O mundo das HQ’s estava migrando para a tela grande do cinema com produções como a trilogia do Homem-Aranha de Sam Raimi, o Quarteto Fantástico e a saga mutante X-Men por exemplo. Era um terrento novo sendo explorado, com erros e acertos. O cabeça de teia causou um bom impacto entre fãs, já os X-Men dividiram opiniões. Porem revelou o talento e o carisma de Hugh Jackman como o casca grossa de bom coração Wolverine. Em meio a isso, um jovem cineasta revelado na adaptação no mítico quadrinho “300” de Frank Miller em 2007, aceitou o desafio de levar para o cinema a emblemática HQ “Watchmen” de Alan Moore com arte de Dave Gibbons em 2009. Estamos falando de Zack Snyder, também conhecido pelo filme de zumbi “Madrugada dos Mortos” de 2004.
Snyder ao lado dos roteiristas David Hayter & Alex Tse aceitou o desafio de adaptar aquela que é considerada uma das melhores histórias em quadrinhos de todos os tempos. Uma missão difícil, que eles conseguiram cumprir com bastante dificuldade. Enquanto acreditamos que os heróis ficam apenas nas HQ’s no conto de Moore & Gibbons, eles estão na nossa realidade. Isto é, vivem entre nós. Assim suas ações são julgadas pelas pessoas. Alguns elogiam, outros condenam. Estes percebem que há de errado. Os heróis não são tão altruístas como deveriam ser. Eles vivem à margem da sociedade e praticamente não respondem por suas ações perante a mesma.
Quase intocáveis, até que as autoridades competentes resolvem agir. Nesta realidade alternativa com o auxílio do Dr. Manhattan (Billy Crudup da série de TV “Morning Show” desde 2019), um ser dotado de poderes sobre-humanos, os EUA vencem a Guerra do Vietnã que possibilitou Richard Nixon a se reeleger para um terceiro mandato. Capaz de viajar no tempo e no espaço, Manhattan é praticamente indestrutível. Antes ele era o cientista Jonathan Osterman, que sofreu um acidente no experimento que trabalhava com partículas nucleares. Sendo desintegrado e retornando como o ser azulado.
Praticamente um “deus” na Terra. Estamos em 1985 e a Guerra Fria entre os EUA e a URSS está a pleno vapor, onde a tensão só cresce com uma iminente Terceira Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, a população está insatisfeita com a presença dos heróis. Vistos como arruaceiros e o motivo da bagunça mundial. Já que inspiram pessoas comuns a serem como eles ou simplesmente surgem novos bandidos usando máscaras. Por isso, o governo ordenou que os vigilantes mascarados revelem suas verdadeiras identidades com a Lei Keene.
Alguns concordaram como a jovem Espectral / Laurie Jupiter (Malin Akerman de “Antes Só do que Mal Casado, 2007”), outros simplesmente se aposentam. No caso o Coruja / Daniel Dreigberg (Patrick Wilson da franquia “A Invocação do Mal”). Este substituiu o original, Hollis Mason (Stephen McHattie), que deixou para trás os tempos de herói. Os únicos que ainda podem agir sem problemas legais são Manhattan e o Comediante / Edward Blake (Jeffrey Dean Morgan, o Negan do seriado televisivo “The Walking Dead” desde 2010).
Outro que pendurou a capa foi Ozymandias, conhecido como “O Homem Mais Inteligente do Mundo”. Seu nome verdadeiro é Adrian Veidt que possui um império financeiro inigualável. Ele é feito por Matthew Goode. Do lado marginal, temos Rorschach / Walter Kovacs (Jackie Earle Haley). Ele não acata a lei Keene e assim vivendo como foragido da lei.
Antes
disso, eles formavam o grupo de vigilantes “Watchmen”.
Inspirados pelos “Minutemen”, os
primeiros heróis surgidos nos anos 30. Como eles, lutam pela paz e justiça. O
Comediante fez parte dele. Bem como a mãe da Espectral, Sally Jupiter (Carla Gugino). A Espectral original e
que possui um passado em comum com Blake. O mundo está em efervescência a beira
do seu colapso. Por isso, eles precisam se unir novamente para salvar a
humanidade.
Daí
o mote inicial de “Watchmen”. O filme dividiu opiniões, apesar do excelente
trabalho de Zack e sua equipe. Tecnicamente
perfeito. Reconstituição de época primorosa e os figurinos excepcionais.
Literalmente estamos nos anos 80 e retrocedemos ainda mais com Dr. Manhattan. Em
determinado momento, estamos em meio às selvas do Vietnã ao seu lado e do Comediante.
Este totalmente insano ao abater um por um dos inimigos vietcongues. Ou num
flashback, o encontro entre Blake e Sally no quartel general dos Minutemen. Assim como na HQ, Snyder mescla momentos históricos com o cotidiano dos heróis e sua
influência indireta. Junto a crítica social e como quem está no poder se
corrompe facilmente.
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