O ano de 2022 está sendo conhecido como o momento da retomada mundial. Já que a pandemia da Covid 19 ao redor do globo, está sendo melhor administrada e a OMS (Organização Mundial da Saúde) já estuda encerra-la. A vida cultural ficou paralisada por mais de dois anos e meio. Com o cinema, o teatro e eventos musicais voltando as suas atividades normais, é o momento de celebrar os 40 anos de carreira de uma das maiores bandas de rock’n’roll de todos os tempos da última semana da nossa terra brasilis. Estamos falando do Barão Vermelho.
Em um especial exibido no canal Bis, “Barão 40 (2022)” que foi dividido em quatro partes: “Acústicos”, “Clássicos”, “Blues & Baladas” e “Sucessos”. A atual formação com os remanescentes Guto Goffi (bateria) e o Maurício Barros (teclados e vocais) ao lado do guitarrista Fernando Magalhaes e Rodrigo “Suri” Suricato nos vocais e guitarra, contam sua história. Este último substitui Roberto Frejat na função. Já que ele decidiu sair, pois sua carreira solo deslanchou. Isso foi oficializado em 2017. Com a difícil de ficar à frente do microfone, Suricato conseguiu faze-lo à altura. Como o “cara mais novo do grupo”, ele fala sobre a tarefa e ao mesmo tempo, a emoção de tocar com pessoas que fazem parte da história da música popular brasileira.
Com eles, temos Márcio Alencar no contrabaixo. Junto a isso, o lançamento do EP digital “Acústico”, onde regravaram em formato voz & violão, sucessos como “Maior Abandonado” e “Bete Balanço” com canções pouco conhecidas como “Flores do Mal” e “Tua Canção”. Tendo participações especiais como a de Chico Cesar e o sanfoneiro Marcelo Caldi em “Por Você”. Em cada parte do especial, eles discutem suas influencias e como evoluíram musicalmente falando. Mauricio comentou: “Barão 40 é a celebração da amizade, perseverança e alegria de estar no palco, depois de quatro décadas!”
Guto é o mais falante, agora que Frejat não está mais à frente. Assumindo a liderança, ele conta as histórias por detrás das canções que fizeram a fama do Barão. Enaltece Fernando Magalhaes pelo solo em “O Poeta Está Vivo”. Até hoje, ele consegue repetir nota por nota como foi gravado em 1990 no álbum “Na Calada da Noite”. Este diz que a inspiração veio dos solos de David Gilmour (Pink Floyd). Goffi e Barros falam como o blues é uma referência, palavras do primeiro: "O blues é o pai do rock. É o elo entre a África e a música norte-americana". Rodrigo aproveita para brincar com os amigos de banda, pedindo para tocarem canções que foram pouco aproveitadas nos shows.
No caso, “Tua Canção (de “Na Calada da Noite”)”, “Flores do Mal (de “Supermercados da Vida”, 1992)” e “Guarda Essa Canção (de “Carne Crua”, 1994)”. A apresentação foi gravada no Teatro Claro no Rio de janeiro nos dias 01 e 02 de junho deste ano. E contou com Samuel Rosa do Skank em “Maior Abandonado”, Chico César em “Por Você” e Frejat voltando a dividir o palco com velhos parceiros no hino “Pro Dia Nascer Feliz” para um final apoteótico no local. O especial vai além da celebração pelos 40 anos do grupo. Exibe toda sua importância como um principais expoentes do rock brasileiro dos anos 80, ao lado de Paralamas do Sucesso, Ira!, Ultraje a Rigor, Kid Abelha e Titãs.
Cada episódio exemplifica isso. “Acústicos” com “Enquanto Ela Não Chegar”; “Clássicos” com “Por Que A Gente É Assim?”, dueto com Jade Baraldo; em “Blues e Baladas”, um novo arranjo para “Down em Mim” e Maurício Barros assume o microfone em “Não Amo Ninguém” e já em “Sucessos” temos “Bete Balanço” e a poderosa “O Tempo Não Pará”. Nesta, vemos a mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, na plateia. Completam o show “Amor Meu Grande Amor”, o hit solo de Frejat “Amor Para Recomeçar” na voz de Mauricio e “Um Dia Igual ao Outro” do mais recente álbum do Barão, “Viva (2019)”.
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