Nicolas Cage é um dos mais talentosos atores de sua geração. Versátil e carismático, sempre é lembrado por filmes de ação como “A Rocha (1996)”, “Con Air: A Rota de Fuga (1997)” e “60 Segundos (2000)”; os indies “Arizona Nunca Mais (1987)” e “Coração Selvagem (1990)”; dramas como “Um Homem de Família (2000)” e ”O Senhor das Armas (2005)”; as comedias românticas “Feitiço da Lua (1987)” e “Cidade dos Anjos (1998)”; a franquia “A Lenda do Tesouro Nacional” e seu melhor momento na frente das câmeras em “Despedida em Las Vegas (1995)”. Por este último levou para casa o Oscar de Melhor Ator daquele ano. Tanto sua vida pessoal quanto artística tiveram altos e baixos.
Em especial financeiro. Assim teve trabalhos de pouca aceitação junto ao público e crítica. Dos que chamaram atenção foram “Kick Ass: Quebrando Tudo (2010)”, o suspense “Sangue no Gelo (2013)” e mais recentemente com o drama “Pig (2021)”. Onde Cage fez um famoso chef que abandonou a cozinha para se tornar um ermitão e cuidar de um porco como se fosse seu filho. Agora ele estrela a comedia com toques de ação “O Peso do Talento (The Unbearable Weight of Massive Talent, 2022)”. Sendo ele mesmo em cena, não perdendo a chance de satirizar a si próprio. Aqui “A Vida Imita A Arte” literalmente. Um astro do cinema em decadência e à beira da falência financeira. Junto a isso, mal se relaciona com a filha Addy (Lily Mo Sheen) e a ex-esposa, Olivia (Sharon Horgan).
Esperando sempre o pior, recebe uma oferta de um milhão de dólares para passar um final de semana com um fã. Detalhe: este fã é um traficante procurado pelo FBI, Javi Gutierrez. Interpretado pelo Mandaloriano da saga Star Wars Pedro Pascal. Ele é tão fanático por Cage, que construiu em sua suntuosa morada, um museu dedicado ao seu ídolo. Como por exemplo, o boneco de cera de um dos seus mais celebres personagens, o terrorista psicótico Castro Troy de “A Outra Face (1997)”. Com um detalhe: as pistolas automáticas banhadas em ouro utilizadas por Cage no filme. Dentro outros itens, mais simples como uma almofada 3D com o rosto de Nick. Aí surge o pretexto perfeito para os agentes do FBI Vivian (Tiffany Haddish) e Martin (Ike Barinholtz). Eles desejam que Cage atue como informante e consiga provas para prender Javi.
Além disso,
eles acreditam que Javi é o responsável pelo sequestro da filha de um político
espanhol que luta contra as drogas no país. Ele está concorrendo a reeleição e foi ameaçado, caso continue no cargo. Assim Nicolas precisa ser o herói
do cinema na vida real. Somado ao desejo de Javi, que Cage leia o script que ele escreveu especialmente para o ídolo. Daí
o mote inicial de “O Peso do Talento”. Dirigido por Tom Gormican e que escreveu o roteiro ao lado de Kevin Etten, onde o primeiro é um
grande admirador de Nicolas e daí a
ideia para o conto da película. Com muito bom humor e a desenvoltura em cena de Cage, que está na sua zona de conforto.
Sendo ele mesmo, sem vergonha de ser feliz
Também
interpreta sua consciência, aqui chamada de Little Nicky. Usando a tecnologia
CGI de rejuvenescimento, possui um ego exacerbado e dá ênfase que ele é “O Cara”.
Simbolizado na frase: Você é Nicolas “F.............................................................................”
Cage!!!. Você entendeu. Dá uma pitada familiar, se acertando com a filha e
ao mesmo tempo, a amizade com Javi. Aqui Pascal
solta sua veia cômica como o hispânico sentimental e sem noção. Ao contrario do
que vemos em “The Mandalorian”. “O
Peso do Talento” é uma ótima sátira pastelão e aproveitando a versatilidade
de Cage ao máximo. Tanto para a comedia quanto para filmes de ação como “Con Air: Rota de Fuga”. O filme conta
com as participações especiais do diretor David
Gordon Green da franquia “Halloween”,
que faz uma hilariante cena com Cage,
e Demi Moore, a estrela do romântico
“Ghost: Do Outro Lado da Vida (1990)”,
como os próprios.
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