Quando
o assunto é viagem no tempo, automaticamente lembramos da saga “De Volta Para O Futuro”. Onde o jovem
Marty McFly vai até o momento que seus pais se conhecem e interferindo
diretamente no seu espaço tempo. E para colocar as coisas em ordem, corre
contra o mesmo, com o auxílio de Doc Brown. Mais recentemente o Universo
Cinematográfico Marvel fez isso em “Vingadores
Ultimato (2019)” e “Homem-Aranha: Sem
Volta Para Casa (2021)”. Aproveitando o tema a HBO produziu o seriado “A
Mulher do Viajante do Tempo (The Time
Traveler’s Wife, 2022)”, baseado no romance de mesmo nome escrito por Audrey Niffenegger.
Agora Steve Moffat, um dos responsáveis pela série scifi mais duradoura na terra da Rainha, “Dr. Who”, e “Sherlock” que nos trouxe o Doutor Estranho Benedict Cumberbatch e o hobbit Martin Freeman. Como novo trabalho, temos o conto de amor entre Clare Abshire e Henry DeTamble, agora interpretadas por Rose Leslie (Ygritte de “Game of Thrones”) e Theo James (o Four da franquia “Divergente”) respectivamente. Onde é o viajante do tempo do título e não sabe como adquiriu seus poderes. Indo ao próprio passado e futuro incerto, interagindo com seu eu de cada tempo e momento. Interferindo direta e/ou indiretamente no próprio destino. Ele não sabe como controla-lo, simplesmente viaja. Indo e volta, despido todas as vezes. O vemos com 41 anos, de repente, ele se vê como testemunha da morte da própria mãe quando era apenas uma criança.
Em meio a isso, conhece Clare. Mas não a versão adulta com quem acaba se casando, mas quando ela era apenas uma menina de seis anos de idade (Caitlin Shorey). A interação dos dois é imediata. Com o passar do tempo, ela vai nutrindo um sentimento de amor por Henry. Ao mesmo tempo, ele a auxilia na lição de casa, história e matemática por exemplo. A cada momento no tempo, Clare o aguarda ansiosamente. Quando chega à puberdade, deseja que Henry seja o primeiro a se deitar com ela. Algo que ele não deseja, apenas lhe diz para viver a própria vida. Pois o Eu dele da mesma linha do tempo de Clare, está fazendo isso. Assim temos o mote inicial de “A Mulher do Viajante do Tempo”. Com direção de David Nutter, conhecido por seu trabalho em “Game of Thrones”, acompanhamos as idas e vindas de Henry e como seu destino se cruzou com o de Clare.
A química do casal formado por Rose e Theo funciona perfeitamente. Com o passar dos seis episódios, eles se tornam a síntese do “amor verdadeiro e incondicional”. Como toda história de amor, ela é sempre colocada à prova. Para manter sua continuidade, os dois gravam vídeos. Em tom de documentário, Henry e Clare falam abertamente do relacionamento. As dúvidas e as certezas. As brigas e as reconciliações. As viagens de Henry, com idade média de 36 anos, podem confundir o espectador mais desatento. Mas são elas que mantem o interesse do mesmo. Em especial quando interage com seu Eu de 28 anos, bibliotecário, o orientando como agir, ao conhecer Clare de 19 anos, estudante de arte. Somada as visões de como irá morrer. Neste caso, pés cortados e poças de sangue.
Apesar
da sua condição, Henry consegue se relacionar com Clare. Ela, consciente dos
poderes dele, compreende a situação e vai vivendo este intenso amor. Tendo o
auxilio de amigos como o casal Gomez (Desmin
Borges) e Charisse (Natasha Lopez), e
o pai de Henry, Richard (Josh Stamberg). Os dois conseguem lidar com que estão vivenciando. Destaque para o episodio que
encerra a temporada com a sequência do casamento de Henry e Clare. Por causa do
stress vivido, Henry de 28, viaja constantemente e sempre para a mesma linha do
tempo. Se encontrando com seu Eu de 36 anos e por um acaso de destino, eles
trocam de lugar. Antes discutem o motivo da briga com Clare. Sendo este um
indicativo de uma futura segunda temporada ainda não confirmada.
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