Os
altos e baixos das celebridades aquecem as redes sociais nos dias de hoje.
Desde dos momentos de loucura do jogador de futebol Neymar passando por
momentos constrangedores como a indicação da atriz global Regina Duarte para o
Ministério da Cultura do governo Bolsonaro. A velocidade da informação
impressiona atualmente. Antigamente ela não era tão rápida. O modo operante
continua o mesmo, porem com smartphones e afins, a notícia já está divulgada
nos sete cantos do mundo.
Com
isso dito, Hollywood adora quando um dos seus ícones está em baixa na carreira.
Como exemplo, temos uma das estrelas da era de ouro dos musicais da Metro Judy
Garland. Descoberta ainda criança e lançada como revelação no cinema no antológico “O Mágico de Oz (1939)”. Sendo imortalizada como a pequena Dorothy ao
interpretar a clássica “Somewhere Over The Rainbow”. Como toda atriz
ascendente, a queda faz parte da carreira. Ao atingir a idade adulta, Judy já não
é chamada para novos trabalhos, em especial musicais. Separada do quarto marido
e com dois filhos pequenos a tiracolo, Lorna e Joey. Ela sobrevive com pequenas
apresentações e o nome que ganhou com a fama.
Vivendo
e morando com filhos em hotéis nas cidades onde se apresenta. Até que surge a
oportunidade de se estabilizar financeiramente e poder cria-los
corretamente. Ela é contratada para se
apresentar numa casa de show em Londres por um ano. Assim temos o mote para “Judy:
Muito Além do Arco-Íris (Judy,
2019)”. Com direção de Rupert Goold
e que adaptou a peça teatral “End of the
Rainbow” de Peter Quilter ao lado do roteirista Tom Edge.
Onde vislumbramos essa fase difícil de Judy, onde tenta
conciliar a vida artística em decadência com seu lado materno. Para
personifica-la temos a Bridget Jones Rénee
Zellweger. Exibindo o fim de carreira de Judy. Estamos em 1968, ela vê a
filha Liza Minelli (Gemma-Leah Devereux)
ascender artisticamente. Percebe que não conseguirá voltar a ser o que era
antes.
Enxergando nos shows em Londres, a oportunidade perfeita retomar seu
lugar no estrelato. Ao mesmo tempo, conseguir se sustentar e dar a criação que
Lorna (Bella Ramsey) e Joey (Lewin Lloyd) merecem. Chegando a capital britânica, conhece o dono
da casa de espetáculos Bernard Delfont, feito pelo Dumbledore da saga Harry
Potter Michael Gambon, e a assessora de
imprensa Rosalyn Wilder (Jessie Buckley).
Rosalyn
será sua assistente pessoal durante a estadia em Londres. Esta percebe que a
convivência não será fácil. Sentindo o temperamento e o gênio difícil de Judy.
O vício em álcool misturado com remédios para dormir, somada aos fantasmas de
seu passado. As lembranças de quando iniciou nos sets de filmagem, a
atormentam. Recordando as conversas com o dono da MGM Louis B. Mayer (Richard Cordery), elas a acalantam e
possuíam um tom intimidador.
Quando jovem, Judy é interpretada por Darci Shaw. Mesclando
ficção com fatos verídicos, “Judy: Muito Além do Arco-Íris” nos
dá um retrato de como foi o final de sua carreira nos palcos. A performance
visceral de Rénee exibe bem as dores
e as poucas alegrias de Judy teve nesta passagem de sua vida. O trabalho da
equipe de maquiagem é excepcional auxiliando na composição do personagem, onde Zellwegger se assemelha à Garland. Fora
sua expressão corporal. O destaque fica para os shows onde Rénee solta a voz literalmente em “For Once in My Life”, “Come
Rain or Come Shine” e “Over the
Rainbow”, entoada no tocante ato final da película. Onde Judy percebe que o
fim está próximo.
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