Na noite da ultima sexta-feira (28 de Agosto de 2020), o mundo do entretenimento foi surpreendido com a morte súbita de Chadwick Boseman. O Pantera Negra do Universo Cinematográfico Marvel foi diagnosticado com câncer de colón em 2016, desde então vinha lutando contra a doença. Entre um trabalho e outro, realizava cirurgias e quimioterapia. Até que não conseguiu resistir mais. Faleceu em seu lar, ao lado da família, na cidade de Los Angeles (EUA).
Além de ser o herói de Wakanda, Chadwick se notabilizou pela luta dos direitos iguais entre brancos e negros. Com filmes baseados em grandes personalidades que participaram do movimento. Como Jackie Robinson, o primeiro afro-americano a jogar na divisão principal de Baseball na Terra do tio Sam em “42: A História de uma Lenda (2013)”. E em 2017, já como T’Challa do UCM foi Thurgood Marshall, o primeiro juiz de descendência negra na Suprema Corte nos Estados Unidos em “Marshall: Igualdade & Justiça”. Em meio a eles, personificou o Godfather of Soul James Brown em “Get on Up: A História de James Brown (2014)”.
Tendo o Rolling Stone Mick Jagger como um dos produtores e Tate Taylor assumindo a cadeira de diretor. Este conhecido pelo contemporâneo “Historias Cruzadas (2011)”. Ele substituiu Spike Lee, que deixou o projeto devido aos constantes adiamentos. Assim os roteiristas Jez & John-Henry Butterworth escreveram a história de James Brown a partir de fatos verídicos mesclando com certa liberdade artística. Já que existem muitas lendas a respeito de Brown sobre sua infância e o momento que se decidiu ser uma estrela da música.
Boseman foi escolhido para o papel. O empenhou com uma desenvoltura de dar inveja a Rami Malek, que interpretou Freddie Mercury em “Bohemian Rhapsody (2018)”. Incorporando James de corpo e alma. Aprendeu todos seus trejeitos, modo de falar e movimentos de dança. Quando criança é feito pelos gêmeos Jamarion & Jordan Scott. Como seus pais Joseph e Susie Brown, temos Lennie James (o Morgan de “The Walking Dead”) e Viola Davis (Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “Um Limite Entre Nós, 2016”) respectivamente. Eles se separam e Joseph cria o filho sozinho. Quanto a Susie, seu paradeiro é desconhecido.
O pai é convocado para lutar na 2ª Guerra e o deixa aos cuidados de uma velha conhecida, Honey (Octavia Spencer, Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “Histórias Cruzadas”). Dai um salto no tempo, vemos James (Boseman) adolescente roubando um terno. Consequentemente é preso e levado para uma instituição, estilo FEBEM. Lá encontra a pessoa que será seu melhor amigo e parceiro musical, Bobby Byrd (Nelsan Ellis).
Este faz parte do grupo musical formado na Igreja da cidade em que vivem. Percebem que há muito em comum entre eles musicalmente falando. A partir dai se tornam inseparáveis, formam o grupo “The Famous Flames” e chamando atenção de Little Richard (Brandon Mychal Smith). Que lhe aconselha a gravar um disco o mais rápido possível.
James o questiona o que viu em especial nele, Richard apenas responde “Você se conecta com o publico”. Ao lado de Bobby e os Flames gravam seu primeiro EP e já causa a primeira discórdia entre eles. Os créditos destacam James e coloca o restante como “banda dele”. Insatisfeitos o abandonam, menos Byrd. Que se mantem ao seu lado para se recriarem. Com o auxilio do veterano empresário Ben Bart, interpretado pelo caça-fantasma Dan Aykroyd, James tem o impulso necessário para decolar uma carreira de sucesso.
Assim temos mote para “Get On Up”. A ferocidade dos fatos se mistura com a figura mítica de James, onde realidade e fantasia se confundem. Lembrando “Não Estou Lá (2007)” de Todd Haynes sobre o poeta folk Bob Dylan. Onde Chadwick conta a historia de James quase que dialogando diretamente ou frontalmente com a câmera. Nas filmagens chegou a cantar, mas foi substituído pelas gravações originais do antológico repertorio do Godfather of Soul.
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