O
cineasta britânico Sam Mendes ganhou
notoriedade na sétima arte com o drama existencial “Beleza Americana” em 1999 e recentemente fez parte da atualização
do agente com permissão para matar James Bond em “Operação Skyfall (2012)” e “007
contra Spectre (2015)”. Agora ele nos traz o épico de guerra “1917”.
Escrito por Mendes ao lado da
roteirista Kristy Wilson-Cairns a
partir das memorias de seu avô Alfred Mendes, combatente do exercito inglês na
Primeira Guerra Mundial. E prestando uma homenagem ao mesmo inclusive.
Aqui
temos o conto sobre dois jovens soldados, os cabos Will Schofield (George MacKay) e Tom Blake (Dean-Charles Chapman), têm como missão
atravessar a Frente Ocidental ao norte da França para avisar que o 2º Batalhão
do Regimento Devonshire, composto por 1.600 homens, irão cair numa armadilha. A
informação foi passada pelo General Erinmore (o rei gago Colin Firth) que foi
notificado através da força aérea inglesa que os alemães não estão recuando. Na
verdade, é uma tática de guerra. Estão indo até Hindenburg e emboscar o
batalhão. Os alemães cortaram as linhas telefônicas no campo de batalha.
Por
isso Schofield e Blake precisam levar uma carta de Erinmore para o Coronel
Mackenzie (o Doutor Estranho Benedict
Cumberbatch). Alerta-lo sobre isso para cancelar o ataque. Fazendo parte do
batalhão o irmão mais velho de Tom, o Tenente Joseph Blake (Richard Madden, o Robb Stark de “Game
of Thrones”). Eles correm contra o tempo, já que precisam chegar aos Devonshire
o quanto antes para evitar um massacre. Dai o mote para “1917 (2019)”.
Que foi
baseado na “Operação Alberich” em
1917, onde os alemães saíram de suas posições estrategicamente para nove pontos
do território francês ocupado, o mais próximo e facilmente defendido, é
Hindenburg. Utilizando uma técnica diferente, mas bem
conhecida no meio cinematográfico. Ao longo de seus 119 minutos, a película foi
filmada em um continuo “plano-sequencia”
para acompanhar a jornada de Schofield e Blake. Isto foi visto em “Birdman (2014)” de Alejandro González
Iñarritu. Mendes faz o espectador estar ao lado dos jovens. Sentindo de perto
suas angustias e medos ao atravessar a fronteira de guerra. Onde o belo e o
horror da guerra se misturam.
As
belas planícies por onde andam Schofield e Blake se mesclam com a destruição
causada pela guerra. Com cidades dizimadas e corpos espalhados, onde os poucos sobreviventes
precisam catar o que sobrou (comida e roupas) para viver. Mendes nos traz um retrato pouco visto em filmes de guerra, saindo
das magistrais batalhas filmadas como clássico “O Resgate do Soldado Ryan (1998)” do mago Steven Spielberg. Para
nos brindar um retrato mais humano daqueles que lutaram e vivenciaram a
experiência de estar num conflito armado. Completam o elenco Andrew Scott (da serie de TV “Fleabag, 2016 a 2019)” como o Tenente
Leslie e Mark Strong (o Merlin da
franquia “Kingsman”) faz o Capitão
Smith.
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