O automobilismo é um esporte que encanta a todos. Os carros de corrida potentes com pilotos habilidosos. Como na Fórmula 1 temos Lewis Hamilton, seja Formula Indy com Scott Dixon ou na Stock Car com Cacá Bueno. Além do charme das pistas de corrida como temos no circuito de Interlagos na cidade de São Paulo. Assim temos o game “Grand Turismo” criado por Kazunori Yamauchi em 1997 e jogado exclusivamente na plataforma do Playstation. Sucesso mundial desde então e é dele que saiu uma história improvável. A fabricante de carros Nissan trouxe a competição online para as pistas de corridas, onde um dos seus jogadores teriam a chance de correr nas pistas de verdade.
Assim temos o jovem Jann Mardenborough que conseguiu passar na seletiva chamada GT Academy. Superando 90 mil concorrentes, Além dos testes físicos e psicológicos. Acabou se tornando algo maior. Jann se profissionalizou e foi um grande piloto na categoria. Aproveitando o ensejo, o diretor Neil Blomkamp da impactante scifi “Distrito 9 (2009)” a contar sua história a partir do roteiro escrito por Jason Hall & Zach Baylin em "Grand Turismo: De Jogador a Corredor (Grand Turismo, 2023)". Para ser Jann temos Archie Madekwe. Aqui o rapaz exibe toda sua habilidade no joystick de seu console, fica empolgado ao saber do concurso. Que pode leva-lo a um status que nunca imaginou para si. Seu pai Steve (Djimon Hounsou de “Shazam: A Fúria dos Deuses, 2023”), mais pé no chão, tenta mantê-lo na realidade em que vive.
Onde as perspectivas não são animadoras. Mesmo assim, Jann vai em frente com seus sonhos. Ele chama atenção do organizador do evento Danny Moore (Orlando Bloom, o Will Turner da franquia “Piratas do Caribe”). Sendo um dos melhores jogadores de Gran Turismo. Uma pessoa comum capaz de se tornar um piloto de corridas Nissan. Além de rejuvenescer a marca. Já o ex-piloto e chefe de equipe Jack Salter (David Harbour, o Hopper da serie Netflix “Stranger Things”), pensa o contrário. Encontrar um piloto talentoso, em meio a tantos jovens que nunca sentaram em um cockpit, é uma missão praticamente impossível.
Durante as provas, Jann chama sua atenção. Salter lhe explica que a vida nas pistas não é como estar confortavelmente em seu quarto. Se você perde a corrida, pode recomeçar o jogo. Caso ocorro algo mais grave como um acidente, pode morrer instantaneamente. Ao lado de competidores tão bons quanto ele, consegue a vaga na equipe Nissan. Mas foi só o começo de sua carreira como piloto. Para conseguir a licença da FIA, precisa chegar, pelo menos no quarto lugar nas corridas que disputar. É aí que a película ganha ritmo. Acompanhando a velocidade dos carros, Blomkamp acompanha Jann de perto em seu cockpit.
Em uma edição de sequencia ágil, nos sentimos dentro dos carros. Ângulos vertiginosos das curvas e retas dos circuitos e a reconstrução do acidente de Jann na pista de Nürburgring na Alemanha em 2015. Vários espectadores ficaram feridos e vitimou uma pessoa. Aí Salter se mostra ser muito mais o mentor de Jann. Usa como exemplo a própria experiência pessoal. Falando porque desistiu da vida nas pistas. Ao correr as 24 horas de Le Mans, seu carro se chocou com outro piloto. Este acabou falecendo no acidente. Isso marcou Salter e não deseja Jann desista como ele. Harbour exibe mais uma vez seu carisma num papel que vem marcando sua carreira. O pai linha dura de bom coração.
“Gran
Turismo” é um bom drama esportivo com fundo familiar. Pai e filho
finalmente se entendem. Além de deixar a mensagem “realizar seu sonho de vida”. No caso, profissional e pessoalmente. Não
se abatendo com os obstáculos a sua frente e passando por cima deles. Completando
o elenco David Puig como irmão de
Jann, Cody; a spice girl Geri Halliwell
é sua mãe Lesley e Takehiro Hira faz
o criador do game Kazunori
Yamauchi. Este faz uma ponta como o chef de um restaurante de sushi em
Tokyo (Japão). Ele surge num passeio de Jann com sua namorada Audrey (Maeve
Courtier-Liley) pela capital da terra do sol nascente.
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