A Disney tem realizado nos últimos anos, versões live-action de suas celebres animações. Como exemplos mais recentes temos “Alladin” e “O Rei Leão” lançadas no ano passado. Atingindo o mesmo sucesso obtido por elas em 1992 e 1994 respectivamente. O que seria a vez da jovem heroína Mulan em 2020, acabou sendo atrapalhada pela pandemia do novo coronavírus. Com estreia marcada para março deste ano, ela foi cancelada e passada adiante.
Até que a situação mundial se agravou e a Disney resolveu soltar a produção em seu canal nas redes sociais, o Disney Plus, no dia que seu sinal foi liberado em setembro último na terra do tio Sam. Em nossa terra brasilis, o canal chegou em 17 de novembro passado e agora em 04 de dezembro, podemos finalmente assistir a nova versão de “Mulan (2020)”. Para encarnar a personagem temos Liu Yifei e Crystal Rao a faz quando criança.
Tendo como base a animação de 1998, a destreza de Hua Mulan sempre chamou atenção de todos no vilarejo que mora com a família. Incentivada pelo pai Zhou (Tzi Ma), que lutou ao lado do Imperador chinês, ferido em combate tem uma vida pacata. Tenta passar para a filha os ideais de “Lealdade”, “Coragem” e “Bravura”. Ele percebe que o “Chi (nossa força interior)” dela é muito forte. Já sua mãe (Rosalin Chao) e irmã mais nova Xiu (Xana Tang) seguem os costumes de sua sociedade. Onde a mulher é criada para ser a esposa perfeita de um pretendente a ser escolhido pela tradição local. Mulan busca um meio de fugir disso.
Até que surge a oportunidade. Os invasores Rouran liderados por Böri Khan (Jason Scott Lee) estão invadindo a China e o Imperador (Jet Lee) precisa de homens para enfrenta-los. Por isso seu líder militar, o comandante Tung (Donnie Yen, o Chirrut Imwe de “Rogue One: Uma História Star Wars, 2016”) está recrutando um homem de cada família por todo país. O pai de Mulan, pelo sentimento de honra, atende o chamado, mesmo com a perna ferida em batalha. Fazendo com que a jovem pegue a vestimenta dele e passe como filho, usando o nome Hua Jun. E se dirige para o campo de treinamento.
A bruxa Xianniang (Gong Li, “Memórias de uma Gueixa, 2005”) sente sua presença e acredita que Mulan pode atrapalhar os planos de Böri Khan. Assim temos o mote para “Mulan”. Dirigido por Niki Caro, ela nos traz uma visão mais real sobre a lenda em volta de Mulan. Onde sua história é passada de geração para geração, bem como uma sociedade machista na época. Sua perseverança e força de vontade são exemplos a serem seguidos.
Fazendo com que a película seja independente da animação. Uma aventura onde o vínculo familiar e a verdadeira amizade são enaltecidos. Com elenco totalmente formado por atores com descendência chinesa, que dá mais credibilidade ao roteiro junto a excepcional direção de arte e a magnitude do figurino. Isso se deve ao excelente trabalho de Grant Major e Bina Daigeler respectivamente,somada aos esforços de suas equipes.
É sentida a falta de dois personagens que fizeram parte da jornada de Mulan no desenho, o adorado dragão Mushu e o amigo Grilo. Estes foram substituídos pela Fênix (ave que renasce das cinzas) e um dos soldados que estão no campo de treinamento, respectivamente. Como também o capitão Li Shang, aqui ele foi dividido em dois. No caso, o comandante Tung e Chen Honghui (Yoson Na), recruta com quem Mulan, cria um forte vínculo de amizade e possível interesse romântico. Porém, o continuo ritmo de aventura não possibilita isso. Fazendo com que fique “no ar” a mensagem.
Comentários
Postar um comentário