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Os Veteranos do DEEP PURPLE estão de volta com "TURNING TO CRIME"

O rock não tem idade. Seja por veteranos como Robert Plant, Glenn Hughes, Ozzy Osbourne e os incansáveis Rolling Stones e o beatle Paul McCartney, junto a eles uma nova geração formada por Greta Van Fleet, The Struts, Rival Sons e Lucifer. Sem deixar de lado, o Deep Purple. Os veteranos continuam firmes e fortes e antes da pandemia da Covid 19, estavam tocando e gravaram o álbum “Whoosh”. Lançado em meio ao isolamento social imposto pelo coronavírus. Comentamos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2020/08/deep-purple-whoosh.html

Por fazerem parte do grupo de risco, a média de idade dos integrantes é de 76 anos. O guitar hero Steve Morse é o mais novo com 67 anos. Mesmo assim, gravaram em estúdio ou em separado o disco de covers “Turning to Crime (2021)”.  Roger Glover (contrabaixo), Ian Paice (bateria), Don Airey (teclados e órgão) e Ian Gillan (vocais) nos trazem suas influências musicais e que os transformaram nos ícones da música que conhecemos. Como o Fletwood Mac, este na sua fase inicial quando era uma banda de blues capitaneada por Peter Green, o poeta Bob Dylan, Ray Charles e os Yardbirds, por exemplo. 


Aqui eles não escondem a reverencia aos seus ídolos. “Rockin’ Pneumonia and the Boogie Woogie Flu” é executada perfeitamente soando como a original gravada por Huey “Piano” Smith em 1957. Diferenciada claramente pela voz de Gillan. Aqui Don tem oportunidade de exibir sua maestria no piano, indo além e deixando bem claro que substituir Jon Lord não é tarefa fácil.  Se destacando em “Jenny Take A Ride!” e “Let The Good Times Roll”, seus solos nos sintetizadores e piano, são de arrepiar. A country music se faz presente em "The Ballad of New Orleans" de Johnny Horton e "Dixie Chicken"  de Little Feat.

O primeiro single “7 And 7 Is” do grupo seminal Love é de um primor técnico de dar inveja. Em “Oh Well”, o DP capta a essência do blues de outrora. Já que o estilo musical marcou a banda, somado ao som psicodélico dos anos 60, no início de carreira. O medley “Caught In The Act” exibe todo virtuosismo de Morse aliado a melodia nas teclas de Airey, o contrabaixo pulsante de Glover e o ritmo de Paice, o que se inicia como um boogie woogie vai se transformando em uma canção cheia de swing com pitadas de blues, rock, progressivo e soul. 


O blues “Going Down”, “Green Onions” de Brooker T & The MG’s, “Hot ‘Lanta” dos Allman Brothers e “Dazed & Confused” do Led Zeppelin, fazem a alegria dos roqueiros de plantão. Finalizando com “Gimme Some Lovin’” do The Spencer Davis Group, com Gillan revisando o próprio passado.  Trabalhando ao lado do veterano produtor Bob Ezrin desde “Now What (2013)”, é o cara certo na hora certa. Auxiliando a banda na atual jornada musical, com um pé na fase com a Mark II e se unindo com o jazz rock progressivo de Steve Morse.

O saldo final é positivo, sentimos como eles estão se divertindo no estúdio e cientes que estão transmitindo isso para quem os ouve. Não se importando com o momento que estamos vivendo e não  se deixando abater por causa do isolamento social. E sim se cuidar e mais importante, cuidar do seu próximo. Em breve, encontraremos um modo de superar isso.


7 And 7 Is (Love)

Rockin’ Pneumonia And The Boogie Woogie Flu (Huey “Piano” Smith)

Oh Well (Fleetwood Mac)

Jenny Take A Ride! (Mitch Ryder & The Detroit Wheels)

Watching The River Flow (Bob Dylan)

Let The Good Times Roll (Louis Jordan & The Tympany Five)

Dixie Chicken (Little Feat)

Shapes Of Things (The Yardbirds)

The Battle Of New Orleans (Lonnie Donegan/Johnny Horton)

Lucifer (Bob Seger)

White Room (Cream)

Caught In The Act (Medley: Going Down / Green Onions / Hot ‘Lanta / Dazed And Confused / Gimme Some Lovin’)


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