E tem início, nesta quinta-feira (19 de outubro de 2023), a maratona cinematográfica da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em sua 47ª edição. Serão exibidos 360 filmes de mais 90 países, até o dia 1º de novembro. Ocupando 24 salas de cinema, espaços culturais e CEUs (Centros Educacionais Unificados) da cidade. Algumas sessões serão ao ar livre na Cinemateca Brasileira e outras ocorrerão em salas do circuito alternativo e cult como Reserva Cultural, Cinesesc, Cine Satyros Bijou e Cineclube Cortina.
Para a abertura da Mostra teremos “Anatomia de uma Queda (Anatomie D’une Chute, 2023)”, grande vencedor da Palma de Ouro de Cannes deste ano, dirigido por Justine Triet. Sendo a terceira cineasta mulher a ganhar na categoria em toda historia do festival. Aqui temos o conto sobre o assassinato de um homem e a principal suspeita é a esposa. E a única testemunha do fato é o filho deles. Detalhe: ele é deficiente visual. Ao lado dela, temos “O Mal Ainda Existe (Aku Wa Sonzai Shinai, 2023)” de Ryusuke Hamaguchi, ganhou o Grande Prêmio do Júri do Festival de Veneza; “Afire (2023)” de Christian Petzold, recebeu o Urso de Prata no Festival de Berlim; e “The Persian Version (2023)” de Maryam Keshavarz, foi o vencedor do Premio do Publico no Festival de Sundance.
O cinema da nossa terra tupiniquim é representado por 60 filmes. Entre eles “A Batalha da Rua Maria Antônia (2023)” de Vera Egito; “Crowrã (A Flor do Buriti) (2023)”, uma produção Brasil – Portugal, dirigida por João Salaviza & Renée Nader Messora; “Eu Sou Maria (2023)” de Clara Linhart; a esperadíssima cinebiografia do trapalhão Mussum, “Mussum, o Filmis (2023)” e “Meu Sangue Ferve Por Você (2023)” de Paulo Machline, sobre a fase áurea do cigano Sidney Magal. Junto a eles, uma homenagem ao dramaturgo e ator José Celso Martinez Corrêa (1937 – 2023) com a exibição especial de “25 (1977)”, película dirigida ao lado de Celso Luccas. Discutindo o inicio do governo da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), após o fim do Estado Colonial. Foi exibido na primeira edição da Mostra em 1977. Na época, não contou com a participação de seus realizadores, por estarem exilados pela ditadura militar.
O grande homenageado desta edição é o cineasta italiano Micheangelo Antonioni (1912 – 2007) com trabalhos como “A Noite (1961)” estrelado pelo ícone do cinema italiano Marcello Mastroianni e “O Eclipse (1962)” com Alain Delon; o cultuado “Blow-Up: Depois Daquele Beijo (1966), o viajante “Zabriskie Point (1970)”, o thriller “Profissão Repórter (1975)” com o pirado Jack Nicholson e “Além das Nuvens (1995)”, parceria com o cineasta alemão Wim Wenders”.
Que se faz presente com o documentário “Anselm: O Barulho do Tempo (Das Rauschen Der Zeit, 2023)”. Antonioni também é citado na vinheta da Mostra e ganhando uma exposição com seus desenhos e pinturas no Instituto Italiano de Cultura de São Paulo (https://iicsanpaolo.esteri.it/pt/gli_eventi/calendario/arte-exposicao-michelangelo-antonioni-pequenos-desenhos-em-papel/). Para maiores informações sobre a Mostra no site oficial: https://47.mostra.org/
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