah Washington (a cantora Mary J. Blidge) num show, com a presença da própria. É alertada por ela, a produzir material próprio. Isso se soma seu desejo de ser mais independente. Sair da presença controladora do pai, iniciando um relacionamento com o compositor Ted White (Damon Wayans). Apesar do começo promissor, sua carreira não deslancha. Sendo dispensada da Columbia. Os contatos de Ted a levam conhecer Jerry Wexler (Marc Maron) da Atlantic Records. Que surge que ela grave com a banda de músicos brancos Muscle Shoals.
Ela deseja uma mudança na carreira. Focar no som que cresceu ouvindo, a soul music.
A canção escolhida para ser seu single foi “I
Never Loved a Man (The Way I Love You)”
rede Ronnie Shannon. Apesar das discordâncias de Ted, que queria escolher os músicos
que tocariam com a esposa. Dai a relação amorosa se transforma. Com Ted
exibindo sua verdadeira persona. Um homem violento e opressor. Mesmo assim, o
sucesso chega com tudo para Aretha. Um dos melhores momentos do filme, é quando
Aretha ao lado das irmãs Carolyn (Hailey
Kilgore) e Erma (Saycon Sengbloh)
recompõem “Respect” de Otis Redding. Que
acaba se tornando o maior sucesso da carreira de Aretha. Assim o mote inicial
de “Respect”.
Jennifer como a biografada, solta a voz literalmente. Além de exibir todo seu talento dramático, para nos trazer a ascensão e queda da Rainha do Soul. “Respect” foca na infância ate 1972, quando a cantora sofreu com o esgotamento físico e mental somada ao alcoolismo. E para se reinventar mais uma vez se voltando para a música gospel para se recuperar. Dai surge o álbum “Amazing Grace (1972)”. Que originou o excelente documentário de mesmo nome em 2018, que trouxe com detalhes como Aretha superou o vicio e exorcizou seus demônios interiores. Hudson faz isso excepcionalmente em cena.
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