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"MATRIX RESURRECTIONS", a realidade & o virtual estão de volta

Quando estreou em maio de 1999, os irmãos Larry & Andy Wachoswski, hoje Lana & Lilly, não imaginavam que seu filme “Matrix” causasse tanto reboliço na época, que mais tarde seria se tornaria um marco do cinema e um dos melhores do gênero scifi. Quem sonharia com o mundo que conhecem é na verdade uma realidade virtual. Tudo criado como uma forma de nos controlar e que a humanidade se tornou a fonte de energia das maquinas que nos dominam. Os poucos que conseguiram escapar, lutam pela nossa liberdade e sobrevivem no núcleo do planeta, na cidade refúgio Zion. 

Para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2019/12/os-20-anos-de-matrix-1999.htmlMatrix” gerou duas continuações “Matrix Reloaded (2002)” e “Matrix Revolutions (2003)”, em meio elas o cartoon “Animatrix (2003). Este traz nove desenhos com uma nova perspectiva à visão das Wachowski, sem perder sua essência. Assim se passaram 18 anos e desde então surgiram rumores que elas estariam trabalhando numa volta ao mundo de Neo e da Matrix. A dúvida ficou se seria um roboot ou o pós dos eventos vistos em “Matrix Revolutions”. Mais tarde se confirmou ser uma continuidade, como bem vimos Neo voltou à  fonte da Matrix para reiniciar o sistema e este se aprimorou. O estado de paz entre as maquinas e a população de Zion foi selada. 



Como bem diz a Oráculo e o Arquiteto ao final da película. Assim chegamos à “Matrix Resurrections (2021)” com Lana na direção e dividindo o roteiro com Aleksandar Hermon & David Mitchell, já Lilly preferiu ficar de fora. Ela explicou o motivo em uma entrevista: “Não queria ter passado pela minha transição, toda essa perturbação na minha vida, o sentimento de luto pelos meus pais para voltar a algo que já fiz e meio que andar por um caminho que já andei parecia emocionalmente insatisfatório”. Somado o desgaste na produção de “A Viagem (2012)” e a série “Sense8 (2015 a 2018)”, completou: “Eu precisava de um tempo longe da indústria e tomei essa decisão de parar”. 

Neo está de volta, com Keanu Reeves de volta ao papel que o consagrou mundialmente. Carrie-Anne Moss também retorna como uma nova versão de Trinity, só que diferentemente da personagem que admiramos. Ela está no nosso cotidiano e nem sabe quem um dia já foi. Agora ela se chama Tiffany, é uma mulher casada com dois filhos adolescentes e dona de uma oficina que customiza motos. Uma de suas paixões. Como você deve se lembrar, as melhores sequencias com ela era quando estava pilotando uma moto. 


Já Neo voltou a ser Thomas Anderson. Com um diferencial, o hacker de outrora é o criador do jogo que dá nome à saga. Uma boa sacada, para ele não se recordar quem realmente é. Estamos nos dias de hoje, conectados 24 horas. Seja pelo celular, smartphones, notebooks e computadores. Mesmo assim, ele tem visões. Tem consultas com um psicoterapeuta (Neil Patrick Harris) que lhe diz o que fazer e receitar um remédio para quando se sentir perdido. No caso, uma pílula azul. Começam as referências de um passado não tão distante.

Como na empolgante sequência de abertura, uma volta no tempo. A reprodução de quando Trinity é cercada e perseguida pelos agentes da Matrix é perfeita. Com um diferencial, ela é vista numa nova perspectiva, pelos olhos de Bugs (Jessica Henrick) ao lado do programador Seq (Toby Onwunere), no estilo 3D, só que sem os óculos e visto em tempo real. Temos também um novo agente Smith, feito por Yahya Abdul-Mateen II (o Arraia Negra de “Aquaman. 2018”).  Por estar tão perto, Bugs acaba entrando na ação e é perseguido por Smith. Este na verdade é um programa do própria sistema, a leva para uma passagem onde não podem ser encontrados. Aí que começa a brincadeira por assim dizer. 


Os dois se aliam para encontrar Neo. Perdido na própria memória, que vai até a cafeteria que frequenta e lá vê Trinity / Tiffany. Sente que há algo entre eles, mas não sabe o que é realmente. Até que recebe uma mensagem e se encontra com Morpheus. Com Mateen II assumindo o manto do personagem. Diz a Neo sobre a verdade dos fatos, porem ele não acredita. O confronto é inevitável, eles são atacados por soldados influenciados pela Matrix. Onde desperta aquele que se acredita morto. Sim, o verdadeiro agente Smith. Agora interpretado por Jonathan Groff, da série Netflix “Mindhunters (2017 a 2019)”. 

Este tem um novo papel dentro da história, indo além da rivalidade com Neo. A conexão entre os dois se mantem forte. Ele é o sócio de Neo na empresa. Mais tarde se encontra com Bugs, que o leva para uma viagem ao passado. Novamente estamos no momento em que ele encontra com Morpheus, quando se perguntava se tomaria o comprimido azul ou vermelho. Finalmente entende que seus sonhos e suas visões determinam quem ele foi e é.  Ao acordar de sua capsula na plantação, enxerga do outro lado sua amada Trinity. Porem só ele é resgatado e levado até Bugs em sua nave Mnemosyne.

Se dirigem para nova Zion, Io. Neo reencontra uma velha conhecida, Niobe. Com Jada Pinkett Smith reprisando o papel. Explica o que houve quando ele esteve fora, houve um conflito entre as maquinas e o surgimento de uma nova tecnologia. Que deletou os antigos programas como a Oraculo. A paz foi mantida e hoje Io possui maquinas que trabalham em conjunto com os humanos. Daí o mote inicial de “Matrix Resurrections”, com um ar de nostalgia e trazendo novos paradigmas. A reverencia à película de 1999 é a mais significativa, deixando claro que o começo de tudo é o que realmente importa. E suas continuações, um ponto de vista distinto. O filme brinca com a própria posição. 

Em uma reunião com sua equipe de criação, Neo vê o entusiasmo dos jovens em como será a continuação e a responsável pelo marketing Gwen (Christina Ricci) é a mais eloquente. Vemos o coelho branco tatuado no braço de Bugs e o livro “Alice no País das Maravilhas” indicado a Neo pela funcionária da livraria. Sendo na verdade Sati. A criança vista em “Matrix Revolutions”, agora em sua versão adulta encarnada por Priyanka Chopra (do seriado “Quantico, 2015 a 2018)”. É o contato de Neo dentro da Matrix, nutri um sentimento de vingança contra “O Analista”, que substituiu “O Arquiteto”. Onde descobrimos que ele é o psicoterapeuta que cuida de Neo e está envolvido diretamente com as novas diretrizes da Matrix. Sendo que os pais de Sati o ajudaram e posteriormente deletados do sistema.


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