No dia 05 de julho de 2021, o veterano cineasta Richard Donner veio a falecer. Conhecido por ter feito o primeiro filme do herói da DC Comics, o Superman, em 1978 com seu interprete definitivo Christopher Reeve. Antes trabalhou em seriados televisivos como “Além da Imaginação” e “Kojac”, chamou atenção de público e crítica com o sobrenatural “A Profecia” de 1976. Mas foi nos anos 80, que sua carreira deslanchou com a fantasia “O Feitiço de Áquila (1985)” e a aventura teen “Os Goonies (1985)”, neste trabalhou com o mago Steven Spielberg. Em 1987, ganhou fama mundial com o policial “Máquina Mortífera (Lethal Weapon)”, estrelado pelo mad Mel Gibson e Danny Glover. O primeiro faz o atormentado policial Martin Riggs, que desde a morte da esposa, é imprudente nas ruas. Já o segundo é o policial prestes a se aposentar Roger Murtaugh.
A improvável parceria se tornou um sucesso ao redor do globo e rendeu mais três filmes. Pouco antes do falecimento de Donner, foi anunciado seu retorno ao set de filmagem ao lado de Mel e Danny. Já que não trabalhavam juntos desde 1998, quando tivemos “Máquina Mortífera 4”, para a continuidade da franquia. Mais recentemente, Gibson confirmou que irá dirigir “Máquina Mortífera 5” num evento ocorrido em Londres no mês de novembro do ano passado. Ainda não há uma data de estreia confirmada. Que será baseado nas ideias de Donner para o longa e reúne todo o elenco original. Além de Gibson e Glover, teremos a volta de Rene Russo faz a mulher de Riggs, Lorna, e Joe Pesci como o tresloucado Leo Getz.
Antes deles, entrarem para a franquia, vamos relembrar os dois primeiros filmes. Em “Máquina Mortífera”, Riggs e Murtaugh são obrigados a trabalharem juntos, já que ninguém quer o primeiro como parceiro. Além da sua imprudência em campo, Martin é instável emocionalmente falando. A convivência faz com que os dois se suportem. Aos poucos, eles se conhecem melhor. Roger tem um casamento estável com Trish (Darlene Love) e três filhos Riane (Traci Wolfe), Nick (Damon Hines) e Carrie (Ebonie Smith). Já Riggs vive em um trailer a beira do mar com seu cão. Sente muita falta da mulher e pensa em se suicidar diariamente.
Enquanto isso, Roger se encontra com Michael Hunsaker (Tom Atkins), seu velho companheiro da guerra do Vietnã. Ele lhe disse que sua filha Amanda (Jackie Swanson) foi brutalmente assassinada e que Roger precisa encontrar quem cometeu tal ato. Já que os dois têm uma dívida de vida. Com o passar da investigação, Murtaugh descobre mais do que imagina. Michael por seus contatos no submundo, ajuda seu antigo comandante, o general Peter McAllister (Mitchell Ryan), a traficar drogas em Los Angeles.
Senhor Joshua (Gary Busey) é seu braço direito. Lutou com McAllister no Vietnã e foi das Forças Especiais. Eles possuem um passado em comum com Riggs, que também esteve por lá. Numa trama que traz de volta os policiais de antigamente aliado ao cinema adrenalina dos anos 80, o roteiro de Shane Black (de “O Homem de Ferro 3, 2013”) resgata isso e atualiza o gênero. Além relembrar como um vínculo de amizade improvável se transforma em algo inabalável.
Onde Martin e Roger se tornam irmãos, confiam um no outro e a cumplicidade é refletida em cena. Mel e Danny estão ótimos e se complementam. Gibson, vindo do sucesso como herói apocalíptico Mad Max, traz o olhar de louco do personagem somada ao desequilíbrio emocional de Martin. Já Glover na época com quarenta anos, teve que usar maquiagem e aparentar ser bem mais velho.
Por isso em 1989, tivemos “Máquina Mortífera 2 (Lethal Weapon 2)”. Onde sua trama se torna internacional, com Riggs e Murtaugh lutando contra uma rede de tráfico de drogas vindas da Africa do Sul. E pior o responsável Arjen Rudd / Aryan (Joss Ackland) faz parte do consulado sul-africano e tem imunidade diplomática. Ao mesmo tempo, precisam proteger uma pessoa que irá testemunhar contra eles, o especialista em lavagem de dinheiro Leo Getz (Pesci). Numa trama mais intricada e recheada de muita ação, com a dupla destruindo tudo a frente. O que se tornou sua marca registrada.
Com Riggs
descobrindo a verdade sobre a morte da esposa. Um dos comandados de Aryan, Pieter
(Derrick O’Connor) que ganhou o
apelido carinhoso de Martin “Adolph”,
foi quem a matou. E encobertou o ocorrido como um acidente de carro. O embate
entre os dois é inevitável. Com a presença de Leo, o bom humor ganha mais
espaço, mas sem perder a pegada de ação característica. Martin tem um interesse
romântico, a secretaria de Aryan, Rika (Patsy
Kensit). A película ratifica a amizade de Roger e Martins somada a presença
de Leo. Isso é exemplificado na tensa sequencia no banheiro na casa de Rog.
Em 1992, chegamos à “Máquina Mortífera 3 (Lethal Weapon 3)”. A aposentadoria de Roger está prestes a sair e Martin está incomodado com isso. Somada a suspeita que seu parceiro esteja recebendo dinheiro de forma ilícita. Eles descobrem que estão vendendo armamentos ilegal na cidade, sua munição pode perfurar coletas de balas da força policial local. Conhecem a agente dos assuntos internos Lorna Cole (Russo) e ela está investigando a origem das vendas. Descobrindo que um ex-policial corrupto está envolvido, Jack Travis (Stuart Wilson). Em meio a isso, Lorna e Riggs se aproximam, engatando um romance.
Passados seis anos, estreia “Máquina Mortífera 4 (Lethal Weapon 4, 1998)”. Martin e Lorna estão juntos e esperando um bebê. Já Roger e família estão pensando em se mudar, contratam Leo para vender a casa deles. Junto a isso, Riane está grávida. Detalhe: ele não sabe e pior, o pai é policial como ele. É o detetive Lee Butlers, feito por Chris Rock (Sim, o próprio. Que na ultima cerimonia do Oscar levou um soco de Will Smith). Agora o perigo vem da China. Em uma batida policial, descobrem que estão traficando pessoas vindas de lá. O chefão de Chinatown, tio Benny (Kim Chan) está envolvido. Porem, isso esconde o que está tramando. Ele trabalha para Wah Sing Hu, interpretado por Jet Li, um gangster chinês. Que busca meios para libertar seus irmãos da prisão.
“Máquina
Mortífera” se notabilizou pela celebre fala dita por Roger para Martin,
quando este aprontava: “Estou velho
demais para isso!”. No caso, implodir um prédio ou destruir um posto de
gasolina ao explodir um caminhão tanque. Ou simplesmente numa briga entre eles.
Juntamente com sua trilha musical composta pelo slowhand Eric Clapton, o saxofonista David
Sanborn e Michael Kamen, este
ultimo conhecido por ter composto para filmes como “Highlander: O Guerreiro Imortal (1986)” e “Mr. Holland: Adorável Professor (1995)”. Regendo a Orquestra Sinfônica
de San Francisco no concerto “S&M”
da banda Metallica em 1999. O beatle George
Harrison compôs “Cheer Down” para
“Máquina
Mortífera 2”, Sting se junta
a Clapton, Sanborn & Kamen com “It’s
Probably Me” em “Máquina Mortífera 3” e o Van Halen traz “Fire in the Hole” para “Máquina
Mortífera 4”.
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