O
escritor Ronald Dahl teve suas
principais obras adaptadas para o cinema. Entre elas “A Fantástica Fábrica de Chocolate” que ganhou uma versão inesquecível
em 1971 estrelado pelo insuperável Gene Wilder e um controverso remake em 2005
com Johnny Depp. Já em 1996, foi a vez de “James
& O Pêssego Gigante” e “Matida”.
Até o mago Steven Spielberg se aventurou em sua literatura infantil juvenil, um
misto entre fantasia e macabro, em “O Bom
Gigante Amigo” em 2016. Em meio a isso, o conto “A Convenção das Bruxas” ganhou as telas em 1990, estrelado por
Anjelica Huston (a Morticia Adams dos anos 90). Ela é a Grande Bruxa, Onde comanda outras como ela, ao redor
do globo terrestre para acabar com seu maior inimigo. No caso, as crianças do
mundo.
Reunidas para uma convenção num hotel no interior da Inglaterra, a Grande Bruxa tem uma poção magica que pode transforma-las em ratos. Para impedi-la o pequeno Luke, que estava no lugar e hora errados, virou um rato que corre contra o tempo para não deixar isso acontecer. Com Nicolas Roeg (de “O Homem que Caiu na Terra, 1976”) na cadeira de diretor, contando com Jim Henson (a voz do Mestre Jedi Yoda) e equipe cuidando dos efeitos especiais e maquiagem, somada a atuação de Anjelica, “A Convenção das Bruxas” se tornou um dos maiores cult movies dos anos 90. Passados trinta anos, ganha um reboot dirigido por Robert Zemeckis (da saga “De Volta para o Futuro”) que escreveu a adaptação ao lado de Guillermo Del Toro (Oscar de Melhor Diretor por "A Forma da Água, 2017") e Kenya Barris (criador da serie de TV “Black-ish”, desde 2014) onde trazem uma nova perspectiva para a “Convenção das Bruxas (The Witches, 2020”).
Do interior britânico somos levados para o Alabama e o protagonista agora é o jovem ator afro-americano Jahzir Bruno, que perdeu os pais em um acidente de carro. Por isso se muda para a casa da avó (a excepcional Octavia Spencer, Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “Histórias Cruzadas, 2011”). Bastante triste com o fato, ela tenta anima-lo de todos os jeitos possíveis. O tempo continua sempre ser o melhor remédio para a situação como estão vivenciando. Aos poucos, a avó se aproxima do neto. Numa ida ao mercado da cidade, o pequeno tem um encontro que marcará sua vida. Uma bruxa se aproxima dele e tenta ataca-lo. Onde consegue lutar e vai em direção da avó para contar o que houve.
Assustada com o fato, lhe explicando que bruxas realmente existem. Usam luvas, sapatos longos e perucas para esconder sua verdadeira identidade. Pois possuem unhas alongadas, pés grandes com um dedo e carecas cheias de verrugas. Diz que quase foi vitima de uma. Sua melhor amiga na infância, Alice, não teve a mesma sorte. Onde foi transformada em uma galinha. Por isso, os dois fogem para um hotel de um primo da avó. Lá conhecem seu gerente, sr. Stringer. Feito por Stanley Tucci (da franquia “Jogos Vorazes”). Junto a isso chega A Grande Bruxa e sua comitiva para uma convenção no local. Ela é interpretada por Anne Hathaway (Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “Os Miseravéis, 2012”).
Como
na versão de 1990, o pequeno está na hora e lugar errados. Descobre os planos
da Grande Bruxa e acaba sendo transformado em um rato. Antes dele Bruno Jenkins
(Codie-Lei Eastick), que está
hospedado no hotel com os pais. E descobre que sua ratinha de estimação Daisy, é
na verdade, Mary. Uma menina que também foi vitima das bruxas. Ela ganha a voz
de Kristin Chenoweth. Juntam forças
para impedir os planos da Grande Bruxa, com o auxilio da avó. Assim temos o
mote para “Convenção das Bruxas”.
Zemeckis como experiente cineasta, equilibra perfeitamente o tom de aventura e suspense. A cenografia caprichada de Gary Freeman lembrando “A Morte Lhe Cai Bem (1992)”, sua comedia de humor negro. Destaque fica para a atuação de Anne Hathaway como uma tresloucada e dominadora líder. Seus gestos e feições beiram ao exagero, aliados ao excelente da equipe de maquiagem da produção. Unindo sex-appeal e horror na medida certa. Chris Rock faz a voz do jovem mais velho, sendo o narrador da própria história com muita empolgação e eloquência que lhe é característica desde os tempos de seu seriado televisivo biográfico “Todos Odeiam Chris (2005 a 2009)”.
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