Finalmente o mundo fantástico de “Stranger Things” está de volta. Passados três anos do termino da terceira temporada, a expectativa era grande após a cena pós credito do último episódio. Onde a ação sairia da interiorana Hawkins (EUA) e iria para outro lado do mundo. Mais especificamente, a então União Soviética ou Rússia nos dias de hoje. Ledo engano. Como parte da mística envolta na série, nem tudo o que parece ser. É na verdade uma pista do que veremos.
Apenas um pequeno aperitivo do viria. Discutimos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2019/07/a-terceira-temporada-de-stranger-things.html.
Depois de confirmada a nova temporada, “Stranger Things” iniciou suas
filmagens e provável data de estreia para 2020. Porem tudo teve foi atrasado
devido a pandemia da Covid-19. Enquanto as filmagens rolaram com os devidos
protocolos de higiene pessoal e distanciamento social, somado a adiamentos
causados pela alta dos casos de infecção do vírus na terra do tio Sam.
Após muitas idas e vindas, desde a última sexta-feira (27 de maio de 2022), ela está disponível no canal das redes sociais Netflix em um novo formato. Ao invés dos oito episódios tradicionais, ela foi dividida em dois volumes. O primeiro estreou agora e o volume dois em 01 de julho deste ano. Aqui vemos Eleven (Millie Bobby Brown), Will (Noah Schnapp) e seu irmão mais velho Jonathan (Charlie Heaton) se adaptando à vida nova na Califórnia.
A mãe deles, Joyce (Winona Ryder) consegue um bom emprego na cidade. Já Mike (Finn Wolfhard), Lucas (Caleb McLaughlin) e Dustin (Gaten Matarazzo) continuaram em Hawkins. Max (Sadie Sink) visita o irmão Billy no cemitério. Como bem vimos na terceira temporada, ele se sacrificou para salvar a todos. Steve (Joe Keery) e a amiga Robin (Maya Hawke) trabalham na vídeo-locadora da cidade. E Nancy (Natalia Dyer) como jornalista e editora do jornal da escola de Hawkins.
Passados seis meses dos eventos no shopping Starcourt, Hawkins vai se recuperando dos estragos. Pela primeira vez, os amigos estão separados e por isso precisam ser fortes para o que está por vir. Com o Devorador de Mentes destruído, surge uma nova ameaça vinda do Mundo Invertido. É Vecna, uma entidade que domina a mente das pessoas e as leva à morte com requintes de crueldade. Entendemos que ela já aterrorizava a cidade há tempos.
Antes mesmo dos Demogorgons e o Devorador. Está
se aproximando do grupo de amigos e eles precisam se reunir novamente para
lutarem juntos mais uma vez. Dai o mote para a quarta temporada de “Stranger
Things”, que seus criadores, os irmãos Matt & Ross Duffer, inteligentemente dividiram em dois volumes.
E seguindo a linha da terceira temporada, o suspense e o horror estão mais
intensos agora. Onde o sobrenatural ganha mais força.
Desta vez, eles estão divididos. Enquanto Will, Mike e Jonathan estão atrás de pistas sobre a localização de Eleven. Já ela foi levado por um velho aliado, dr. Sam Owens (Paul Reiser, “O Método Kominsky”, 2018 a 2021), para recuperar seus poderes. Um encontro com seu tortuoso passado e uma revelação que irá abalar as estruturas do nosso mundo e do Mundo Invertido.
Já Dustin,
Steve, Robin, Nancy, Lucas e Max buscam meios de ir ao Mundo Invertido para
salvar a última da maldição imposta por Vecna a ela. Joyce descobre que Hooper está
vivo numa prisão de segurança máxima na URSS e corre contra o tempo para
liberta-lo. Para isso pede ajuda a Murray (Brett
Gelman), por seus conhecimentos em informática e espionagem. Como vimos na
ultima temporada, especialista em teorias da conspiração inclusive.
Com uma trama bem amarrada e se conecta especialmente com a primeira temporada. Descobrimos mais sobre as origens de Eleven e como ela desenvolveu seus poderes com o “Papa”, o dr. Martin Brenner. Trazendo de volta Matthew Modine ao papel. Junto a isso traz temas que estão presentes no cotidiano dos jovens até hoje. O bullying sofrido por Eleven na nova escola na Califórnia. As diferenças entre os nerds e os “mauricinhos” em Hawkins.
Como por
exemplo, Lucas que deixa a turma momentaneamente para jogar basquete com o time
da escola. Uma clara tentativa de se tornar “cool”. Ao mesmo tempo, Max buscar superar a dor pela perda do irmão
Billy. A dificuldade de se manter um relacionamento. No caso, Jonathan e Nancy.
Onde o primeiro se sente culpado por não acompanha-la de perto como gostaria e assim
recorre ao amigo desmiolado Argyle (Eduardo Franco), para conversarem e
dividirem um baseado. Já ela, sente sua falta e começa duvidar se vale a pena
continuar o namoro.
Como de praxe, os irmãos Duffer usam e abusam da cultura dos anos 80. Seja na música com “You Spin Me Around (Like A Record)” do Dead or Alive, “Rock Me Amadeus” do alemão Falco, “Psycho Killer” dos Talking Heads e “Running Up That Hill” de Kate Bush, por exemplo. Esta ultima será determinante para salvar Max de Vecna. Ou na participação mais que especial do eterno Freddy Krueger Robert Englund como Victor Creel, a primeira vitima de Vecna.
Junto a isso os retornos de Priah Ferguson como a irritante irmã de Lucas, Erica, e Gabriella Pizzolo é a namorada e hacker de Dustin, Suzie. Com eles, novos personagens como o roqueiro Eddie Munson (Joseph Quinn), que foi inspirado no finado guitar hero Eddie Van Halen, e Argyle, que servem como alivio cômico. Todos deixam seu recado na temporada. Ao final, temos um pequeno vislumbre do que veremos no Volume 2.
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