Bruce “The
Boss” Springsteen é um artista incansável.
Seja em continua turnê com sua banda E-Street Band, ou se apresentando na
Broadway com o espetáculo intimista “Springsteen
on Broadway” em 2017 e lançando os autorais “Wrecking Ball (2012)” e “High
Hopes (2014)”. Em meio a isso, a autobiografia “Born to Run (2016)” e as
edições especiais de seus míticos álbuns “Darkness
on the Edge of Town (1978)”, “The
River (1980)”, com “The Promise
(2010)” e “The Ties That Bind (2015)”
respectivamente. Em 2019, anunciou que estava preparando dois trabalhos. Um sozinho e outro acompanhado pela E Street Band.
Em junho de 2019, lançou “Western Stars”. Em 2005 com “Devil and Dust”, Bruce soltou um álbum em que não está acompanhado pelo seu grupo. Com a pegada reflexiva deste
disco, a influencia country de Glenn Campbell e o pop encorpado de Burt
Bacharach, ele nos traz um material que reflete o atual momento vivido por ele.
Dando uma desacelerada nos shows vibrantes e pulsantes com a E Street Band, e
voltando ao passado para nos trazer como o recente presente vivido por ele e
seus semelhantes, está bem mais conturbado do que imaginava.
Criando contos como a faixa título, narrando à história de um velho ator em
fim de carreira. “Hitch Hikin’”, um viajante que pega carona pelas estradas dos
Estados Unidos. Em “Drive Fast (The Stuntman)”, um velho dublê sente falta da sensação
de perigo constante e as cicatrizes causadas pelo trabalho. Já em “Chasin’
Wild Horses”, um cowboy que larga tudo e a todos para domar cavalos
selvagens.
Com “Moonlight
Hotel”, Bruce encerra com os
trabalhos com certo amargor, como ouvindo nas frases “bills and kids and kids and bills” e “where nobody travels and nobody goes”, onde ele exibe sua
incapacidade de ser “o homem da casa”
como pagar as contas e sustentar a família, pega o carro e some em meio à escuridão
das estradas. Recheado por belos arranjos de cordas e de sopros, clara
influencia de Bacharach e Campbell, dão um tom nostálgico e épico à “Western
Stars”. Mas não perdem seu c ontexto atual. Como Bruce faz há tempos e com muita propriedade, sua história de vida
reflete com a de fãs. A sinceridade de suas letras comove até aqueles que não
conhecem suas canções a fundo.
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