Pular para o conteúdo principal

"JOJO RABBIT" de Taika Waititi ("Thor: Ragnarok")


A guerra é e sempre será um prato cheio para a sétima arte. Seja filmes com uma abordagem próxima da realidade vivida pelos combatentes como o épico “O Resgate do Soldado Ryan (1998)” do mago Steven Spielberg passando pelo olhar do mítico cowboy Clint Eastwood em “A Conquista da Honra (2006)” e “Cartas de Iwo Jima (2006)”, onde temos a visão dos EUA e do Japão respectivamente sobre o campo de batalha. E junto a eles, obras ficcionais como “Bastardos Inglórios (2009)” de Quentin Tarantino e “Corações de Ferro (2014)”, ambos estrelados por Brad Pitt.

Como eles, temos “JoJo Rabbit (2019)” de Taika Waititi. Baseado no livro “Caging Skies (2008)” de Christina Leunens, Waititi adaptou o conto sobre o pequeno Johannes Betzler, que ganhou o apelido “JoJo” pela mãe Rosie que aos dez anos de idade, é um defensor do regime nazista de Adolf Hitler. Ao mesmo tempo, o tem como amigo imaginário. Por isso, faz parte do grupo de crianças como ele, que participa das ações do partido nazista de sua cidade. JoJo é interpretado por Roman Griffin Davis, Rosie é feita pela Viúva Negra Scarlett Johansson e tendo o próprio Taika como Hitler.


Vai a um campus de treinamento. Onde irá aprender a mexer em armamentos como rifles, facas e granadas. E principalmente como matar seus inimigos do exercito aliado. Neste ultimo, JoJo não se sente à vontade. Ao receber a tarefa de torcer o pescoço de um coelho, não consegue faze-lo. Assim é chamado por todos de “JoJo Rabbit”. Num papo com Hitler, ele resolve virar a mesa ao pegar uma granada num treino. Não consegue joga-la no alvo, sendo atingido por ela e por isso se fere. É hospitalizado, ganhando uma cicatriz no rosto.

Faz o resto da sua recuperação em casa e passa a fazer trabalho burocrático para os nazistas. Como colar cartazes e recolher ferro. Ele responde ao Capitão Klenzendorf (Sam Rockwell, Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por “Três Anúncios para um Crime, 2017”), que comanda as ações nazistas por lá. Como passa mais tempo com a mãe Rosie, JoJo descobre que ela esconde uma jovem judia chamada Elsa (Thomasin McKenzie) na parede do quarto da sua falecida irmã Inge.


Como bom nazista, JoJo se questiona. Denunciar ao partido, mas caso faça isso, ele e a mãe podem ser acusados por proteger um judeu e sofrerem as consequências por isso. Ou aprender com Elsa mais sobre sua raça. Assim temos a trama de “JoJo Rabbit”. Com uma pegada mais leve, Taika nos traz esta historia ficcional sobre os tempos de guerra. Onde o fanatismo pela suástica é colocado à prova na figura do pequeno JoJo. Ele sente falta da figura paterna e a substituindo pelo líder nazista. Suas conversas com ele são os questionamentos de uma criança que está crescendo muito rápido.

Mais tarde, entende o que Elsa está passando, percebe que há algo de errado no que acredita. Ao mesmo tempo, Waititi faz uma boa parodia sobre o líder nazista. Com Scarlett, saindo do Universo Cinematográfico Marvel e afins, perfeita como a mãe zelosa pelo amadurecimento precoce do filho. “JoJo Rabbit” mostra o contraste vivido por aqueles que estavam fora dos campos de batalha e vivenciando a ditadura imposta por Hitler aos seus semelhantes. Onde havia pessoas contra o regime e por isso sofriam as consequências.


Taika capricha na reconstituição de época. Os cenários e o figurino se destacam. Este último idealizado pela figurista Mayes C. Rubeo. E o pequeno Roman demonstra carisma e encanta como uma criança que enxerga como o mundo a sua volta está mudando radicalmente e precisa se adaptar a isso o quanto antes. Completam o elenco Rebel Wilson é a instrutora Rahm; Alfie Allen (o Theon de “Game of Thrones”) como Otto Finkel; Stephen Merchant (o Caliban de “Logan, 2017”) faz o agente da Gestapo Deertz e Archie Yates é o melhor amigo de JoJo, Yorki.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Zendaya & Os "RIVAIS"

Ao contrário do que se pode imaginar, o drama “ Rivais ( Challengers , 2024) ” não é um filme sobre tênis. Apesar do foi visto nos trailers e os vídeos promocionais, o filme discute a relação entre Tashi Duncan e os amigos de infância Art Donaldson e Patrick Zweig. Eles são interpretados pela musa Zendaya , Mike Faist (da refilmagem “ Amor Sublime Amor , 2021”) e Josh O’Connor (o Príncipe Charles da série Netflix “ The Crown ”, 2016 a 2023) respectivamente. Dirigido por Luca Guadagnino de “ Me Chame Pelo Meu Nome (2017)” a partir do roteiro escrito por Justin Kuritzkes . Zendaya é a jovem tenista com futuro promissor. Já os personagens de Mike e Josh almejam ser grandes tenistas.  A princípio, o conto se mostra simples, só que não é.  Tashi é uma mulher ambiciosa, que deseja aproveitar ao máximo seu talento para o esporte. Art e Patrick, tem interesses próprios. O primeiro quer conquistar todos os torneios que participar, já o segundo deseja fama e fortuna. Embora Patrick mostra

Visita a "CASA WARNER"

Aberta desde 01 de setembro, a exposição que celebra os 100 anos dos estúdios Warner Bros. , chamada “ Casa Warner ”. Localizada no estacionamento do Shopping Eldorado (Zona Oeste) na cidade de São Paulo. Ela nos traz seus personagens clássicos dos desenhos animados Looney Tunes como Pernalonga, Patolino, Frajola e Piu-Piu. Em especial, “ Space Jam (1996)” e “ Space Jam : Um Novo Legado (2021)”, ambos com as estrelas do basquete Michael Jordan e LeBron James respectivamente. Além da dupla Tom & Jerry. Filmes que marcaram a história da Warner também estão lá. Como a reprodução do cenário do clássico " Casablanca (1942)" estrelado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. Somado aos heróis do Universo Estendido DC que já estão na entrada da exposição. A  Liga da Justiça surge em tamanho natural como estatuas de cera. O Cavaleiro das Trevas está representado pelo seu Batmóvel do antológico seriado estrelado por Adam West e ao seu lado o furgão Máquina do Mistério da turma do

"VOCÊ NÃO SABE QUEM EU SOU": documentário conta a vida louca vida de NASI

Está ocorrendo na cidade de São Paulo desde o dia 06 de junho, o festival In-Edit . Em sua décima edição, ele traz as melhores produções sobre a música mundial. Sendo no formato de documentário ou filme biográfico. Passando por gêneros como música clássica, eletrônica, world music e chegando até o bom e velho rock’n’roll. Na ultima segunda-feira (11 de junho de 2018) tivemos a estréia do documentário sobre um dos ícones mais controversos do rock brasileiro dos anos 80, o vocalista da banda paulistana Ira! , Marcos Valadão Ridolfi. Mais popularmente conhecido como Nasi . Com o título de “ Você Não Sabe Quem Eu Sou ”, conhecemos um pouco da sua personalidade forte. Dirigido pelo jornalista Alexandre Petillo (que escreveu a biografia de Nasi , “ A Ira de Nasi ” ao lado de Mauro Betting) e contou com a colaboração dos também jornalistas Rodrigo Cardoso e Rogério Corrêa . A estréia ocorreu no Cinesesc com a presença dos envolvidos e sua equipe da produtora Kurundu Filmes. Eles c