Estamos chegando à noite de Halloween e para não perder o fio da meada o Marvel Studios e a Disney + lançam o especial “Lobisomem na Noite (Werewolf by Night, 2022)”. Baseado na HQ criada em 1953 pela antecessora da Marvel Comics, a Atlas, e chegando na versão adaptada para o especial em 1972, sobre o lendário personagem. Consideradas como histórias do segundo escalão da editora, o Marvel Studios insere ao seu Universo Cinematográfico, os caçadores de monstros de um universo paralelo ao nosso. Como é bem dito na sua abertura onde os heróis mais poderosos da Terra são citados brevemente.
Aqui
vemos caçadores de monstros reunidos para o enterro do maior deles, Ulysses
Bloodstone (com voz de Richard Nixon
e narrador da própria história). Eles foram chamados por sua viúva Verussa (Harriet Samson Harris) para ganharem o
direito de possuir a Pedra de Sangue. No melhor estilo Jóia do Infinito, quem a
possuir será o melhor entre eles e capaz de derrotar os monstros de seu
universo. Para isso, é necessário conquista-la. Ela ficará presa num monstro e
precisam percorrer um labirinto para acha-los. Entre os caçadores temos Jack
Russell, interpretado pelo mexicano Gabriel
García Bernal (“Tempo, 2021”) e a
filha de Ulysses, Elsa (Laura Donnelly
da série HBO “The Nevers, 2021”).
Que se
afastou do pai por desavenças pessoais. Eles concorrem com outros pela Pedra de
Sangue. Já Elsa quer enterrar o passado e Jake tem outros planos. No caso,
libertar a criatura que irão caçar no labirinto. Ele a chama carinhosamente
de Ted ou vulgo, Homem-Coisa. Feito por Carey
Jones, o Black Krrsantan de “The Book
of Boba Fett, 2022”. Daí o mote inicial de “Lobisomem na Noite”. Que
é a estreia do compositor Michael
Giacchino como diretor. Conhecido por ter composto as trilhas musicais dos
desenhos da Pixar como “Os Incríveis (2004)”, “Ratatouille (2007)” e “Up: Altas
Aventuras (2009)” por exemplo. E colaborou com o UCM na nova trilogia do Homem-Aranha estrelada por Tom Holland.
Pegando emprestado o tom dos filmes de terror da Universal nos anos 40 e 50, Giacchino faz um excelente trabalho ao trazer de volta aquele sentimento de medo e pavor. Filmado em branco e preto e com as falhas na imagem característica daqueles tempos. Ótima cenografia e o caprichado figurino. Destacando o trabalho da fotografia de Zoë White, onde o uso da câmera digital insere este efeito. Aqui Michael e equipe optaram pelo efeito especial prático, ao contrário do vimos nos filmes do UCM. Exemplificada na transformação de Jake na fera que dá título ao especial de Hallloween da Marvel e Disney+, e na vestimenta usado por Jones como Ted. Aqui o digital (CGI) apenas complementa o enredo.
Temos um filme dentro e fora do UCM. Que faz parte da atual Fase IV e dando um indicativo do que está por vir nas Fases V e VI. Anunciadas na última D23, convenção da Disney que dá uma previa sobre seus lançamentos futuros. Com uma pegada mais voltada para o sombrio com leves pitadas sobrenaturais. Como vimos na primeira temporada de “Cavaleiro da Lua (2022)” e na vindoura película do caçador de Vampiros Blade com Mahershala Ali (Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por "Green Book: O Guia, 2019") no papel, estreia prevista para novembro de 2023. Com este surgindo na cena pós crédito de “Eternos (2021)”, ao conversar com Dane Whitman (o Jon Snow Kit Harrington) que deve surgir como Cavaleiro Negro em breve.
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