No último sábado (06 de junho de 2020) foi celebrado o “DIA D”. Conhecido como a invasão das forças aliadas vindas pelo mar que desembarcaram nas praias da Normandia, visando libertar a Europa do domínio nazista na Segunda Guerra Mundial. Comemorando os 76 anos do ato (06 de junho de 1944), vamos relembrar a película que narra parte dos fatos. Estamos falando de “O Resgate do Soldado Ryan (Saving Private Ryan, 1998)” do mago Steven Spielberg. Misturando perfeitamente fatos verídicos com um conto fictício sobre este momento histórico. A marcante e tensa sequência de abertura da película (20 minutos iniciais) se tornou um marco da história do cinema e redefiniu o gênero. Até hoje se discute, os filmes de guerra antes & depois de “O Resgate do Soldado Ryan”.
Além do ocorrido em si, Spielberg juntamente com o roteirista Robert Rodat aproveitam a história real de cinco irmãos que foram para guerra. No caso os Sullivan. Eles morreram num ataque ao encouraçado Juneau em 1942. Desde então, as forças militares dos EUA desaconselham que irmãos sirvam juntos. Seja no exército, marinha e aeronáutica. Assim Rodat escreveu a história do jovem paraquedista James Francis Ryan (o Jason Bourne Matt Damon), desaparecido com seu batalhão em meio ao caos da guerra na França, que perdeu seus três irmãos na invasão da Normandia. O exército norte-americano fornecia escassas informações aos familiares. Uma das poucas eram cartas de condolências, avisando o falecimento dos soldados.
Numa dessas,
o general George Marshall é informado que uma mãe de três filhos irá
recebe-las. Sabendo disso, descobre que há um quarto desaparecido. Pede que um
oficial nos campos de batalhas, encontre James e o envie para casa. O escolhido
é o capitão John Miller, interpretado por Tom
Hanks (Oscar de Melhor Ator por “Philadelphia,
1993” e “Forrest Gump: O Contador de
Histórias, 1994”). Chamando seu pelotão formado pelo descendente judeu Mellish
(Adam Goldberg); o reclamão Reiben (Edward Burns); o sentimental enfermeiro
Wade (Giovani Ribisi); o bem
humorado Caparzo (Vin Diesel. Sim ele
mesmo); o sniper Jackson (Barry Pepper)
e Upham (Jeremy Davies), este último
recrutado por saber falar alemão. Mas inexperiente como soldado. Tendo o
sargento Horvath (Tom Sizemore) como
segundo no comando e confidente.
Para todos, se entrincheirarem pela frente de batalha em busca de Ryan. Todos questionam o teor da missão. Arriscarem suas vidas por um homem. Steven, como bem fez em “A Lista de Schindler (1993)”, nos exibe os bastidores da guerra. Onde Miller e seus soldados enfrentam as mais difíceis situações. Em vigilância constante no caminho e nas raras pistas sobre o paradeiro de Ryan. A cada passo dado, encontram os outros como eles, encurralando as forças nazistas para assim acabar com seu domínio ditatorial pela Europa.
A fome, as péssimas condições de higiene, a sobrevivência em meio a lama e o sangue de soldados e inocentes, fazem parte da jornada de Miller e seus homens. Assim vemos os horrores que uma guerra pode trazer. Ou seja, o pior da humanidade. Com pessoas lutam umas contra as outras, por uma ideologia utópica e sem sentido de um ditador eloquente e carismático. Sendo necessário, a união de todos para tira-lo do poder e assim trazer de volta a paz e a justiça entre as nações. Um retrato honesto e próximo da realidade daqueles que testemunharam esse triste evento da história.
O puro técnico do filme se destaca. A forma como Spielberg usa a câmera bem próxima da ação e de seus interpretes. Levando o espectador para dentro dela. Onde define o personagem Upham como os olhos do público diante da guerra. Juntamente com a empolgante e angustiante sequência de abertura, onde os atiradores de elite alemães alvejam de cima dos rochedos na praia de Omaha, os soldados aliados. Com o capitão Miller liderando o que restou de seu esquadrão a sair de lá e se dirigem para dentro das forças alemães. Tiros em profusão dos dois lados e combatentes afogados na praia, não só por causa disso, incluindo o peso do armamento que carregam nos ombros.
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