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A história verídica de Shia LaBeouf em "HONEY BOY"


O ator Shia LaBeouf surgiu na serie “Even Stevens” do canal Disney nos EUA no inicio dos anos 2000. Posteriormente atuou no suspense “Constantine (2005)” e no drama “O Melhor Jogo da História (2005)”, uma transição para exibir seu amadurecimento para papeis mais dramáticos. Em 2007, uma virada na carreira com o thriller “Paranoia” e o inicio de franquia dos robôs “Transformers”. Este acabou se tornando o papel de sua vida, o atrapalhado Sam Witwicky. Que gerou duas continuações, “Transformers: A Vingança dos Derrotados (2009)” e “Transformers: O Lado Oculto da Lua (2011)”. Produzida pelo mago Steven Spielberg, que viu em Shia o filho do arqueólogo Indiana Jones em “Indiana Jones & O Reino da Caveira de Cristal (2008)”. Já em 2010, atuou em “Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme”, continuação do clássico anos 80, “Wall Street: Poder & Cobiça (1987)”. Quando se imaginava que sua carreira deslancharia, ele se meteu em encrenca desde então. Preso com frequência por uso de drogas e álcool, agressões e os escândalos que praticamente o derrubaram. 


Como por exemplo, o vídeo motivacional que fez no seu canal no YouTube chamado “Do It! Just Do It!” em 2015, que posteriormente foi tirado do ar. Hoje recuperado, Shia resolveu contar sua história na cinebiografia “Honey Boy (2019)”. Ela teve sua primeira exibição no Sundance Festival 2019 e chamou atenção por sua autenticidade dos fatos. Dirigida por Alma Har’el com roteiro de LaBeuof, que também assumiu o papel de seu pai. Aqui alterou os nomes. Ele agora é Otis e o pai é James Lort. Na fase infantil é interpretado por Noah Jupe da franquia “Um Lugar Silencioso” e como adulto temos Lucas Hedges de “Lady Bird: A Hora de Voar (2017)”. Focando na relação conflituosa com o pai. 


James é um homem cheio de demônios interiores. Viciado em drogas e álcool, entre e sai de centros de reabilitação. E agora tenta administrar a carreira do filho, ao mesmo tempo cuidar dele. Não seguindo uma ordem cronológica dos fatos, Alma nos traz o conto baseado em fatos reais transitando entre as duas fases na carreira de Otis. Como na ótima sequencia de abertura, quando ele é arremessado para longe e preso a um cabo (clara referencia à franquia “Transformers”) e de repente voltamos no tempo, ele quando criança recebendo uma torta na cara e sendo jogado para trás do cenário. Ambos em um set de filmagem e mostra Otis circular de dentro para fora dele. Como diz aquele velho ditado “A Vida Imita A Arte”, ele viveu isso intensamente. 



A interação entre Shia e Noah chama atenção. Onde o filho se torna o pai e este se culpa por não ter conseguido ser o que imaginava para si. Pulando de emprego em emprego e pagando as contas como palhaço de rodeio. James tem também cicatrizes de guerra por ser um veterano do Vietnã. Noah exibe o amadurecimento prematuro de Otis. Já pequeno teve sua primeira experiência sexual e dividindo um cigarro com o pai.  Como adulto, Hedges pega bem os trejeitos e modos de falar de Shia. Internado à força na clinica de reabilitação. Ele contesta o tratamento. Desde as recomendações da psiquiatra local, a dra. Moreno (Laura San Giacomo) e o instrutor de terapia ocupacional Alec (Martin Starr).



Divide o quarto com Percy (Byron Bowers) e lá começa a escrever o roteiro que originou o filme. Dai o enredo para “Honey Boy”. O titulo se justifica por ser o apelido dado pelo pai Jeffrey Craig LaBeouf quando Shia era criança. Com controle total sobre a obra, Shia nos traz um retrato honesto de seu inicio como ator e todos os percalços sofridos na caminhada. Mostrando bem, como é tênue a linha que separa o sucesso e o fracasso. Bem como uma redenção por tudo o que sofreu ao lado do pai e um acerto de contas com o mesmo. No ato final, Otis adulto diz a James: “Ainda vou fazer um filme sobre você!”.

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