Nos últimos vinte anos, a Marvel instaurou seu Universo Cinematográfico e criando de certo um novo gênero na sétima arte. O filme de super-herói baseado em suas icônicas HQs. Assim tivemos o herói de armadura dourada e vermelha, o super-soldado com escudo de vibranium, o deus do trovão, o gigante esmeralda, a espiã e o arqueiro, juntos são a primeira formação dos Vingadores no cinema. Posteriormente tivemos o rei de Wakanda, o mago supremo, o cabeça de teia, guardiões espaciais e uma heroína intergaláctica.
Em meio a eles, coadjuvantes que os ajudaram em sua jornada. Como por exemplo, o Falcão e o Soldado Invernal. Introduzidos em “Capitão América 2: O Soldado Invernal (2014)”, o primeiro é o veterano Sam Wilson, interpretado por Anthony Mackie, e o segundo é o amigo de longa data do Capitão América Steve Rogers (Chris Evans), Bucky Barnes, feito por Sebastian Stan. Os três se despediram em “Vingadores Ultimato (2019)”, quando Steve entregou seu icônico escudo a Sam. Para manter o legado do Capitão vivo, já que Rogers se aposentou como bem vimos ao final da película. Fica a pergunta: Sam o manterá ou não?
Ela acaba de ser respondida com o fim da primeira temporada de “Falcão & O Soldado Invernal (Falcon & The Winter Soldier, 2021)”, serie exibida pelo canal Disney +. Como vimos recentemente em “Homem-Aranha: Longe de Casa (2019)” e “Wandavision (2021)”, vemos o mundo reagindo após o estalar de dedos do titã louco Thanos ser revertido pelos Vingadores. Onde 50% da humanidade foram eliminadas em “Vingadores: Guerra Infinita (2018)” e retornando cinco anos após o fato, que é chamado de “Blip”. Muitos deles fazem parte da comunidade europeia com descendência muçulmana, por isso se tornam refugiados. Causando um conflito nas fronteiras entre pais até então aliados, agora inimigos. Assim surgem os “Apátridas”, liderados pela radical Karli Morgenthau (Erin Kellyman, a Enfys Nest de “Han Solo: Uma História Star Wars, 2018”).
Enquanto
isso, Sam toma uma decisão que assusta a todos e deixa Bucky aborrecido. Entrega
o escudo para o governo norte-americano, para ser colocado no museu dedicado
aos veteranos de guerra. No espaço reservado ao Capitão América. Assim a
história se divide, com Sam voltando para casa e ajudar a irmã Sarah (Adepero Oduye), já que os negócios da família
vão mal. E ainda ser o herói Falcão. Já Bucky passa por um tratamento psicológico
para superar os traumas deixados pela lavagem cerebral sofrida quando era membro
da H.I.D.R.A. e seguir em frente. Se isso pode ser dito no caso dele. Tendo o
caderno de notas de Stevie visto em “Soldado
Invernal” a tiracolo.
Com o
espaço vago, o governo dos EUA elege um novo Capitão América. O escolhido é
John Walker (Wyatt Russell). Por seu
passado como militar, acredita-se ser a pessoa certa para substituir Steve. No decorrer
do seriado, percebe-se que foi a escolha errada. Ele não possui a altruísmo de
Rogers e nem distingue o certo e o errado em suas ações. Entre elas, consegue
manchar o legado deixado por Steve Rogers. Já Sam questiona se fez o correto em relação ao escudo. Ao mesmo tempo, descobre que Karli e seus
parceiros tomaram o super-soro que tornou Stevie no herói que bem conhecemos.
Por isso precisa ir ao submundo do crime para achar quem conseguiu recria-lo. Assim necessita o auxilio do Barão Zemo (Daniel Brühl), o tira da prisão e ficando sob sua guarda. Com Bucky a tiracolo, eles se dirigem a Madripoor. Cidade proibida e regida pelo misterioso Mercador do Poder. Lá encontram uma velha conhecida, Sharon Carter (Emily VanCamp). Foragida desde “Capitão América: Guerra Civil (2016)”, considerada inimiga do estado pelos EUA. Ela os protege e ajuda a se infiltrar nos subterrâneos da cidade em busca de informações.
Dai o mote inicial de “O Falcão & O Soldado Invernal”. Com a Marvel indo mais além do que a continuidade dos eventos vistos em “Vingadores Ultimato”, mais a fundo nas histórias de seus personagens. Entendemos melhor os dilemas de Sam em ficar com o escudo e seguir com seu legado. Quando na verdade, precisa criar o próprio. Vendo em suas origens e a luta do povo afro-americano pelos seus direitos iguais aos brancos. Assim conhecemos Isaiah Bradley (Carl Lumbly). Ele foi cobaia de um experimento que buscava recriar o soro do supersoldado. Sendo mantido preso por mais de 30 anos e apagado da história. É considerado o primeiro Capitão América negro. Sam não o conhecia e nem imaginava o que havia acontecido com Isaiah. Isso é determinante para ele decidir em assumir o manto e o escudo.
Isso fica ratificado no discurso ao fim do ultimo episodio da serie (total de seis), quando fala com os membros do conselho da ONU sobre a importância de se preocupar com aqueles que estão desprotegidos e sem uma nação para dizerem que são cidadãos. Junto a isso, ele não é o símbolo que todos desejam por usar listras azuis e estrelas. Nem é loiro com olhos azuis, que aceitará criticas e olhares por ser quem realmente é. Uma pessoa negra (Detalhe: ele não tomou o supersoro quando pôde), apenas treinou arduamente suas aptidões físicas ao manejar e empunhar o escudo para ser o “Capitão América”.
Ao mesmo tempo, Bucky lidando com seus demônios inferiores e procurando um modo de exorciza-los. Como toda história do Universo Cinematográfico Marvel, sempre há gratas surpresas. Junto a Zemo, este deixa o leque aberto para novas aparições no UCM, o mercenário Batroc (George St-Pierre) está de volta para complicar as coisas para Sam e Bucky. As conhecidíssimas cenas pós créditos só rolam nos dois últimos episódios. Se ainda não viu o seriado, PARE DE LER NESTE EXATO SEGUNDO!
Na primeira,
temos John Walker destituído do posto e construindo seu próprio escudo. A
certeza que ele é o anti-herói Agente Americano. Já na segunda, a confirmação
que Sharon Carter é o Mercador do Poder. Com o auxilio de Sam, ela consegue o
Perdão Presidencial e reassume seu posto no Serviço Secreto. Deixando bem claro
que terá acesso a informações privilegiadas para serem vendidas pelo melhor
preço. Como de praxe, novos personagens surgem para abrilhantar este universo,
como a misteriosa Valentina Allegra de Fontaine, interpretada por Julia Louis-Dreyfus do seriado
televisivo “Veep (2012 a 2019)”.
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