Os filmes
de terror sempre fascinaram o grande publico. Sejam nas histórias de vampiro
com Conde Drácula, estreladas pela lenda do cinema Christopher Lee (Conde Dooku
da saga Star Wars) ou nos filmes do gênero como “A Maldição de Frankenstein (1957)” e “A Múmia (1959)”. Estes com seu parceiro e amigo, o eterno Peter
Cushing (o Moff Tarkin de “Guerra Nas
Estrelas: Uma Nova Esperança, 1977”). Ambos produzidos pela Hammer Films e
faziam parte do pacote da Universal Pictures de recriar seus antigos clássicos
de terror lançados nos anos 30 e 40 com o mito do cinema Boris Karloff.
Entre
eles, temos o conto de H.G. Wells, “O Homem Invisível”. Onde o cientista
Jack Griffin está pesquisando sobre um novo remédio e acaba descobrindo um meio
de se tornar invisível. Espantado com o ocorrido, ele anda em meio à multidão sem
ser notado. Com o passar do tempo, percebe que não há como voltar a ser como
era antes. Por isso, enlouquece e passar a aterrorizar as pessoas. Ganhou a
tela grande do cinema em 1933 e agora chega uma nova versão por Leigh Whannell, que criou ao lado de
James Wan, as franquias “Jogos Mortais”
e “Sobrenatural”.
Atualizando
a trama, aqui temos Cecilia Kass (Elizabeth
Moss, a June Osbourne da serie “The
Handmaid’s Tale” desde 2017), que foge no meio da noite de seu marido
Adrian Griffin (Oliver Jackson-Cohen).
Um afortunado e renomado cientista na área óptica. Cansada dos abusos físicos e
principalmente psicológicos, sai de lá com o auxilio da irmã Emily (Harriet Dyer). Numa tensa sequencia de
abertura, onde Cecilia planejou meticulosamente sua fuga. Desde colocar um sonífero
no copo de agua até posicionar as câmeras de segurança da suntuosa morada
deles. Com uso da tecnologia, ela vê se Adrian está realmente dormindo em
seu smartphone e conseguir ir embora de lá o mais rápido possível.
Já em
segurança na casa do cunhado e policial James Lannier (Aldis Hodge) e da sobrinha Sydney (Storm Reid da serie “Euphoria”
desde 2019). Tudo parece se tranquilizar para ela, quando é chamada para se
encontrar com o irmão de Adrian, Tom (Michael
Dorman). Este também é advogado dele, lhe diz que Tom se suicidou e lhe
deixou uma boa herança. Incrédula, Cecilia só acredita em Tom, quando vê as
fotos da autopsia de Adrian. Feliz em poder seguir adiante com sua vida, Cecilia
acredita que agora é seu momento. Ela não poderia estar mais errada. Dai o mote
para o novo “O Homem Invisível (The
Invisible Man, 2020)”.
Com experiência
adquirida com James Wan, Whannell
nos traz uma película cheia de suspense e terror como nos filmes de antigamente.
Acentuada com o que mais moderno em termos de tecnologia em suas mãos. Tirando a
remediação de cena e trazendo o que há de melhor no gênero ficção cientifica. O
meio como Adrian descobre como ficar invisível. É ai que os problemas começam
para Cecilia. Ele vai dominando sua vida como fazia antes. Desde causar um incêndio
na cozinha até bater na sobrinha de Cecilia, parecendo que foi ela que fez
isso. Mesclando
com drama psicológico, onde vemos como a mente doentia de Adrian funciona. Uma pessoa
manipuladora e inescrupulosa, que tem prazer em controlar tudo e a todos ao seu
redor.
Somada a perseverança de Cecilia em não deixar que isso volte a
acontecer. Leigh aproveita o enredo
para fazer uma critica ao que vem ocorrendo nos dias de hoje. O abuso físico
e mental sobre as mulheres. A excepcional interpretação de Elizabeth, exibe a fragilidade da personagem e no decorrer do filme, vai se
fortalecendo. Com todos os percalços sofridos, ela os supera e mesmo sendo dada
como “louca”. Consegue articular uma
reviravolta para mostrar que não enlouqueceu para provar sua sanidade e o que
sofria nas mãos de Adrian.
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