Em tempos de pandemia, nunca o setor cinematográfico viveu um momento tão difícil. Grandes filmes tendo suas estreias canceladas e remarcadas para 2021 e 2022 como da heroína do Universo Cinematográfico Marvel Viúva Negra, sendo a primeira vez que não teremos uma película da franquia nos últimos dez anos. Outras produções do cinema alternativo sendo colocados diretamente em serviços de streaming como Amazon Prime Video e Netflix. Fugindo desta regra temos o novo trabalho do cineasta Christopher Nolan, “Tenet (2020)”. Após três adiamentos, finalmente entra em cartaz nas melhores salas de cinema da sua cidade. Seguindo todas as normas de distanciamento social e higiene para prevenção contra o Convid 19 obviamente.
Nolan se tornou conhecido mundialmente por ter trazido a versão definitiva (para muitos) do Homem-Morcego da DC Batman com a “Trilogia Cavaleiro das Trevas”. Bem como o excepcional “A Origem (2010)”, o filosófico “Interestelar (2014)” e o espetacular “Dunkirk (2017)”. Nas palavras do próprio, ele levou mais de cinco anos para concluir o roteiro de “Tenet”. Com um conceito audacioso, para evitar a Terceira Guerra Mundial um grupo de pessoas precisam ir e voltar no tempo, lutar contra um inimigo mortal que fará de tudo para isso acontecer.
Estrelado por John David Washington (“Infiltrado na Klan, 2018”) é o Protagonista (ele é mesmo!), um agente da CIA que é recrutado após ser datado como morto. Em uma operação não bem sucedida em um teatro em Kiev (Ucrânia). Como de praxe, Nolan nos mostra porque é habilidoso atrás das câmeras. Uma sequencia de abertura muito orquestrada e empolgante. Suspense, ação e drama surgem coerentemente. Fay (Martin Donovan), seu superior na CIA, lhe diz que precisa dos seus serviços para evitar que o mundo em que vivem e conhecem seja destruído. Ele é apresentado à "Inversão", movimento que transita entre o passado e o futuro. Que interfere diretamente ou não com o que está sendo vivido com quem está envolvido.
A cientista Barbara (Clémence Poésy) lhe explica sobre o “movimento”. Conhece o facilitador Neil (Robert Pattinson da saga “Crepúsculo”), que já está bem habituado com a “Inversão”. Juntos vão ao encontro da traficante de armas Priya, feita pela atriz indiana Dimple Kapadia. Explicando sobre o que fazem é preciso, para evitar o pior para o mundo. O Protagonista deve encontrar o traficante de armas nucleares, o russo Andrei Sator. Este é interpretado pelo ator shakespeariano Kenneth Branagh, que trabalhou com Nolan em “Dunkirk”. E não deixar que ele destrua tudo na face do planeta. Para isso precisa do auxilio da frágil esposa de Sator, Katherine (Elizabeth Debicki de “Viúvas, 2018”).
Curadora de uma renomada galeria de artes e que mantem um casamento de aparências. Onde cometeu erro profissional, por isso é chantageada por Andrei. Fora que não quer perder o contato com o filho deles. Referencias a James Bond e da franquia Missão Impossível, “Tenet” apresenta algo novo para este gênero do cinema. Além de filme de espionagem aliado a uma história no melhor estilo scifi, onde a viagem no tempo se torna uma realidade. Com uma pegada Indiana Jones, para poder ir e voltar no tempo é preciso de nove artefatos. Que estão de posse de Andrei, mas simultaneamente, um deles não está. E ele sabe disso. Por isso, o Protagonista (sabendo ou não) está em busca deste.
Parece confuso, mas não é. É como na frase de uma canção “O Futuro Está no Passado”, “Tenet” traz de volta aquela sensação de assistir um espetáculo cinematográfico. Como não vemos há muito tempo, sem contar a pandemia. Numa trama intrincada e sequencias de ação de tirar o folego, como a perseguição na estrada. O veterano Michael Caine (o Alfred da Trilogia de Nolan) se faz presente como sir Michael Crosby, oficial da Inteligência Britânica e o Kick Ass Aaron Taylor-Johnson é Ives, um soldado de elite que auxilia o Protagonista e Neil no tenso e determinante ato final da película.
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