Filmes sobrenaturais sempre fizeram parte do nosso imaginário. E ganharam mais força com o clássico do gênero, “O Exorcista (1973)”. Poucos vimos na sétima arte como foi feito o exorcismo de uma pessoa que é dominada por um espirito maligno como nesta película. O nível de realismo em cena é impactante. Para aproveitar seu sucesso tivemos continuações que não obtiveram a mesma repercussão. Houve uma nova tentativa nos anos 2000 com preludio “O Exorcista: O Início (2004)” e a serie de TV em 2016.
Em meio a isso, James Wan, criador da franquia “Jogos Mortais”, é fascinado pelo assunto. Por isso, pesquisou e nos trouxe “A Invocação do Mal (The Conjuring)” em 2013. Sobre o casal de detetives do sobrenatural Ed & Lorraine Warren. Especialistas no assunto, bem como exorcismo. Eles ajudam aqueles que estão sendo ameaçados por algo que não compreendem. Aqui eles são interpretados por Patrick Wilson & Vera Farmiga respectivamente. A empreitada deu tão certo que gerou a continuação “A Invocação do Mal 2” em 2016. Falamos mais a respeito no link: https://cyroay72.blogspot.com/2018/09/a-franquia-invocacao-do-mal.html
Junto a isso, apresentou dois grandes vilões da franquia. A boneca Annabelle e a Freia. A primeira é dominada por uma força do mal, e a segunda é o espirito maléfico Valak. Cada uma gerou seu próprio spin off, discutidos nos links abaixo:
A Franquia Annabelle
https://cyroay72.blogspot.com/2018/09/a-franquia-annabelle.html
Annabelle 3: De Volta para Casa
https://cyroay72.blogspot.com/2019/06/o-mal-ressurge-em-annabelle-3-de-volta.html
A Freira
https://cyroay72.blogspot.com/2018/09/a-freira-mais-um-novo-capitulo.html
De volta ao universo dos Warren, temos “A Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio (The Conjuring: The Devil Made Me Do It, 2021)”. Baseado na história verídica do jovem Arne Johnson, feito por Ruairi O’Connor, preso por ter matado o dono do canil Bruno Sauls (Ronnie Gene Blevins) e locatário do quarto onde morava. Ele alegou que cometeu o ato ao estar possuído por um demônio. Isso ocorre após a eletrizante sequência de abertura do filme, onde Ed & Lorraine estão realizando o exorcismo do pequeno David Glatzel (Julian Hilliard). Tendo ao seu lado, a irmã dele Debbie (Sarah Catherine Hooke), o padre Gordon (Steve Coulter), os pais de David e Arne, que namora Debbie.
Como muita dificuldade conseguem faze-lo, o espirito é poderoso. Faz com Ed tenha um pequeno ataque cardíaco e troca de corpo. Arne o convoca, indo até ele. O único que vê isso acontecer é Ed. O problema que ele é hospitalizado e fica adormecido. Quando tudo parece voltar à normalidade, com Arne e Debbie se assumindo como casal. O primeiro começa a sofrer a interferência do espirito. Sentindo sua presença e visões distorcidas do que está vendo a sua frente. Desse modo, ataca Bruno, o matando com 22 facadas com seu canivete. Em meio a isso, Ed desperta no hospital e pede para Lorraine entrar em contato com a polícia para evitar o pior. Infelizmente é tarde demais.
Faz com que Ed & Lorraine busquem por provas para inocentarem Arne. Eles descobrem debaixo da casa dos Glatzel, um totem. Este artefato foi feito por uma seita de adoradores ao diabo, onde uma bruxa impõe uma maldição direcionada. No caso, David. Que mais tarde passada para Arne. O intuito dela é matar sua vítima. Um novo inimigo para os Warren, que correm contra o tempo para encontra-lo e derrota-lo de uma vez por todas. Daí a trama inicial de “A Ordem do Demônio”. Onde a pegada sobrenatural divide a cena com a investigativa. Ed & Lorraine pesquisam mais sobre o tema. Sabem o que é, mas não a fundo.
Por indicação do Padre Gordon, vão ao encontro do clérico aposentado Kastner, interpretado por John Noble (o pai de Boromir da Saga do Anel). Um expert no assunto, mas que guarda um segredo que será determinante para o futuro de todos. A película é dirigido por Michael Chaves de “A Maldição da Chorona (2019)”. Wan retorna apenas como produtor e um dos autores da história. Assim como David Leslie Johnson-McGoldrick, que escreveu “A Invocação do Mal 2”. Mantem a essência da franquia, como estivéssemos vendo um filme B de terror de antigamente, aqui o casal Warren ganha mais destaque.
Onde o amor e o respeito que sentem um pelo outro é a força motriz para seguirem a frente de tantos perigos que enfrentam. A química perfeita de Patrick & Vera é um exemplo disso. Deixando bem claro o grau de intimidade do casal. Em especial no ato final, quando Ed é dominado pela bruxa e ataca Lorraine. Esta lhe diz para lembrar do amor deles para sair do transe. Outro acerto é a reconstituição de época, o evento ocorreu em 1981. Cenografia e figurinos primorosos. O trabalho do diretor de fotografia Michael Burgess dá a tensão e o suspense necessários para o clima soturno criado por Chaves. Os sustos estão lá, mas exibidos de uma forma claustrofóbica e angustiante para o espectador mais atento. As referências dos filmes anteriores estão lá, acrescidas com a do antológico “O Exorcista”, para aqueles que prestarem atenção.
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