Para o ser humano sobreviver, ele precisa de ar para respirar. No caso, oxigênio, como no planeta azul em que vivemos. Como essa premissa básica, temos o filme do canal das redes sociais Netflix, “Oxigênio (O2: Oxygen, 2021)”. Dirigido pelo francês Alexandre Aja, conhecido pelo suspense cult “Viagem Maldita (2006)” e mais recentemente com terror “Predadores Assassinos (2019)”, ele volta à terra natal, França. Para dar vida ao roteiro da estreante Christie LeBlanc, onde vemos uma moça desmemoriada Elizabeth, feita pela Shosanna de “Bastardos Inglórios (2006)” Mélaine Laurent, presa em uma capsula criogênica.
Onde seu ar está terminando, não sabe como chegou lá e como se salvar. Sua única companhia é a inteligência artificial M.I.L.O., com voz de Mathieu Amalric (“O Escafandro & A Borboleta, 2007”). Desesperada, Elizabeth se debate e desconecta os cabos que a prendem. Grita com M.I.L.O., aos poucos vai se acalmando. Começa a pensar e tentar descobrir como chegou a esta situação. Com a inteligência artificial na sua frente, Liz vai achando as respostas sobre sua atual situação. O ambiente fechado e claustrofóbico, só piorando a tensão vivida por ela. Pois o tempo corre contra a mesma.
Por causa disso, tem ilusões recorrentes, de sua vida fora da capsula. Uma mulher casada e feliz, talvez uma médica. Na verdade uma engenheira bioquímica, Elizabeth Hansen. Casada com Leo Ferguson (Malik Zidi). Assim ela vai entendendo o que pode ter acontecido parar chegar a isso. Dai o mote inicial para “Oxigênio”. Onde Aja nos traz a dramaticidade vivida pela personagem de Laurent aos limites do extremo. A cápsula com seus dispositivos eletrônicos, mesmo a auxiliando, lembram um caixão. Isso se deve ao ótimo trabalho do designer Jean Rabasse. Fora a estranha sensação que M.I.L.O., nos transmitindo quando a confiança mutua é necessária ao solicitar sua ajuda.
Mélaine dá o tom da película. O desespero, a desesperança e ao mesmo tempo, faz o que é preciso e seguir em frente para sobreviver. Aja aproveita o atual momento que vivemos com a pandemia para justificar como Elizabeth chegou até onde está. Uma infecção está acabando com a vida no planeta e é preciso sair dele para garantir a sobrevivência da raça humana. Fazendo uma referencia clara, de como estamos hoje. Presos em nossas casas e interagindo virtualmente. Seja a trabalho ou por diversão, conectados 24 horas como Elizabeth. Buscando respostas de como sair disso e poder respirar novamente sem adoecer.
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